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'Paz duradoura': Moscou toma seu tempo na negociação porque quer mais do que uma pausa, diz analista
'Paz duradoura': Moscou toma seu tempo na negociação porque quer mais do que uma pausa, diz analista
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Entrevistado pela Sputnik Brasil, analista avalia como positiva reunião entre as delegações russa e ucraniana e diz que agora cabe a Kiev ouvir a "voz da... 16.05.2025, Sputnik Brasil
2025-05-16T14:45-0300
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2025-05-17T13:20-0300
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A primeira etapa das negociações entre as delegações da Rússia e da Ucrânia em Istambul, na Turquia, foi concluída nesta sexta-feira (16). Em declaração a jornalistas, o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, afirmou que o lado russo está satisfeito com os resultados e pronto para continuar o contato.Entre os acordos alcançados neste primeiro encontro depois de três anos, está uma grande troca de prisioneiros entre Moscou e Kiev: mil por mil. A Ucrânia também solicitou uma reunião entre chefes de Estado e a Rússia levará isso em consideração.Também está em avaliação uma preparação detalhada das visões de ambas as partes sobre um eventual cessar-fogo, dentro de uma perspectiva de continuidade das conversas.Em entrevista à Sputnik Brasil, o analista internacional Raphael Machado considerou a reunião positiva, ao "colocar o lado russo e o lado ucraniano no mesmo lugar para dialogar". "Na medida em que se tem um conflito em andamento, que no caso é a operação militar especial, todo diálogo é sempre bem-vindo."Machado aponta que a reunião demonstrou ao mundo que "a Rússia está interessada no diálogo pela paz" e que, agora, a grande tarefa dos negociadores russos vai ser quebrar a resistência dos negociadores ucranianos, sobretudo no que concerne às repúblicas que foram integradas à Federação da Rússia através de um plebiscito em 2022: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie. "Esse é um ponto fundamental", avalia.Dessa forma, o que resta agora é aguardar para ver o que vai de fato se concretizar dessa reunião. O especialista lembra que, contudo, conforme o tempo passa, a situação para a Ucrânia "vai ficando cada vez mais difícil".A situação de Kiev é tão crítica, detalha Machado, que em breve, se não houver um cessar-fogo ou um tratado de paz, "possivelmente vamos ver a libertação completa de Donbass".Nesse contexto, o especialista afirma a perspectiva otimista de que o ucraniano Vladimir Zelensky e as elites ucranianas compreendam a insustentabilidade da sua posição e que o mais vantajoso e razoável seria chegar a um entendimento com a Rússia para que se possa dar fim ao conflito.Na outra ponta, porém, observou-se até aqui uma "forte intransigência" por parte da liderança em Bankovaya.Essa inflexibilidade pode ser resultado, inclusive, de tentativas de sabotagem das negociações, por baixo dos panos, afirma Machado, lembrando que os alemães falam de enviar mísseis Taurus para a Ucrânia mesmo com poucos em seu estoque.Esta não seria a primeira vez que conversas de paz estariam passíveis de sabotagem por parte do Ocidente. Na mesma cidade de Istambul ocorreram rodadas de negociações, em 2022, que quase encerraram o conflito poucos dias após seu início.As tratativas, no entanto, foram boicotadas pelos líderes euro-atlânticos, em especial o então primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que foi à Ucrânia para convencer Zelensky a desistir das negociações e lutar até o último ucraniano.Na avaliação de Machado, no entanto, a expectativa é que o lado ucraniano ouça a "voz da razão" e "venha com propostas razoáveis para que se possa dar fim ao conflito". Já do lado russo, ele afirma que obviamente existe o interesse em encerrar a operação militar especial. "Mas não existe pressa.""Há o interesse de que se possa encerrar um conflito que é, para todos os efeitos, dentro do próprio mundo russo, porque, como sabemos, os russos, ucranianos e os belarussos são povos irmãos."
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'Paz duradoura': Moscou toma seu tempo na negociação porque quer mais do que uma pausa, diz analista
14:45 16.05.2025 (atualizado: 13:20 17.05.2025) Especiais
Entrevistado pela Sputnik Brasil, analista avalia como positiva reunião entre as delegações russa e ucraniana e diz que agora cabe a Kiev ouvir a "voz da razão" e apresentar propostas razoáveis para uma paz duradoura.
