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Putin fala sobre Ucrânia, UE e diz acreditar em solução que garanta interesses de Irã e Israel
Putin fala sobre Ucrânia, UE e diz acreditar em solução que garanta interesses de Irã e Israel
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O presidente russo, Vladimir Putin, falou sobre Ucrânia, União Europeia (UE) e se pronunciou em relação ao conflito entre Israel e Irã durante coletiva de... 18.06.2025, Sputnik Brasil
2025-06-18T19:11-0300
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Comentando a questão ucraniana, Putin disse que não se importa com quem negocia em nome da Ucrânia, e está pronto para se encontrar com quem quer que seja, até mesmo Vladimir Zelensky. Mas a questão permanece: qual autoridade legítima assinará os documentos finais?Se a liderança da Ucrânia é ilegítima, então todo o sistema de poder se torna ilegítimo, destacou o presidente às margens do SPIEF 2025.Os grupos de negociação da Rússia e da Ucrânia estão em contato. Vladimir Medinsky conversou hoje com seu parceiro de Kiev, disse Putin. Segundo ele, os grupos de negociação concordam em realizar a próxima rodada após 22 de junho.Já em uma reunião com os chefes de agências de notícias internacionais, o presidente russo ressaltou a situação política ucraniana. "De acordo com a Constituição da Ucrânia, o presidente da Ucrânia é eleito por cinco anos. Não há como estender seus poderes, mesmo sob lei marcial. Está escrito lá, leia com atenção."Comércio justo e parcerias"Somos contra todos os tipos de guerras comerciais e restrições", informou o presidente russo a jornalistas à margem do SPIEF, ressaltando que a Rússia defende uma ordem mundial justa.No ramo dos negócios, na esteira do fórum, o presidente russo afirmou que cada vez mais parceiros estão vindo até seu país "para a assinatura de um número bastante grande de acordos, contratos e protocolos".Ao ressaltar parcerias, ele destacou a China, com quem a Rússia tem relações significativas. Segundo Putin, os projetos de investimento entre os dois países superaram a marca de R$ 1 trilhão."A Rússia está se tornando um parceiro muito visível para a República Popular da China na esfera econômica", atestou o presidente russo a repórteres, ressaltando que é preciso dar mais atenção às áreas de alta tecnologia. "E aqui, é claro, nossos amigos chineses terão algo para observar e se interessar na Rússia."O presidente russo também levantou a importância de exercícios militares conjuntos. Inclusive, o mandatário comentou que a Rússia e a China estão aprimorando sua cooperação técnico-militar.Já em relação a parcerias com a UE, o presidente russo disse que os próprios líderes europeus interromperam os contatos com o lado russo após quererem infligir a ele uma derrota estratégica.Segundo Putin, se o chanceler alemão, Friedrich Merz, quiser telefonar e conversar, a Rússia "não recusará o contato e estará sempre aberta a isso". Há cerca de um ano e meio ou dois, essas trocas, com o ex-chanceler Olaf Scholz e outros líderes europeus, eram comuns, complementou.Ainda falando sobre a Alemanha, Vladimir Putin afirmou que as ideias de Berlim sobre possíveis entregas de mísseis Taurus à Ucrânia suscitam dúvidas que, por outro lado, não vão afetar o curso da operação especial."Estamos analisando o fato de que a Alemanha está considerando fornecer Taurus para ataques em território russo, utilizando não apenas o próprio equipamento, mas também oficiais da Bundeswehr [como são chamadas as Forças Armadas alemãs]. E isso, é claro, levanta grandes questões. Todos sabemos que, se isso acontecer, não vai afetar o curso das operações militares. Isso está fora de questão. Mas vai arruinar completamente nossas relações", afirmou.De acordo com Putin, a Rússia atualmente enxerga a Alemanha como cúmplice ucraniano nos combates.Dessa forma, o líder russo duvida que a Alemanha possa se tornar mediadora na crise ucraniana. "Duvido, um mediador deve ser neutro."Lenda da ameaça russaAinda aos repórteres, Putin afirmou que nem mesmo os líderes ocidentais que pregam uma ameaça russa contra a Europa acreditam em suas próprias mentiras."Essa lenda de que a Rússia vai atacar a Europa, os países da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], é a mesma mentira inacreditável na qual eles estão tentando fazer a população dos países da Europa Ocidental acreditar. Mas entendemos que isso é um absurdo", disse."Pelo menos um de vocês acredita que a Rússia está se preparando para atacar a OTAN?", indagou aos jornalistas.Putin acredita em solução que garanta interesses do Irã e de IsraelAo ser questionado sobre a atual situação do conflito entre Irã e Israel, Putin afirmou que acredita em uma solução para o confronto no Oriente Médio que garanta a segurança de Israel. A atividade nuclear pacífica do Irã está sendo discutida.A solução não deve ser imposta e cabe à liderança política desses países, enfatizou Putin. "Não estamos impondo nada a ninguém, estamos simplesmente discutindo uma possível saída para a situação."O presidente russo também comentou os recentes ataques israelenses às instalações nucleares subterrâneas do Irã. Segundo o presidente russo, nada aconteceu com elas, apesar dos bombardeios.A ideia norte-americana de pressionar a liderança do Irã com uma revolta popular tampouco parece estar dando certo, destacou."Vemos que hoje, no Irã, apesar da complexidade dos processos políticos internos […], há uma consolidação da sociedade em torno da liderança política."
