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Moléculas de carbono encontradas em Marte sugerem presença de vida antiga no planeta (IMAGENS)

CC BY-SA 2.0 / Flickr / VMC The Mars Webcam / Marte (imagem referencial)
Marte (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 25.03.2025
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Utilizando o rover Curiosity da NASA, pesquisadores descobriram moléculas orgânicas complexas na superfície de Marte, sugerindo que traços químicos de vida antiga podem ainda estar presentes no Planeta Vermelho, oferecendo novas pistas sobre a possibilidade de vida extraterrestre.
A descoberta feita por um instrumento de amostragem no rover Curiosity da NASA, foi confirmada por uma equipe internacional em um laboratório na Terra: Marte pode ter abrigado formas de vida.
A pesquisa foi liderada pela química analítica Caroline Freissinet do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS). Embora os compostos possam ter sido construídos por processos não vivos, o fato de existirem demonstra a capacidade do rover de identificar longas moléculas orgânicas na superfície marciana que podem ter se formado bilhões de anos atrás.
Freissinet explicou ao Science Alert que moléculas lineares frágeis ainda presentes na superfície de Marte 3,7 bilhões de anos após sua formação permitem afirmar que, se a vida apareceu em Marte na mesma época que na Terra, traços químicos dessa vida antiga ainda poderiam estar presentes hoje.
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Esta visão gerada por computador com base em múltiplas observações orbitais mostra a cratera Gale de Marte como se vista de uma aeronave ao norte da cratera.
O avanço do rover Curiosity sobre as rochas sedimentares da cratera Gale o colocou em contato com depósitos intrigantes, incluindo compostos orgânicos clorados, contendo enxofre e nitratos, sinalizando a possibilidade de indicadores mais complexos de vida na rocha antiga. Os pesquisadores usaram um procedimento experimental para testar as amostras e verificar a teoria, e os resultados apontaram para as mais longas cadeias de carbono vistas em Marte até o momento.
Os pesquisadores conduziram experimentos analíticos em condições de laboratório para mostrar como condições minerais semelhantes às de Marte poderiam gerar as cadeias de carbono a partir de outros compostos orgânicos, incluindo ácido benzoico, presente na amostra. A análise da amostra e o trabalho de laboratório apontam para cadeias consideráveis de moléculas de carbono presentes no lamito marciano.
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Ainda segundo a pesquisadora que conduziu o estudo, as moléculas detectadas são cadeias de carbono lineares de 10, 11 e 12, conhecidas como alcanos ou hidrocarbonetos, diferindo significativamente da detecção anterior de moléculas aromáticas de no máximo seis carbonos.
Se os compostos estavam presentes na rocha, há possibilidade de terem sido construídos a partir de moléculas mais simples, como hidrogênio e monóxido de carbono, sem suporte de um organismo vivo. Entretanto, vale considerar outras possibilidades, incluindo a quebra de compostos mais complexos que podem ser sinais de biologia.
Nossos corpos contêm uma variedade de ácidos carboxílicos que podem ser preservados na rocha sedimentar. Embora processos abióticos possam formar esses ácidos, eles são considerados produtos universais da bioquímica, terrestres e talvez marcianos. No mínimo, sabemos que nossa tecnologia atual pode arranhar a superfície da química em Marte, mesmo que ainda estejamos longe de poder determinar se será possível encontrar vida fossilizada ou persistente abaixo de sua superfície.
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