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Mídia: Amorim diz que ataque dos EUA ao Irã estimula países a buscarem armas nucleares
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Em entrevista ao portal UOL, Amorim diz que nunca viu "um momento tão tenso" como o atual na geopolítica global e que teme por uma "guerra mundial". 22.06.2025, Sputnik Brasil
2025-06-22T15:09-0300
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O assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou neste domingo (22) temer por uma "guerra mundial" diante da escalada de violência no Oriente Médio, acirrada após os recentes ataques norte-americanos a instalações nucleares do Irã.Em entrevista ao portal UOL, Amorim afirmou que "em seus 83 anos" nunca viu "um momento tão tenso" como o atual.Ele acrescentou que os últimos acontecimentos no Irã devem impactar o conflito ucraniano, e frisou que o mundo hoje vive duas "guerras graves" paralelas, que caso se comuniquem, como pode acontecer, já seria praticamente uma "guerra mundial".O assessor especial expressou o temor de que a justificativa de "ataque preventivo" dada pelo governo norte-americano para atacar o Irã se alastre, e outros países passem a considerar também agir de maneira preventiva diante de ameaças a seus interesses. "Isso é muito perigoso", afirmou.Ele disse que a situação coloca em risco não apenas a credibilidade da Organização das Nações Unidas (ONU), como também do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Segundo Amorim, o Brasil é signatário do pacto e não pretende abandoná-lo, mas se a adesão estivesse sendo cogitada hoje, o cenário seria diferente. "Teria sido mais difícil entrar hoje [no pacto], depois dessa situação. Haveria mais dúvidas. Nossas e de outros."Amorim afirmou ainda que a ação do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, pode ter o efeito contrário ao desejado, estimulando países a desenvolverem armas nucleares."O que os americanos estão fazendo é estimular um país a chegar a uma arma nuclear. Nesse caso, o poder de retaliação seria muito grande", afirmou.Feridos em ataques não foram expostos à radiaçãoO Ministério da Saúde do Irã afirmou neste domingo que nenhum dos feridos no ataque dos EUA ao país foi exposto à radiação.Segundo números mais recentes divulgados pelo ministério, desde o início da ofensiva israelense no Irã, no dia 13 de junho, pelo menos 400 pessoas morreram e mais de 3.000 ficaram feridas no país. Do lado israelense, autoridades apontam pelo menos 25 mortos em ataques iranianos.
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Mídia: Amorim diz que ataque dos EUA ao Irã estimula países a buscarem armas nucleares
15:09 22.06.2025 (atualizado: 16:02 22.06.2025) Em entrevista ao portal UOL, Amorim diz que nunca viu "um momento tão tenso" como o atual na geopolítica global e que teme por uma "guerra mundial".
O assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou neste domingo (22) temer por uma
"guerra mundial" diante da
escalada de violência no Oriente Médio, acirrada após os recentes ataques norte-americanos a instalações nucleares do Irã.
Em
entrevista ao portal UOL, Amorim afirmou que "em seus 83 anos" nunca viu
"um momento tão tenso" como o atual.
"Não estou dando uma declaração em nome do governo brasileiro. Mas estamos vivendo um momento de grande perigo", disse Amorim.
Ele acrescentou que os
últimos acontecimentos no Irã devem impactar o conflito ucraniano, e frisou que o mundo hoje vive duas
"guerras graves" paralelas, que caso se comuniquem, como pode acontecer, já seria praticamente uma
"guerra mundial".
"Se somar ao cenário a guerra tarifária, acho que o mundo está correndo o risco de afundar como eu nunca vi", disse Amorim.
O assessor especial expressou o temor de que a justificativa de "ataque preventivo" dada pelo governo norte-americano para atacar o Irã se alastre, e outros países passem a considerar também agir de maneira preventiva diante de ameaças a seus interesses. "Isso é muito perigoso", afirmou.
Ele disse que a situação coloca em risco não apenas a credibilidade da Organização das Nações Unidas (ONU), como também do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Segundo Amorim, o Brasil é signatário do pacto e não pretende abandoná-lo, mas se a adesão estivesse sendo cogitada hoje, o cenário seria diferente.
"Teria sido mais difícil entrar hoje [no pacto], depois dessa situação. Haveria mais dúvidas. Nossas e de outros."
Amorim afirmou ainda que a ação do governo do presidente dos EUA, Donald Trump,
pode ter o efeito contrário ao desejado,
estimulando países a desenvolverem armas nucleares.
"O que os americanos estão fazendo é estimular um país a chegar a uma arma nuclear. Nesse caso, o poder de retaliação seria muito grande", afirmou.
Feridos em ataques não foram expostos à radiação
O Ministério da Saúde do Irã afirmou neste domingo que nenhum dos feridos no ataque dos EUA ao país foi exposto à radiação.
"Felizmente, nenhuma das vítimas enviadas para centros [médicos] após o bombardeio dos EUA sofreu exposição à radiação", escreveu o porta-voz do órgão, Hossein Kermanpour, na rede social X.
Segundo números mais recentes divulgados pelo ministério, desde o início da ofensiva israelense no Irã, no dia 13 de junho, pelo menos 400 pessoas morreram e mais de 3.000 ficaram feridas no país. Do lado israelense, autoridades apontam pelo menos 25 mortos em ataques iranianos.
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