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rússia, economia, vladimir putin, friedrich merz, ucrânia, irã, israel, vladimir zelensky, bundeswehr, spief, forças armadas, acordos, cenário, internacional, europa, otan, taurus
Putin fala sobre Ucrânia, UE e diz acreditar em solução que garanta interesses de Irã e Israel
19:11 18.06.2025 (atualizado: 17:31 23.06.2025) O presidente russo, Vladimir Putin, falou sobre Ucrânia, União Europeia (UE) e se pronunciou em relação ao conflito entre Israel e Irã durante coletiva de imprensa com os chefes das principais agências de notícias internacionais, à margem do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF, na sigla em inglês) deste ano.
Comentando a questão ucraniana, Putin disse que não se importa com quem negocia em nome da Ucrânia, e está pronto para se encontrar com quem quer que seja, até mesmo Vladimir Zelensky. Mas a questão permanece: qual autoridade legítima assinará os documentos finais?
Se a liderança da Ucrânia é ilegítima, então todo o sistema de poder se torna ilegítimo, destacou o presidente às margens do SPIEF 2025.
"Estou pronto para me encontrar com todos, incluindo Zelensky. Sim, essa não é a questão. Se o Estado ucraniano confia em alguém para conduzir as negociações, pelo amor de Deus, que seja Zelensky. Essa não é a questão. A questão é quem assinará os documentos", disse o chefe de Estado, salientando estar pronto para "pôr um fim nisso".
Os grupos de negociação da Rússia e da Ucrânia estão em contato. Vladimir Medinsky conversou hoje com seu parceiro de Kiev, disse Putin. Segundo ele, os
grupos de negociação concordam em realizar a próxima rodada após 22 de junho.
Já em uma reunião com os chefes de agências de notícias internacionais, o presidente russo ressaltou a situação política ucraniana. "De acordo com a Constituição da Ucrânia, o presidente da Ucrânia é eleito por cinco anos. Não há como estender seus poderes, mesmo sob lei marcial. Está escrito lá, leia com atenção."
Comércio justo e parcerias
"Somos contra todos os tipos de guerras comerciais e restrições", informou o presidente russo a jornalistas à margem do SPIEF, ressaltando que a Rússia defende uma ordem mundial justa.
"Defendemos uma ordem mundial […] onde as regras do comércio internacional […] não sejam alteradas por mudanças nas circunstâncias políticas. Nos opomos a todas as formas de guerra e restrição comercial."
No ramo dos negócios, na esteira do fórum, o presidente russo afirmou que cada vez mais parceiros estão vindo até seu país "para a assinatura de um número bastante grande de acordos, contratos e protocolos".
Ao ressaltar parcerias, ele
destacou a China, com quem a Rússia tem relações significativas. Segundo Putin, os projetos de investimento entre os dois países superaram a marca de R$ 1 trilhão.
