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Análise: Trump demonstra melhor compreensão do conflito na Ucrânia, mas não busca solução duradoura

© AP Photo / Ron SachsDonald Trump faz saudação no palco do Emancipation Hall durante a posse presidencial, em Washington, D.C. EUA, 20 de janeiro de 2025
Donald Trump faz saudação no palco do Emancipation Hall durante a posse presidencial, em Washington, D.C. EUA, 20 de janeiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 29.04.2025
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Nos primeiros 100 dias de seu segundo mandato, o presidente dos EUA, Donald Trump, demonstrou uma compreensão mais sensata do conflito em andamento na Ucrânia, embora esteja tentando obter uma vitória rápida em vez de encontrar soluções duradouras, disseram especialistas à Sputnik.
Trump assumiu oficialmente o cargo de 47º presidente dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro. Durante a campanha eleitoral de 2024, ele prometeu encerrar o conflito na Ucrânia em até 24 horas após assumir o cargo. Seu enviado especial para a Rússia e para a Ucrânia, Keith Kellogg, disse em meados de janeiro que o objetivo do governo era encerrar o conflito nos primeiros 100 dias de Trump no cargo. Autoridades russas acreditam que a questão é complexa demais para uma solução tão rápida.
Ainda assim, após vários meses de negociações, algum progresso foi feito, já que Moscou declarou uma trégua de Páscoa de 30 horas no início do mês, seguida pelo anúncio de um cessar-fogo da meia-noite de 8 de maio até a meia-noite de 11 de maio, durante o 80º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista.
"Trump optou por levar em conta o equilíbrio de poder militar, que favorece a Rússia. Isso é muito mais sensato do que ignorar esse equilíbrio de poder, como os líderes europeus e ucranianos estão fazendo, já que é o equilíbrio de poder que, em última análise, determinará os contornos do acordo de paz", disse Nicolai Petro, professor de ciência política da Universidade de Rhode Island.
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O especialista observou que o firme apoio do governo anterior a Kiev se baseava em uma avaliação falha das capacidades russas e ucranianas.
"A exposição dessas falhas levou, naturalmente, a uma correção da estratégia original dos Estados Unidos. Isso é bom para os Estados Unidos, mas por si só não é suficiente para alcançar um acordo de paz até que seja acompanhado por uma correção semelhante das estratégias europeia e ucraniana", explicou Petro.
Segundo o analista, afastar os países europeus das negociações de paz é a decisão certa do governo Trump até que a Europa perceba que suas suposições iniciais sobre o conflito eram falhas e as corrija.
"Dada a relutância da liderança ucraniana em negociar um acordo de paz permanente, o que está sendo incentivado pela UE, acho que a equipe de negociação de Trump está fazendo o melhor que pode", concluiu.
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Já Michael Rossi, professor de ciência política na Universidade Rutgers, sugeriu que Trump subestimou severamente a posição da Rússia em relação à Ucrânia e não está pronto para atender às exigências claras e inegociáveis ​​do presidente russo Vladimir Putin.
"Trump está mais interessado em garantir algum tipo de 'vitória' para si mesmo do que qualquer outra coisa. A paralisação de algum tipo de 'cessar-fogo' pronunciado é indicativa da pressa de Trump em atingir um objetivo além de atender às demandas mais abrangentes da Rússia para encontrar soluções duradouras para os conflitos políticos e sociais prolongados que estão por trás dos problemas básicos da crise na Ucrânia", afirmou Rossi.
A Rússia realiza sua operação militar especial desde 24 de fevereiro de 2022. Putin afirmou que a operação visa "proteger as pessoas submetidas ao genocídio pelo regime de Kiev". Segundo o presidente, o objetivo final da operação é libertar completamente Donbass e criar condições que garantam a segurança da Rússia, o que inclui a "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia.
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