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Estado de sítio e mortes: Panamá enfrenta onda de protestos e violência nas ruas

© AP Photo / Arnulfo FrancoNavios transitam pelo canal do Panamá, em 11 de maio de 2016
Navios transitam pelo canal do Panamá, em 11 de maio de 2016 - Sputnik Brasil, 1920, 30.06.2025
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O governo do Panamá suspendeu, nesta segunda-feira (30), o estado de sítio após dez dias, devido a protestos e distúrbios pelo país contra reformas políticas e ações do Executivo. Pelo menos duas pessoas morreram no período, entre elas uma criança por inalação de gás lacrimogênio.
Cerca de 370 pessoas foram detidas e 600 ficaram feridas, segundo dados oficiais. O decreto permite detenções sem ordem judicial, suspensão do direito de habeas corpus, controle de dispositivos eletrônicos e a prerrogativa de censura sobre as redes sociais para seus cerca de 4,4 milhões de habitantes.
Os sindicatos de professores iniciaram a greve em 23 de abril, a fim de exigir a revogação da Lei 462, que trata da previdência social proposta pelo presidente José Raúl Mulino, aprovada em março. Críticos da nova lei afirmam que as mudanças prejudicam, em especial, os aposentados e elevam a contribuição dos trabalhadores.
Os setores sociais que participam da greve também condenam a presença de tropas estadunidenses no país centro-americano, autorizadas por Mulino, e os anúncios do presidente de reativar a mineração de metais e a construção de barragens que obrigariam as comunidades a deixar suas terras.
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As justificativas do governo são de que a medida é fundamental para estabilizar o sistema de pensões e que o estado de sítio ocorreu para combater o vandalismo. A cidade de Changuinola é o epicentro dos protestos.

"Não podemos continuar a permitir que setores políticos irresponsáveis ​​usem a população como instrumento de pressão, fomentando o caos e, em seguida, se apresentando como falsos mediadores. Tal comportamento é imoral e criminoso, e aqueles que o promovem serão investigados e responsabilizados perante a lei", diz a nota do governo.

A incerteza sobre o futuro do canal do Panamá, que vem sendo reivindicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, também é um dos focos dos protestos.
Desde que assumiu o poder, Trump tem repetido que a China tem influência excessiva sobre o canal, que movimenta uma parte significativa do tráfego de contêineres dos EUA e do comércio mundial.
O governo de Trump prometeu retomar o controle da hidrovia estratégica que os EUA financiaram, construíram e controlaram até 1999. Durante visita ao país, Pete Hegseth fez diversos comentários a respeito da influência da China na América Latina, afirmando que os EUA não tencionam guerra com a China, mas pretendem combater as ameaças de Pequim à região. A China reagiu, acusando os EUA de atacar maliciosamente e expor sua natureza intimidadora.
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