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UE enfrenta 'trilema' na segurança estratégica e cada escolha é perigosa, diz revista

© AP Photo / Jean-François BadiasBandeira da União Europeia (à esquerda) hasteada no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, em 18 de abril de 2023
Bandeira da União Europeia (à esquerda) hasteada no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, em 18 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2025
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Os líderes europeus têm três objetivos estratégicos no contexto da estabilidade nuclear e da questão das armas nucleares, mas atingi-los no mesmo tempo não é possível, eles precisam de selecionar apenas dois, indica um artigo na revista norte-americana Foreign Affairs.
Os autores destacam que, em meio à aproximação de Washington e Moscou, os países europeus sabem que, no futuro, o guarda-chuva nuclear dos EUA pode não ser a garantia-chave da segurança da Europa. Porém, a União Europeia (UE) terá dificuldades em implementar sua estratégia de defesa.

"Para que a Europa assuma a responsabilidade por sua própria segurança, não se trata apenas de gerar mais vontade política, orçamentos de defesa maiores ou processos de aquisição melhor coordenados. A Europa precisa lidar com um trilema estratégico em relação às suas opções nucleares", ressalta a publicação.

Os líderes europeus, continua o artigo, têm três tarefas:
1.
Equiparar os países da UE às capacidades militares da Rússia;
2.
Alançar a estabilidade estratégica, entendida como a redução de incentivos para que qualquer Estado seja o primeiro a usar uma arma nuclear;
3.
Garantir não proliferação de armas nucleares para novos Estados.
Bandeiras da Rússia e da União Europeia (UE) - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2025
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Segundo a revista, é impossível atingir todos os três objetivos ao mesmo tempo, mas escolher qualquer um dos dois torna o terceiro inatingível.
Se a Europa optar pela estabilidade estratégica e pela não proliferação, ela não conseguirá se equiparar às capacidades da Rússia, indica o autor, apontando para a vulnerabilidade dos Países Bálticos.
No entanto, enfatiza o artigo, para fortalecer sua postura nuclear o suficiente para uma dissuasão confiável, a Europa precisa permitir que novos Estados adquiram as armas ou então sacrificar um certo grau de estabilidade estratégica.
Segundo a publicação, neste contexto, a melhor opção seria a não proliferação e a dissuasão. Esse caminho é o mais viável porque não exigiria grandes mudanças no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) ou grandes investimentos em defesa.

"Aceitar um nível de instabilidade estratégica nas relações entre a Europa e a Rússia requer a assunção de riscos nucleares genuínos. As alternativas, entretanto, seriam ainda mais perigosas", finaliza a revista.

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