A primeira etapa das negociações entre as delegações da Rússia e da Ucrânia em Istambul, na Turquia, foi concluída nesta sexta-feira (16). Em declaração a jornalistas, o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, afirmou que o lado russo está satisfeito com os resultados e pronto para continuar o contato.
Entre os acordos alcançados neste primeiro encontro depois de três anos, está uma grande troca de prisioneiros entre Moscou e Kiev: mil por mil. A Ucrânia também solicitou uma reunião entre chefes de Estado e a Rússia levará isso em consideração.
Também está em avaliação uma preparação detalhada das visões de ambas as partes sobre um eventual cessar-fogo, dentro de uma perspectiva de continuidade das conversas.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o analista internacional
Raphael Machado considerou a reunião positiva, ao "colocar o lado russo e o lado ucraniano no mesmo lugar para dialogar". "Na medida em que se tem um conflito em andamento, que no caso é a operação militar especial,
todo diálogo é sempre bem-vindo."
"Até então, quem estava representando os maiores empecilhos para que houvesse um diálogo era a parte ucraniana, que estava sempre trazendo uma série de exigências até mesmo para poder sentar-se com a contraparte russa."
Machado aponta que a reunião demonstrou ao mundo que
"a Rússia está interessada no diálogo pela paz" e que, agora, a grande tarefa dos negociadores russos vai ser
quebrar a resistência dos negociadores ucranianos, sobretudo no que concerne às repúblicas que foram integradas à Federação da Rússia através de um plebiscito em 2022: Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie. "Esse é um ponto fundamental", avalia.
Dessa forma, o que resta agora é aguardar para ver o que vai de fato se concretizar dessa reunião. O especialista lembra que, contudo, conforme o tempo passa, a situação para a Ucrânia "vai ficando cada vez mais difícil".
"Porque dia após dia a Rússia vai libertando novas cidades, e, portanto, a margem de negociação vai ficando menos vantajosa para a Ucrânia."
A situação de Kiev é tão crítica, detalha Machado, que em breve, se não houver um cessar-fogo ou um tratado de paz, "possivelmente vamos ver a libertação completa de Donbass".
Nesse contexto, o especialista afirma a perspectiva otimista de que o ucraniano Vladimir Zelensky e as elites ucranianas
compreendam a insustentabilidade da sua posição e que
o mais vantajoso e razoável seria chegar a um entendimento com a Rússia para que se possa dar fim ao conflito.
Na outra ponta, porém, observou-se até aqui uma "forte intransigência" por parte da liderança em Bankovaya.
"Eu, inclusive, creio que a Ucrânia só se dispôs a negociar mesmo por pressão dos EUA, porque ela teme que Donald Trump corte 100% do apoio."
Essa inflexibilidade pode ser resultado, inclusive, de tentativas de sabotagem das negociações, por baixo dos panos, afirma Machado, lembrando que os alemães falam de enviar mísseis Taurus para a Ucrânia mesmo com poucos em seu estoque.
Esta não seria a primeira vez que conversas de paz estariam passíveis de sabotagem por parte do Ocidente. Na mesma cidade de Istambul ocorreram rodadas de negociações, em 2022, que quase encerraram o conflito poucos dias após seu início.
As tratativas, no entanto, foram boicotadas pelos líderes euro-atlânticos, em especial o então primeiro-ministro britânico,
Boris Johnson, que
foi à Ucrânia para convencer Zelensky a desistir das negociações e lutar até o último ucraniano.
Na avaliação de Machado, no entanto, a expectativa é que o lado ucraniano ouça a "voz da razão" e "venha com propostas razoáveis para que se possa dar fim ao conflito". Já do lado russo, ele afirma que obviamente existe o interesse em encerrar a operação militar especial. "Mas não existe pressa."
"Há o interesse de que se possa encerrar um conflito que é, para todos os efeitos, dentro do próprio mundo russo, porque, como sabemos, os russos, ucranianos e os belarussos são povos irmãos."
"Mas não existe pressa porque um acordo de paz feito na pressa, a qualquer custo, acaba sendo apenas uma pausa, um interlúdio para um possível novo conflito. Os russos estão interessados em uma paz que seja duradoura."
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