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Sem 'efeitos eleitorais': Haddad defende reforma tributária e critica Bolsonaro

© Sputnik / Guilherme CorreiaMinistro da Fazenda, Fernando Haddad, fala durante evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em 25 de março de 2025
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala durante evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em 25 de março de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 25.03.2025
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta terça-feira (25) que a reforma tributária não foi concebida com interesses eleitorais, mas como um projeto de longo prazo para o país.
Durante evento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Haddad destacou que o governo federal busca simplificar o sistema tributário e reduzir distorções que afetam a economia brasileira.

"Nós não nos preocupamos com os efeitos políticos e eleitorais imediatos da reforma, mas naquilo que vai ser o melhor para o país no médio e longo prazo", afirmou.

O ministro criticou a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentou interferir no Congresso para impedir mudanças no modelo tributário.
Haddad lembrou que a única iniciativa do governo anterior nessa área foi a redução do imposto sobre jet skis.
"Infelizmente, o único candidato que não incorporou essa proposta de reforma tributária foi exatamente o que ganhou a eleição. E aí tanto a PEC 45 quanto a PEC 110 andaram, evoluíram, mas na hora do vamos ver, na hora do voto, as comissões foram dissolvidas e o sonho acabou ali por decisão do Executivo", disse.
Apesar da aprovação da reforma, Haddad alertou que o processo de implementação ainda precisa enfrentar desafios, como a resistência de setores que buscam exceções tributárias. "Até 2032 nós podemos reavaliar as exceções e diminuir o número delas, para que a alíquota-padrão se aproxime da alíquota média."
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A reforma tributária prevê a substituição de cinco tributos — Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Serviços (ISS) — pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Além disso, será criado o Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
A transição para o novo sistema começará em 2026, com alíquotas de teste para a CBS e o IBS. A partir de 2027, os tributos antigos serão gradualmente extintos, e o IS começará a ser cobrado. A reforma será concluída em 2033, quando a substituição dos impostos municipais e estaduais estiver finalizada.
Haddad também alertou para a necessidade de resistência contra lobbies que buscam regimes diferenciados de tributação. "O Congresso deve resistir até 2032 para garantir que o país tenha um sistema tributário mais justo e eficiente."
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