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China se consolida como potência diante de recuo diplomático dos Estados Unidos, aponta relatório
China se consolida como potência diante de recuo diplomático dos Estados Unidos, aponta relatório
Sputnik Brasil
A China está expandindo sua atuação diplomática enquanto os Estados Unidos, sob a administração do presidente Donald Trump, reduzem sua presença global... 14.07.2025, Sputnik Brasil
2025-07-14T23:38-0300
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O relatório, obtido pela Reuters, fruto de meses de viagens e apurações feitas por funcionários da comissão, foi publicado em meio a cortes significativos promovidos pelo governo Trump no Departamento de Estado. Na última sexta-feira, teve início o desligamento de mais de 1.350 servidores em território americano, como parte de uma redução que deve alcançar cerca de 3 mil postos no total.Além disso, a gestão Trump cortou bilhões de reais em ajuda internacional, o que na prática levou ao fechamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), responsável pelo financiamento de grande parte dos projetos humanitários e de desenvolvimento ao redor do mundo. Com isso, milhares de funcionários e prestadores de serviço foram dispensados, e mais de 80% das iniciativas apoiadas pela agência foram encerradas.Especialistas alertam que esses cortes enfraquecerão a capacidade dos EUA de defender e promover seus interesses no cenário internacional. Um estudo publicado na revista científica The Lancet estimou que o desmonte da Usaid pode causar mais de 14 milhões de mortes adicionais até 2030."Poucos dias depois de o governo Trump tomar posse e começar a reverter nossos compromissos ao redor do mundo, a China já classificava os EUA como um parceiro pouco confiável", disse a senadora Jeanne Shaheen, principal representante democrata da comissão, em uma teleconferência com jornalistas sobre o relatório.Trump argumenta que os Estados Unidos arcam de forma desproporcional com os custos da ajuda internacional e que deseja ver outras nações assumindo mais responsabilidades nesse campo.Com 91 páginas, o relatório elaborado pelos democratas detalha diversas frentes —de emissoras estatais a programas de saúde e desenvolvimento— por meio das quais a China tem aumentado sua influência.São relatados dezenas de episódios em que a comissão identificou ações chinesas para ocupar o vácuo deixado pelos EUA após a extinção ou redução de programas, como financiamento de vacinas, fornecimento de alimentos e construção de infraestrutura.Por exemplo, no continente africano, enquanto os Estados Unidos encerravam iniciativas de auxílio alimentar, a China doou em março cerca de R$ 10,8 milhões em arroz para Uganda. Em maio, após Washington cancelar um subsídio equivalente a aproximadamente R$ 199,8 milhões destinado ao combate ao HIV na Zâmbia, Pequim se comprometeu a ajudar o país africano, incluindo a doação de 500 mil testes rápidos de HIV e a organização de novas reuniões para discutir a continuidade da colaboração.No Sudeste Asiático, o líder chinês Xi Jinping realizou uma viagem oficial com paradas no Vietnã, Camboja e Malásia, segundo o relatório. Essa missão resultou em acordos para a construção de ferrovias no Vietnã, 37 tratados de cooperação no Camboja —cobrindo áreas como energia, educação e infraestrutura— além de intercâmbios técnicos e industriais com a Malásia.Na América Latina, a China foi anfitriã, em maio, do "Fórum China–América Latina e Caribe" e anunciou uma linha de crédito equivalente a cerca de R$ 48,6 bilhões, além de novos aportes em infraestrutura nos países da região.
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China se consolida como potência diante de recuo diplomático dos Estados Unidos, aponta relatório
A China está expandindo sua atuação diplomática enquanto os Estados Unidos, sob a administração do presidente Donald Trump, reduzem sua presença global, segundo afirmaram membros democratas da Comissão de Relações Exteriores do Senado em um relatório divulgado nesta segunda-feira (14).
O relatório, obtido pela Reuters, fruto de meses de viagens e apurações feitas por funcionários da comissão, foi publicado em meio a cortes significativos promovidos pelo governo Trump no Departamento de Estado. Na última sexta-feira, teve início o desligamento de mais de 1.350 servidores em território americano, como parte de uma redução que deve alcançar cerca de 3 mil postos no total.
Além disso, a gestão Trump cortou bilhões de reais em ajuda internacional, o que na prática levou ao fechamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), responsável pelo financiamento de grande parte dos projetos humanitários e de desenvolvimento ao redor do mundo. Com isso, milhares de funcionários e prestadores de serviço foram dispensados, e mais de 80% das iniciativas apoiadas pela agência foram encerradas.
Especialistas alertam que esses cortes enfraquecerão a capacidade dos EUA de defender e promover seus interesses no cenário internacional. Um estudo publicado na revista científica The Lancet estimou que o desmonte da Usaid pode causar mais de 14 milhões de mortes adicionais até 2030.
"Poucos dias depois de o governo Trump tomar posse e começar a reverter nossos compromissos ao redor do mundo,
a China já classificava os EUA como um parceiro pouco confiável", disse a senadora Jeanne Shaheen, principal representante democrata da comissão, em uma teleconferência com jornalistas sobre o relatório.
"Num momento em que estamos recuando, eles estão ampliando sua presença", acrescentou. Segundo o governo Trump, as mudanças visam alinhar a diplomacia americana à política "America First" e fazem parte de um plano para reduzir a burocracia federal e eliminar o que consideram ser gastos excessivos.
Trump argumenta que os Estados Unidos arcam de forma desproporcional com os custos da ajuda internacional e que deseja ver outras nações assumindo mais responsabilidades nesse campo.
Com 91 páginas, o relatório elaborado pelos democratas detalha diversas frentes —de emissoras estatais a programas de saúde e desenvolvimento— por meio das quais a China tem aumentado sua influência.
São relatados dezenas de episódios em que a comissão identificou ações chinesas para ocupar o vácuo deixado pelos EUA após a extinção ou redução de programas, como financiamento de vacinas, fornecimento de alimentos e construção de infraestrutura.
Por exemplo, no continente africano, enquanto os Estados Unidos encerravam iniciativas de auxílio alimentar, a China doou em março cerca de R$ 10,8 milhões em arroz para Uganda. Em maio, após Washington cancelar um subsídio equivalente a aproximadamente R$ 199,8 milhões destinado ao combate ao HIV na Zâmbia, Pequim se comprometeu a ajudar o país africano, incluindo a doação de 500 mil testes rápidos de HIV e a organização de novas reuniões para discutir a continuidade da colaboração.
No Sudeste Asiático,
o líder chinês Xi Jinping realizou uma viagem oficial com paradas no Vietnã, Camboja e Malásia, segundo o relatório. Essa missão resultou em acordos para a construção de ferrovias no Vietnã, 37 tratados de cooperação no Camboja —cobrindo áreas como energia,
educação e infraestrutura— além de intercâmbios técnicos e industriais com a Malásia.
Na América Latina, a China foi anfitriã, em maio, do "Fórum China–América Latina e Caribe" e anunciou uma linha de crédito equivalente a cerca de R$ 48,6 bilhões, além de novos aportes em infraestrutura nos países da região.
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