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Guerra dos chips: China reage a sanções dos EUA à gigante Huawei e acirra tensão entre as potências

CC BY 2.0 / Flickr / Björn Láczay / Chips (imagem referencial)
Chips (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 16.05.2025
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A recente proibição por parte dos EUA do uso de chips de inteligência artificial (IA) da empresa chinesa Huawei no país foi duramente criticada pelo governo da China nesta sexta-feira (16).
A medida foi tomada com a justificativa de que esses chips violam controles de exportação estipulados por Washington, mas em coletiva de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da China, nesta manhã, em Pequim, o porta-voz Lin Jian declarou que os Estados Unidos deturpam o conceito de segurança nacional.
Ele afirmou que a proibição, "de forma infundada e maliciosa", visa apenas prejudicar a indústria de chips e IA da China e desrespeita de forma preocupante as regras de mercado, além de desestabilizar as cadeias industriais e de suprimentos globais.

"A China se opõe firmemente a isso e absolutamente não aceita. Instamos os EUA a abandonarem seus atos protecionistas e o bullying unilateral, e a cessarem sua repressão flagrante às empresas de tecnologia da China e à indústria de IA. A China tomará medidas firmes para defender seu direito ao desenvolvimento e os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas", declarou Jian.

Na segunda feira (12), a nova diretriz do Escritório de Indústria e Segurança (BIS, na sigla em inglês) foi divulgada um dia após o anúncio de um acordo de trégua tarifária de 90 dias entre os dois países. O pacto determina que as tarifas sobre produtos chineses de 145% caiam para 30%, enquanto as tarifas sobre bens norte-americanos baixaria de 125% para 10%.
A ampliação anunciada dos controles sobre chips de computação avançada para treinamento de modelos de IA voltados a fins militares, de inteligência ou armas de destruição em massa valem para a China e a Região Administrativa Especial de Macau, República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Irã, Síria, Rússia, Venezuela e Cuba.
O governo de Donald Trump alega que o acesso de entidades chinesas a tecnologias sensíveis produzidas por empresas estadunidenses coloca em risco a segurança e soberania dos EUA.
Na prática, quem exportar tecnologia sensível para esses países sem licença prévia dos órgãos norte-americanos competentes podem ser punidos na Justiça e entrar para a lista de entidades estrangeiras consideradas uma ameaça aos Estados Unidos.
Comumente usados em data centers, veículos autônomos, telecomunicações e em várias outras aplicações, os chips da Huawei ajudam no treinamento de grandes modelos de IA, que concorrem com similares de empresas dos EUA, como a Nvidia e o Google.
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