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Ataque dos EUA às instalações nucleares do Irã terá consequências de longo alcance, diz Araghchi

© AP Photo / Khalil HamraO ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, ouve discursos enquanto participa da reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação Islâmica, em Istambul, Turquia, 21 de junho de 2025
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, ouve discursos enquanto participa da reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação Islâmica, em Istambul, Turquia, 21 de junho de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 22.06.2025
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que o ataque dos EUA às instalações nucleares iranianas teria consequências de longo alcance, com o Irã se reservando o direito de proteger seus interesses em legítima defesa.
"Os Estados Unidos, membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, cometeram uma grave violação da Carta da ONU, do direito internacional e do Tratado de Não Proliferação [TNP] ao atacar as instalações nucleares civis do Irã", escreveu o alto diplomata iraniano no X.
Ele acrescentou que "os eventos desta manhã [22] foram ultrajantes e terão consequências duradouras".

"Todos os membros da ONU devem estar alarmados com esse comportamento extremamente perigoso, ilegal e criminoso. De acordo com a Carta da ONU e suas disposições que permitem uma resposta em legítima defesa, o Irã reserva todas as opções para defender sua soberania, seus interesses e seu povo", enfatizou Araghchi.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã também se manifestou de forma oficial condenando as ações dos EUA.

"O mundo não deve esquecer que foram os Estados Unidos — durante um processo diplomático em andamento — que traíram a diplomacia ao apoiar as ações agressivas do regime israelense genocida e ilegal", afirmou o ministério, destacando que Washington é responsável pelas consequências muito perigosas de seu ataque às instalações nucleares iranianas.

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"O Ministério das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã, nos termos mais veementes possíveis, condena a selvagem agressão militar dos Estados Unidos contra as instalações nucleares pacíficas do Irã — uma violação flagrante e sem precedentes dos princípios mais fundamentais da Carta das Nações Unidas e das regras do direito internacional. A República Islâmica responsabiliza totalmente o governo belicista e ilegal dos EUA pelas consequências extremamente perigosas deste grave crime", afirmou o ministério.
De acordo com a chancelaria iraniana, o silêncio da comunidade internacional após este ataque colocará o mundo em um risco sem precedentes.

"A República Islâmica do Irã lembra às Nações Unidas, ao Conselho de Segurança, ao secretário-geral da ONU, à Agência Internacional de Energia Atômica [AIEA] e a todos os outros organismos internacionais relevantes suas responsabilidades de agir rapidamente em resposta a esta violação criminosa do direito internacional. A República Islâmica enfatiza que o silêncio diante de uma agressão tão flagrante coloca o mundo inteiro em um perigo sem precedentes e generalizado", afirmou o ministério.

O ataque dos EUA às instalações nucleares demonstrou que os EUA esteve envolvido no planejamento do ataque israelense inicial ao Irã, acrescentou o ministério.

"O ataque dos EUA às instalações nucleares civis do Irã, cometido nas primeiras horas do décimo dia da agressão militar de Israel contra o Irã, expôs a colaboração criminosa e a participação direta dos Estados Unidos com o regime sionista no planejamento e execução de ataques militares contra o Irã", afirmou o ministério.

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No sábado (21), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que os EUA "concluíram com sucesso" um bombardeio a três instalações nucleares no Irã. Anúncio de Trump foi feito nas redes sociais. Segundo o presidente norte-americano, uma das instalações atacadas foi Fordow, crucial para o programa nuclear iraniano.
No dia 13 de junho, Israel lançou uma operação contra o Irã, acusando-o de implementar um programa nuclear militar secreto. Os alvos dos bombardeios aéreos e ataques de grupos de sabotagem eram instalações nucleares, os generais, físicos nucleares proeminentes, bases aéreas, sistemas de defesa aérea e mísseis terra-terra.
O Irã nega que seu projeto nuclear tenha um componente militar. Como afirmou o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, em 18 de junho, os inspetores da agência não encontraram evidências concretas de que o Irã tenha um programa de armas nucleares.
O Irã respondeu às ações de Israel com mísseis e ataques de drones, alegando ter como alvo alvos militares. Prédios residenciais foram atingidos e o número de vítimas civis aumentou em ambos os lados.
Segundo o Ministério da Saúde iraniano, mais de 400 pessoas morreram e pelo menos 3 mil ficaram feridas no país. Israel afirmou que mais de 20 pessoas morreram e mais de 1.200 ficaram feridas nos ataques iranianos.
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