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'Sem energia nuclear, não conseguiremos nos livrar do carbono', diz vice-diretor-geral da AIEA
'Sem energia nuclear, não conseguiremos nos livrar do carbono', diz vice-diretor-geral da AIEA
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Em evento na cidade do Rio de Janeiro, Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares, ressalta que fontes... 21.05.2025, Sputnik Brasil
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Investir em energia nuclear, especialmente em pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês), contribui para um mundo mais justo e menos desigual. A conclusão é de especialistas que participaram, nesta quarta-feira (21), do segundo dia do evento de negócios e tecnologia Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E), promovido pela Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN).O evento ocorre no centro de convenções Expomag, no Centro do Rio de Janeiro. Ele teve início ontem (20) e vai até quinta-feira (22).Nesta quarta-feira (21), no painel Plataforma Nuclear do BRICS, especialistas de Brasil, Rússia, China, África do Sul, Bolívia, Etiópia e Irã discutiram projetos para ampliar o uso de energia nuclear como forma de construir um mundo mais equitativo, fornecer uma alternativa à alta nos preços dos combustíveis fósseis e garantir a segurança energética, especialmente em áreas isoladas, e a transição energética.Ademais, os especialistas destacaram o baixo impacto ambiental da energia nuclear, que não lança na atmosfera gases de efeito estufa."Essas características tornam os SMRs uma opção estratégica para países em desenvolvimento, pois facilitam o acesso à energia renovável e sustentável com impacto social e ambiental positivo. Nesse sentido, o financiamento para a implementação de SMRs é essencial no contexto da transição energética, pois se trata de uma tecnologia resiliente às mudanças climáticas e oferece benefícios significativos em comparação com outras fontes de baixa emissão", disse Hortensia Jiménez Rivera, diretora-executiva da Agencia Boliviana de Energia Nuclear (ABEN).Pedro Kassab, vice-presidente da geradora Diamante Energia Brasil, frisou que um dos principais desafios para o setor de energia nuclear será obter financiamento para projetos.Segundo Kassab, mesmo que as regras sejam flexibilizadas, os projetos seguirão para departamentos de análise, onde haverá desafios, principalmente em relação a custos."Então isso será um grande desafio para a energia nuclear no futuro próximo, até que comecemos a criar um histórico de entregas dentro do prazo e do orçamento, em todo o mundo", afirmou.À Sputnik Brasil, Mikhail Chudakov, vice-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), destacou que o evento reuniu mais de 3 mil participantes, provenientes de vários países, e afirmou que o fórum é importante não só para a América Latina, mas para o mundo."Porque está claro, para qualquer pessoa com um mínimo de formação técnica e que acompanhe o que está acontecendo com o clima e a segurança energética, que, se quisermos substituir as fontes de energia baseadas em carbono, precisaremos utilizar a energia nuclear como uma fonte limpa, verde e que funciona por 100 anos, um século inteiro. Por isso esta reunião e este fórum são tão importantes. Discutimos como acelerar e implementar a energia nuclear na América Latina, como concluir a construção da unidade número três de Angra [a usina nuclear Angra 3, na cidade de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro]."Ele citou como exemplo o que ocorreu recentemente com Portugal e Espanha, "quando passaram a depender totalmente das chamadas energias renováveis", como a eólica e a solar.Nesse contexto, ele também destacou "a atuação do BRICS em promover o avanço da energia nuclear"."Eles [BRICS] também discutem a energia nuclear pacífica para o futuro dos países do grupo. E nós apoiamos todos os países e organizações, inclusive o BRICS, que promovam o avanço da energia nuclear" afirmou.Celso Cunha, presidente da ABDAN, afirmou à Sputnik Brasil que a energia nuclear é um tema relevante para todas as áreas, incluindo a saúde, "quer seja na questão do tratamento do câncer, quer seja na geração de energia". Ele frisou que o mundo e a própria Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) já declararam que "sem energia nuclear não vai haver transição energética".Segundo ele, trazer o BRICS para a discussão é de suma importância por conta da relevância econômica do grupo.
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'Sem energia nuclear, não conseguiremos nos livrar do carbono', diz vice-diretor-geral da AIEA
20:49 21.05.2025 (atualizado: 13:38 23.05.2025) Especiais
Em evento na cidade do Rio de Janeiro, Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares, ressalta que fontes renováveis, como solar e eólica, não possuem potência reativa suficiente para garantir a segurança energética.
Investir em energia nuclear, especialmente em
pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês),
contribui para um mundo mais justo e menos desigual. A conclusão é de especialistas que participaram, nesta quarta-feira (21), do
segundo dia do evento de negócios e tecnologia Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E), promovido pela Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN).
