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Sobrevivente relata fuga de nazistas na Itália e refúgio na Suíça durante Segunda Guerra (VÍDEO)
Sobrevivente relata fuga de nazistas na Itália e refúgio na Suíça durante Segunda Guerra (VÍDEO)
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Ariella Pardo Segre, sobrevivente do Holocausto, detalhou em entrevista à Sputnik Brasil sua experiência de fuga da Itália ocupada por nazistas em 1943, quando... 29.04.2025, Sputnik Brasil
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Filha de professores judeus, ela narrou a escalada da perseguição após a invasão alemã: "Na Itália tinha tido a perseguição antissemita, mas não tinha matado ninguém. Muitos falavam: 'Bom, essa guerra vai cair, vai acabar e não vai acontecer nada, como na Alemanha.' E o pior acontece."Com a ocupação nazista combinada ao regime fascista de Benito Mussolini, a família foi alvo imediato. Um vizinho alertou seu pai, ao dizer que ele não podia entrar em casa, devido a "um caminhão que está esperando o senhor, um caminhão alemão".A família então fugiu a pé, dormindo em matagais, segundo lembra Ariella. "Eu me sentia suja. Pedi para minha mãe para tomar banho. Minha mãe falou: 'Não tem mais água para beber e você ainda quer tomar banho.'"Ajudados por um ex-aluno de seu pai, a família embarcou em um trem de gado rumo a Milão. De lá, seguiram para os Alpes, onde contrabandistas os auxiliaram. Ariella teve de ser carregada por um deles em troca do anel de noiva de sua mãe durante a noite. "Vê-se gente subindo na montanha na neve branca. Todo mundo sabia que era a gente que fugia e dava tiros."Durante a travessia, sua mãe quase caiu em um precipício, e ela começou a gritar. Foi aí que "um homem me tapou a boca e me sufocou".Na fronteira suíça, Ariella foi jogada para o outro lado por um contrabandista, que gritou: "Fique com ela, vocês não matam as crianças." Refugiados na Suíça, a família foi separada em abrigos."Um saco de palha é uma coisa maravilhosa porque serve de colchão, serve de cobertor", diz, relembrando os 18 meses que passou no refúgio. Ver o irmão mais tarde, que estava em outro campo, marcou-a profundamente.Após o fim da guerra, retornaram à Itália, onde descobriram que seus pertences haviam sido saqueados. Posteriormente, ela conheceu um judeu italiano e, juntos, vieram ao Brasil, onde faz morada há mais de 50 anos.
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Ariella Pardo Segre, sobrevivente do Holocausto, detalhe sua experiência fugindo dos nazistas na Itália à Sputnik Brasil
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Ariella Pardo Segre, sobrevivente do Holocausto, detalhe sua experiência fugindo dos nazistas na Itália à Sputnik Brasil, São Paulo 28 de abril de 2025.
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Sobrevivente relata fuga de nazistas na Itália e refúgio na Suíça durante Segunda Guerra (VÍDEO)
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Ariella Pardo Segre, sobrevivente do Holocausto, detalhou em entrevista à Sputnik Brasil sua experiência de fuga da Itália ocupada por nazistas em 1943, quando tinha apenas três anos de idade.
Filha de professores judeus, ela narrou a escalada da perseguição após a invasão alemã: "Na Itália tinha tido a perseguição antissemita, mas não tinha matado ninguém. Muitos falavam: 'Bom, essa guerra vai cair, vai acabar e não vai acontecer nada, como na Alemanha.'
E o pior acontece."
Com a
ocupação nazista combinada ao regime fascista de Benito Mussolini, a família foi alvo imediato. Um vizinho alertou seu pai, ao dizer que ele não podia entrar em casa, devido a
"um caminhão que está esperando o senhor,
um caminhão alemão".
A família então fugiu a pé, dormindo em matagais, segundo lembra Ariella. "Eu me sentia suja. Pedi para minha mãe para tomar banho. Minha mãe falou: 'Não tem mais água para beber e você ainda quer tomar banho.'"
Ajudados por um ex-aluno de seu pai, a família embarcou em um trem de gado rumo a Milão. De lá, seguiram para os Alpes, onde contrabandistas os auxiliaram. Ariella teve de ser carregada por um deles em troca do anel de noiva de sua mãe durante a noite. "Vê-se gente subindo na montanha na neve branca. Todo mundo sabia que era a gente que fugia e dava tiros."
Durante a travessia, sua mãe quase caiu em um precipício, e ela começou a gritar. Foi aí que "um homem me tapou a boca e me sufocou".
Na fronteira suíça, Ariella foi jogada para o outro lado por um contrabandista, que gritou: "Fique com ela, vocês não matam as crianças." Refugiados na Suíça, a família foi separada em abrigos.
"Um saco de palha é uma coisa maravilhosa porque serve de colchão, serve de cobertor", diz, relembrando os 18 meses que passou no refúgio. Ver o irmão mais tarde, que estava em outro campo, marcou-a profundamente.
"Vi meu irmão. Esse, para mim, foi o momento mais bonito da guerra."
Após o fim da guerra, retornaram à Itália, onde descobriram que seus pertences haviam sido saqueados. Posteriormente,
ela conheceu um judeu italiano e, juntos, vieram ao Brasil, onde faz morada há mais de 50 anos.
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