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Astrônomos resolvem mistérios antigos em Urano: até mesmo no espaço, segundos fazem diferença

© Foto / NASA, ESA, CSA, STScI, J. DePasquale (STScI)Imagem de Urano do Telescópio Espacial Webb
Imagem de Urano do Telescópio Espacial Webb  - Sputnik Brasil, 1920, 10.04.2025
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Cientistas recalcularam a duração do dia em Urano em 28 segundos a mais do que se pensava anteriormente graças às informações obtidas pelo Hubble. A descoberta facilita o rastreamento dos polos magnéticos do planeta, abrindo caminho para futuras missões espaciais.
As medições mais precisas até agora indicam que um dia em Urano dura 17 horas, 14 minutos e 52 segundos, 28 segundos a mais do que os dados da Voyager 2 de 1986. Essa diferença, embora pequena, é extremamente significativa para a comunidade científica planetária, pois resolve problemas antigos relacionados aos sistemas de coordenadas baseados em períodos de rotação desatualizados, que dificultavam o rastreamento dos polos magnéticos de Urano.
Urano e Netuno, os planetas mais externos do Sistema Solar, estão a grandes distâncias do Sol, tornando-os difíceis de estudar e acessíveis apenas pela missão Voyager de décadas atrás. As informações sobre esses gigantes de gelo são limitadas e podem ser distorcidas pelas condições específicas dos sobrevoos, tornando a obtenção de novos dados desafiadora.
A imprecisão na duração do dia uraniano causou confusão, especialmente na orientação dos polos magnéticos, que se perdeu poucos anos após o sobrevoo da Voyager 2. Para recalcular a duração do dia, os pesquisadores analisaram dados do Telescópio Espacial Hubble entre 2011 e 2022, observando as auroras ultravioleta de Urano, geradas de forma semelhante às auroras na Terra.
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As auroras são fenômenos causados quando as partículas transportadas pelo vento solar colidem com a magnetosfera planetária e são transportadas e aceleradas ao longo das linhas do campo magnético até as latitudes polares, onde são lançadas na atmosfera superior. Então, as interações entre as partículas na atmosfera e as partículas solares incidentes produzem um brilho no céu.
Ao rastrear as auroras ultravioletas, o astrofísico Laurent Lamy, do Observatório de Paris, e seus colegas conseguiram localizar e traçar os polos — que devido a orientação quase paralela do eixo de rotação de Urano à eclíptica os torna mais difíceis de encontrar — e usaram essa informação para medir com precisão a duração do dia uraniano.
Essa medição é a mais precisa até agora para um planeta gigante, mais precisa até do que as medições de Júpiter. A técnica pode ser aplicada a outros planetas gigantes para obter medições precisas de suas taxas de rotação interna.
Com este novo sistema de longitude, agora é possível comparar observações de auroras abrangendo quase 40 anos e até mesmo planejar a próxima missão a Urano, afirmou Lamy.
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