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Gleisi na SRI tem desafio de 'deixar que o pragmatismo da política substitua a força da ideologia'
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Agora ministra da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política no governo federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR) tem como um de seus... 10.03.2025, Sputnik Brasil
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Segundo Leon Victor, professor adjunto no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador da graduação em ciência política, "ela [Hoffmann] só tem um desafio: deixar que o pragmatismo da política substitua a força da ideologia". À Sputnik Brasil, o analista político analisou que o maior entrave para Gleisi é dialogar dentro de uma perspectiva mais pragmática.Em suas palavras, o mau desempenho do governo Lula 3 está nas mãos da comunicação — que já sofreu algumas alterações até mesmo em seu quadro funcional com novos integrantes."Há um alto custo de governabilidade, dada a fragmentação do Congresso, e a grande maioria dos parlamentares ser de centro-direita. Saber fazer concessões é fundamental para ser bem-sucedida na pasta, e eu não sei se ela conseguirá ser bem-sucedida nisso", ponderou o cientista político.A avaliação do cientista político Leon Victor converge com o que afirma Ernani Carvalho, professor titular de ciência política e coordenador do Programa de Pós-Graduação Profissional em Políticas Públicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em suas palavras, o desafio de Gleisi Hoffmann, ao assumir a secretaria, é "necessariamente o desafio do próprio governo"."É um governo que vem em derivada negativa em termos de opinião pública. Tanto o presidente Lula como o seu governo têm sido mal avaliados nas últimas pesquisas, e isso gera bastante expectativa no mercado político. […]", avaliou Ernani.Questionado sobre os impactos que podem ser gerados com a nova secretaria, Victor avaliou que é um exercício de especulação.Carvalho ressaltou que 2025 é um ano considerado "pré-eleitoral", no qual a corrida para 2026 já teve início."Manter a base aliada unida para a aprovação das principais propostas do governo não vai ser uma tarefa fácil [para Gleisi e o próprio governo federal], e é uma tarefa basicamente de articulação política. É enfrentar uma debandada que pode ser ocasionada pela baixa avaliação do governo e pelos problemas que o governo vem enfrentando, principalmente na área econômica, com a disparada dos preços de alimentos e, de certa forma, essa quebra de braço que existe entre Haddad e o setor mais político do governo, que hoje é comandado pelo ex-governador da Bahia", ajuizou.Dirigir um partido, na avaliação do especialista, é muito diferente de dirigir uma coalizão partidária."Na verdade, a função dela será esta: gerir a coalizão governamental, fazer concessões, ceder, dar um passo para trás para depois dar dois para frente. Não é fácil no cenário político atual. Enquanto o senador Humberto Costa for presidente do PT, acredito que a ministra Gleisi Hoffmann terá um aliado para ajudá-la nas negociações com o Congresso", finalizou. Sobre GleisiGleisi Hoffmann é paranaense e, no primeiro mandato do presidente Lula, assumiu a diretoria financeira da usina hidrelétrica Itaipu Binacional. Em 2011, a petista foi eleita senadora, sendo a primeira mulher paranaense eleita ao cargo, no qual ficou até 2014, quando se licenciou para assumir o Ministério da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff.Em junho de 2017, foi eleita presidente nacional do PT. Neste ano, o partido deve ter novas eleições para escolher uma nova liderança. A alçada de Gleisi ao ministério coincidiu com o fim de seu mandato à frente do PT.Em 2018, Hoffmann foi eleita deputada federal, sendo reeleita em 2022 para um segundo mandato na Câmara Federal.
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Gleisi na SRI tem desafio de 'deixar que o pragmatismo da política substitua a força da ideologia'
20:00 10.03.2025 (atualizado: 20:27 10.03.2025) Especiais
Agora ministra da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política no governo federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR) tem como um de seus principais desafios deixar o perfil ideológico de lado para melhorar a articulação política da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Leon Victor, professor adjunto no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coordenador da graduação em ciência política, "ela [Hoffmann] só tem um desafio: deixar que o pragmatismo da política substitua a força da ideologia".