O evento ocorre no centro de convenções Expomag, no Centro do Rio de Janeiro. Ele teve início ontem (20) e vai até quinta-feira (22).
Nesta quarta-feira (21), no painel Plataforma Nuclear do BRICS, especialistas de Brasil, Rússia, China, África do Sul, Bolívia, Etiópia e Irã discutiram projetos para
ampliar o uso de energia nuclear como forma de
construir um mundo mais equitativo, fornecer uma alternativa à alta nos preços dos combustíveis fósseis e garantir a segurança energética, especialmente em áreas isoladas, e a transição energética.
Ademais, os especialistas destacaram o baixo impacto ambiental da energia nuclear, que não lança na atmosfera gases de efeito estufa.
"Essas características tornam os SMRs uma opção estratégica para países em desenvolvimento, pois facilitam o acesso à energia renovável e sustentável com impacto social e ambiental positivo. Nesse sentido, o financiamento para a implementação de SMRs é essencial no contexto da transição energética, pois se trata de uma tecnologia resiliente às mudanças climáticas e oferece benefícios significativos em comparação com outras fontes de baixa emissão", disse Hortensia Jiménez Rivera, diretora-executiva da Agencia Boliviana de Energia Nuclear (ABEN).
Pedro Kassab, vice-presidente da geradora Diamante Energia Brasil, frisou que um dos principais desafios para o setor de energia nuclear será obter financiamento para projetos.
"Todos sabem que, até muito recentemente, alguns grandes credores envolvidos em infraestrutura tinham restrições à energia nuclear. Felizmente muitas dessas restrições, incluindo as do Banco Mundial, estão sendo revertidas agora. No entanto, isso não significa que o financiamento para a energia nuclear será significativamente mais fácil na prática no curto prazo", afirmou.
Segundo Kassab, mesmo que as regras sejam flexibilizadas, os projetos seguirão para departamentos de análise, onde haverá desafios, principalmente em relação a custos.
"Então isso será um grande desafio para a energia nuclear no futuro próximo, até que comecemos a criar um histórico de entregas dentro do prazo e do orçamento, em todo o mundo", afirmou.
À Sputnik Brasil, Mikhail Chudakov, vice-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), destacou que o evento reuniu mais de 3 mil participantes, provenientes de vários países, e afirmou que o fórum é importante não só para a América Latina, mas para o mundo.
"Porque está claro, para qualquer pessoa com um mínimo de formação técnica e que acompanhe o que está acontecendo com o clima e a segurança energética, que, se quisermos substituir as fontes de energia baseadas em carbono, precisaremos utilizar a energia nuclear como uma fonte limpa, verde e que funciona por 100 anos, um século inteiro. Por isso esta reunião e este fórum são tão importantes. Discutimos como acelerar e implementar a energia nuclear na América Latina, como concluir a construção da unidade número três de Angra [a usina nuclear Angra 3, na cidade de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro]."
Ele citou como exemplo o que ocorreu recentemente com Portugal e Espanha, "quando passaram a depender totalmente das chamadas energias renováveis", como a eólica e a solar.
"O vento e a [energia] solar não possuem potência reativa suficiente, o que torna a rede muito frágil e insustentável. E, se falamos sobre fontes de energia livres de carbono, é claro que, junto com as renováveis, como a do vento, a solar e a hidrelétrica, precisaremos utilizar a energia nuclear. Sem energia nuclear, não conseguiremos atingir um ambiente livre de carbono, como muitos países planejam."
Nesse contexto, ele também destacou "a atuação do BRICS em promover o avanço da energia nuclear".
"Eles [BRICS] também discutem a energia nuclear pacífica para o futuro dos países do grupo. E nós apoiamos todos os países e organizações, inclusive o BRICS, que promovam o avanço da energia nuclear" afirmou.
Celso Cunha, presidente da ABDAN, afirmou à Sputnik Brasil que a energia nuclear é um tema relevante para todas as áreas, incluindo a saúde, "quer seja na questão do tratamento do câncer, quer seja na geração de energia". Ele frisou que o mundo e a própria Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) já declararam que "sem energia nuclear não vai haver transição energética".
"São muitos terawatts de energia que precisam ser descarbonizados. E a energia nuclear é a única que é capaz de entregar algo firme, estável, limpo e que mantém um nível de segurança extremamente alto", afirmou.
Segundo ele, trazer o BRICS para a discussão é de suma importância por conta da relevância econômica do grupo.
"Nós estamos falando de uma boa parte do PIB mundial estar se unindo a favor do uso da tecnologia nuclear. E se unindo por quê? Porque é importante fazer a descarbonização, é importante cuidar do mundo, é importante a gente fazer a transição energética. E, neste momento, ter o BRICS como um grande bloco econômico que possa auxiliar nesse processo é fundamental."
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