Resistência palestina: objetivos comuns, estratégias diferentes (Parte 1)

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Resistência palestina: objetivos comuns, estratégias diferentes (Parte 1)

Fatah e Hamas são os dois principais grupos da resistência palestina — mas seguem caminhos diferentes. Enquanto o Fatah surgiu como um movimento de libertação nacional e depois adotou a via diplomática, o Hamas mantém uma postura mais combativa, com forte presença social e militar, especialmente na Faixa de Gaza.

O historiador Sayid Marcos Tenório explicou que o Hamas, embora tenha ganhado projeção em 1987, durante a Primeira Intifada, já atuava desde os anos 1970 como braço da Irmandade Muçulmana na Palestina.

Ele lembrou também da importância de outras frentes, como a Frente Popular e a Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FPLP e FDLP), além da Jihad Islâmica Palestina (pelo seu braço armado, as Brigadas Al-Quds), fundada em 1981.

Já o Fatah, criado por Yasser Arafat em 1959, teve papel central na luta contra a ocupação israelense.

No entanto, segundo Tenório, após os Acordos de Oslo (1993–1995), o grupo perdeu força como movimento de resistência e passou a colaborar com a ocupação na Cisjordânia.

Essa guinada diplomática, diz ele, esvaziou o espírito revolucionário do Fatah e gerou descontentamento entre palestinos.

"A Autoridade Palestina hoje evita negociações com o Hamas e prefere acordos temporários com Israel", afirmou.

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