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'Sem forças para andar': netos de sobreviventes narram a resistência ao cerco de Leningrado (VÍDEO)
'Sem forças para andar': netos de sobreviventes narram a resistência ao cerco de Leningrado (VÍDEO)
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Descendentes da família Ishakewitsch, que migrou para o Brasil no pós-guerra, contam que durante o cerco a avó recebia de salário um pão feito de farpas de... 08.05.2025, Sputnik Brasil
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O cerco à cidade russa de Leningrado, hoje chamada São Peterburgo, foi um dos momentos mais graves e marcantes da Segunda Guerra Mundial, conhecida na Rússia como Grande Guerra pela Pátria. Durante quase 900 dias a cidade ficou sitiada por forças nazifascistas do Eixo, sendo diariamente alvo de bombas lançadas por terra e ar.A cidade, que tinha uma população estimada em 3 milhões, viu quase 1 milhão de seus residentes morrerem, a grande maioria de fome por conta da escassez de alimentos e outros assassinados por tropas do Eixo.A cidade, no entanto, nunca foi conquistada pelas forças nazifascistas, sendo libertada por tropas soviéticas em janeiro de 1943, durante a operação Iskra, que conseguiu romper o cerco das tropas do Eixo. A cidade, então, passou a ser um símbolo de resistência.Alguns sobreviventes emigraram e reconstruíram a vida em outro país. É o caso de Lidia Ishakewitsch, que atuou como engenheira química no esforço de guerra contra os nazifascistas. Seus descendentes receberam a equipe da Sputnik Brasil em sua residência, na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, para contar como a família chegou ao Brasil. A neta de Lidia, Larissa Ischakewitsch, conta que durante o cerco a avó trabalhava em uma fábrica.Ela conta que Lidia dizia que em vários momentos eles já não tinham forças para andar e rastejavam.Eduard Ishakewitsch Jr., filho de Eduard, e engenheiro assim como o pai, conta como foi a adaptação da família Ishakewitsch ao Brasil, onde chegaram em 1944, estabelecendo-se na ilha das Flores, onde eram alojados os refugiados. Ele conta que no pós-guerra Lidia e Narciss viveram um curto período na Alemanha, onde nasceu o segundo filho do casal, Georg. Então veio a chance de migrar para os EUA ou para o Brasil, e a família escolheu o Brasil.No ano 2000, Lidia conseguiu o título de cidadã niteroiense, concedido pela Câmara do município que ela adotou como lar.
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'Sem forças para andar': netos de sobreviventes narram a resistência ao cerco de Leningrado (VÍDEO)
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Descendentes da família Ishakewitsch, que migrou para o Brasil no pós-guerra, contam que durante o cerco a avó recebia de salário um pão feito de farpas de madeira e farinha, que dividia com familiares.
O
cerco à cidade russa de Leningrado, hoje chamada São Peterburgo, foi um dos momentos mais graves e marcantes da Segunda Guerra Mundial, conhecida na Rússia como Grande Guerra pela Pátria.
Durante quase 900 dias a cidade ficou sitiada por forças nazifascistas do Eixo, sendo diariamente alvo de bombas lançadas por terra e ar.
A cidade, que tinha uma população estimada em 3 milhões, viu quase 1 milhão de seus residentes morrerem, a grande maioria de fome por conta da escassez de alimentos e outros assassinados por tropas do Eixo.
A cidade, no entanto, nunca foi conquistada pelas forças nazifascistas, sendo libertada por tropas soviéticas em janeiro de 1943, durante a
operação Iskra, que conseguiu
romper o cerco das tropas do Eixo. A cidade, então,
passou a ser um símbolo de resistência.
Alguns sobreviventes emigraram e reconstruíram a vida em outro país. É o caso de Lidia Ishakewitsch, que atuou como engenheira química no esforço de guerra contra os nazifascistas.
Seus descendentes receberam a equipe da Sputnik Brasil em sua residência, na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, para contar como a família chegou ao Brasil. A neta de Lidia, Larissa Ischakewitsch, conta que durante o cerco a avó trabalhava em uma fábrica.
"Lá ela recebia de salário um pão. Esse pão era feito de farpa de madeira com farinha, então ela comia metade e a outra metade ela dividia com quem tinha sobrevivido, com quem ainda não tinha morrido de fome, que eram o marido dela, Narciss Ishakewitsch, o filho dela, Eduard, e a mãe dela", relata Larissa.
Ela conta que Lidia dizia que em vários momentos eles já não tinham forças para andar e rastejavam.
"A irmã dela morreu de fome nos braços dela, o pai dela foi tirado de dentro de casa, foi fuzilado, e a última vez que ela viu o pai, então, foi nesse momento, quando eles arrancaram ele de dentro de casa, Mikhail Landgraf [nome do pai de Lidia]. Ele entrou em uma fila nu, de outros homens nus, e deu tchau para ela. E essa foi a última vez que eles o viram."
Eduard Ishakewitsch Jr., filho de Eduard, e engenheiro assim como o pai, conta como foi a adaptação da família Ishakewitsch ao Brasil, onde chegaram em 1944, estabelecendo-se na ilha das Flores, onde eram alojados os refugiados. Ele conta que no pós-guerra Lidia e Narciss viveram um curto período na Alemanha, onde nasceu o segundo filho do casal, Georg. Então veio a chance de migrar para os EUA ou para o Brasil, e a família escolheu o Brasil.
"Aqui, chegaram na ilha das Flores, aí se estabeleceram no Ingá [bairro de Niterói], junto com várias famílias, que moraram juntas na mesma residência por alguns anos. E como eles dois eram formados em engenharia, logo melhoraram de vida."
No ano 2000, Lidia conseguiu o título de cidadã niteroiense, concedido pela Câmara do município que ela adotou como lar.
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