À Sputnik Brasil, o analista político analisou que o maior entrave para Gleisi é dialogar
dentro de uma perspectiva mais pragmática.
"Como presidente de partido é uma coisa, como representante do governo é outra. Ela assume a articulação de um governo que entrega bons números em uma perspectiva, mas não tão bons em outra", explicou.
Em suas palavras, o mau desempenho do governo Lula 3 está nas mãos da comunicação — que já sofreu algumas alterações até mesmo em seu quadro funcional com novos integrantes.
"Há um alto custo de governabilidade, dada a fragmentação do Congresso, e a grande maioria dos parlamentares ser de centro-direita. Saber fazer concessões é fundamental para ser bem-sucedida na pasta, e eu não sei se ela conseguirá ser bem-sucedida nisso", ponderou o cientista político.
A avaliação do cientista político Leon Victor converge com o que afirma Ernani Carvalho, professor titular de ciência política e coordenador do Programa de Pós-Graduação Profissional em Políticas Públicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Em suas palavras, o desafio de Gleisi Hoffmann, ao assumir a secretaria, é "necessariamente o desafio do próprio governo".
"É um governo que vem em derivada negativa em termos de opinião pública. Tanto o presidente Lula como o seu governo têm sido mal avaliados nas últimas pesquisas, e isso gera bastante expectativa no mercado político. […]", avaliou Ernani.
Questionado sobre os impactos que podem ser gerados com a nova secretaria, Victor avaliou que é um exercício de especulação.
"Quando se fala em impacto, tem de haver dados. Não há como aferir impacto sem eles. O que se pode especular é que ela, como presidente de partido, tem toda a experiência necessária para negociar. O que muda é a perspectiva. Em vez de buscar o que é melhor para o PT, irá buscar o que é melhor para o governo. Inclusive pode acontecer de o que é bom para o governo não ser bom para o PT. Isso será um grande desafio a ser superado", arguiu à Sputnik.
Carvalho ressaltou que 2025 é um ano considerado "pré-eleitoral", no qual a corrida para 2026 já teve início.
"Manter a base aliada unida para a aprovação das principais propostas do governo não vai ser uma tarefa fácil [para Gleisi e o próprio governo federal], e é uma tarefa basicamente de articulação política. É enfrentar uma debandada que pode ser ocasionada pela baixa avaliação do governo e pelos problemas que o governo vem enfrentando, principalmente na área econômica, com a disparada dos preços de alimentos e, de certa forma, essa quebra de braço que existe entre Haddad e o setor mais político do governo, que hoje é comandado pelo ex-governador da Bahia", ajuizou.
Dirigir um partido, na avaliação do especialista, é muito diferente de dirigir uma coalizão partidária.
"Na verdade, a função dela será esta: gerir a coalizão governamental, fazer concessões, ceder, dar um passo para trás para depois dar dois para frente. Não é fácil no cenário político atual. Enquanto o senador Humberto Costa for presidente do PT, acredito que a ministra Gleisi Hoffmann terá um aliado para ajudá-la nas negociações com o Congresso", finalizou.
Gleisi Hoffmann é paranaense e, no primeiro mandato do presidente Lula, assumiu a diretoria financeira da usina hidrelétrica Itaipu Binacional. Em 2011, a petista foi eleita senadora, sendo
a primeira mulher paranaense eleita ao cargo, no qual ficou até 2014, quando se licenciou para
assumir o Ministério da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff.
Em junho de 2017, foi eleita presidente nacional do PT. Neste ano, o partido deve ter novas eleições para
escolher uma nova liderança. A alçada de Gleisi ao ministério coincidiu com o fim de seu mandato à frente do PT.
Em 2018, Hoffmann foi eleita deputada federal, sendo reeleita em 2022 para um segundo mandato na Câmara Federal.
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