Pela convocação de Reiche: governo alemão está prestes a equipar e armar Bundeswehr mais rapidamente
12:03 23.07.2025 (atualizado: 12:21 23.07.2025)
© AP Photo / Mindaugas Kulbis
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As autoridades alemãs concordaram com um projeto de lei para acelerar o fornecimento às Forças Armadas alemãs de todos os equipamentos e armas necessários para sua modernização, afirmou a ministra da Economia e Energia da Alemanha, Katherina Reiche, nesta quarta-feira (23).
"Conseguimos chegar rapidamente a um acordo entre o Ministério da Defesa e o Ministério da Economia e Energia sobre um projeto de lei que visa acelerar significativamente o planejamento e as compras para a Bundeswehr [Forças Armadas alemãs]. Nossos soldados devem ser equipados da melhor maneira possível", disse Reiche em entrevista coletiva transmitida pelo canal Phoenix.
O projeto de lei será submetido às duas casas do parlamento, o Bundestag e o Bundesrat, para eliminar o ônus burocrático das compras para o Exército alemão e abrangerá todos os bens militares e civis, acrescentou Reiche.
"Os soldados devem receber os melhores equipamentos disponíveis no mercado, e a Bundeswehr deve poder comprar de forma mais rápida, eficiente, fácil e com o nível tecnológico mais avançado", afirmou.
O projeto de lei abrange a aquisição de satélites, veículos aéreos não tripulados (VANTs), equipamentos médicos, veículos, sistemas autônomos e serviços de inteligência artificial (IA) e tecnologia da informação (TI) em geral, bem como a construção e o reparo mais rápidos de quartéis e outras estruturas militares.
"A dissuasão é a melhor forma de defesa, e é isso que estamos simplificando e acelerando com esta lei", disse Reiche.
Em junho, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou que seria realista aumentar os gastos do país com defesa para 3,5% do produto interno bruto (PIB), desde que a capacidade industrial europeia continuasse a crescer e a Alemanha continuasse acelerando as compras e reduzindo sua regulamentação.
Desde seu retorno ao cargo em janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem defendido a ideia de maiores gastos militares por parte dos parceiros norte-americanos, incluindo os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A cúpula da OTAN de 24 e 25 de junho, em Haia, elevou a meta de gastos com defesa dos membros da aliança para 5% do PIB, valor que os países devem atingir até 2035.
Nos últimos anos, a Rússia tem sinalizado a atividade sem precedentes da OTAN perto de suas fronteiras ocidentais. A OTAN está expandindo suas iniciativas e as chama de "contenção da agressão russa". Moscou expressou repetidamente preocupação com o aumento das forças da aliança na Europa. O Kremlin observou que a Federação da Rússia não ameaçou ninguém, mas não ignoraria ações potencialmente perigosas para seus interesses.