"A Rússia está se tornando um parceiro muito visível para a República Popular da China na esfera econômica", atestou o presidente russo a repórteres, ressaltando que é preciso dar mais atenção às áreas de alta tecnologia. "E aqui, é claro, nossos amigos chineses terão algo para observar e se interessar na Rússia."
O presidente russo também levantou a importância de exercícios militares conjuntos. Inclusive, o mandatário comentou que a Rússia e a China estão aprimorando sua cooperação técnico-militar.
"Isso é extremamente importante para garantir a estabilidade nos assuntos mundiais. Temos um plano completo de cooperação nessas áreas."
Já em relação a parcerias com a UE, o presidente russo disse que os próprios líderes europeus interromperam os contatos com o lado russo após quererem infligir a ele uma derrota estratégica.
Segundo Putin, se o chanceler alemão, Friedrich Merz, quiser telefonar e conversar, a Rússia "não recusará o contato e estará sempre aberta a isso". Há cerca de um ano e meio ou dois, essas trocas, com o ex-chanceler Olaf Scholz e outros líderes europeus, eram comuns, complementou.
"Em algum momento, quando nossos parceiros europeus decidiram nos infligir uma derrota estratégica no campo de batalha, eles próprios interromperam esses contatos."
Ainda falando sobre a Alemanha, Vladimir Putin afirmou que as ideias de Berlim sobre possíveis
entregas de mísseis Taurus à Ucrânia suscitam dúvidas que, por outro lado, não vão afetar o curso da operação especial.
"Estamos analisando o fato de que a Alemanha está considerando fornecer Taurus para ataques em território russo, utilizando não apenas o próprio equipamento, mas também oficiais da Bundeswehr [como são chamadas as Forças Armadas alemãs]. E isso, é claro, levanta grandes questões. Todos sabemos que, se isso acontecer, não vai afetar o curso das operações militares. Isso está fora de questão. Mas vai arruinar completamente nossas relações", afirmou.
De acordo com Putin, a Rússia atualmente enxerga a Alemanha como cúmplice ucraniano nos combates.
"Atualmente, vemos a República Federal da Alemanha — assim como muitos outros países europeus — não como um Estado neutro, mas como uma parte que apoia a Ucrânia. E, em alguns casos, talvez como cúmplice dessas ações militares."
Dessa forma, o líder russo duvida que a Alemanha possa se tornar mediadora na crise ucraniana. "Duvido, um mediador deve ser neutro."
Ainda aos repórteres, Putin afirmou que nem mesmo os líderes ocidentais que pregam uma ameaça russa contra a Europa acreditam em suas próprias mentiras.
"Essa lenda de que a Rússia vai atacar a Europa, os países da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], é a mesma mentira inacreditável na qual eles estão tentando fazer a população dos países da Europa Ocidental acreditar. Mas entendemos que isso é um absurdo", disse.
"Pelo menos um de vocês acredita que a Rússia está se preparando para atacar a OTAN?", indagou aos jornalistas.
Putin acredita em solução que garanta interesses do Irã e de Israel
Ao ser questionado sobre a atual situação do conflito entre Irã e Israel, Putin afirmou que acredita em uma solução para o confronto no Oriente Médio que garanta a segurança de Israel. A
atividade nuclear pacífica do Irã está sendo discutida.
"Não vou entrar em detalhes agora, são muitos, mas discutimos todos esses detalhes tanto com o lado israelense quanto com o lado norte-americano, e também enviamos alguns sinais aos nossos amigos iranianos."
A solução não deve ser imposta e cabe à liderança política desses países, enfatizou Putin. "Não estamos impondo nada a ninguém, estamos simplesmente discutindo uma possível saída para a situação."
O presidente russo também comentou os recentes ataques israelenses às instalações nucleares subterrâneas do Irã. Segundo o presidente russo, nada aconteceu com elas, apesar dos bombardeios.
"Todos estão falando sobre isso. Vou apenas repetir o que sabemos e ouvimos de todos os lados: […] nada aconteceu com elas", disse o chefe de Estado.
A
ideia norte-americana de pressionar a liderança do Irã com uma revolta popular tampouco parece estar dando certo, destacou.
"Vemos que hoje, no Irã, apesar da complexidade dos processos políticos internos […], há uma consolidação da sociedade em torno da liderança política."
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