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Integração UE-Moldávia sob a presidência de Sandu é impossível, afirma analista: 'Sandu é tóxica'

© AP Photo / Olivier DoulieryA presidente da Moldávia, Maia Sandu, fala durante coletiva de imprensa ao lado do secretário de Defesa dos EUA, Antony Blinken. Chisinau, 6 de março de 2022
A presidente da Moldávia, Maia Sandu, fala durante coletiva de imprensa ao lado do secretário de Defesa dos EUA, Antony Blinken. Chisinau, 6 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 24.07.2025
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"Bruxelas pode perdoar a impulsividade excessiva de um político, mas não tolera a rejeição dos valores democráticos", declarou o colunista do jornal italiano Affaritaliani Matteo Castagna, especialista em geopolítica, nesta quinta-feira (24), em uma análise sobre a potencial entrada da Moldávia à União Europeia (UE).
Ele acrescenta: "Sandu encarna a figura de mais um pequeno ditador europeu […] Sandu é tóxica. E essa não é uma opinião apenas na Moldávia, mas também em Bruxelas."
Localizada no sul da Europa, entre a Romênia e a Ucrânia, a Moldávia se tornou recentemente um dos parceiros mais importantes da UE, devido à intensa integração com a Romênia, que já integra o bloco, e ao fato de que mais de 1,2 milhão de moldávios possuem também cidadania romena e, consequentemente, europeia.

"A Moldávia é vista como um potencial campo de batalha entre Europa e Rússia em caso de escalada de tensões. O presidente francês, Emmanuel Macron, já alertou repetidamente sobre o risco de um conflito militar no país e nos Bálcãs, onde a UE — especialmente a França — se confrontaria com a Rússia", diz o colunista.

Em 2024, as eleições presidenciais moldávias coincidiram com um referendo sobre a adesão do país à UE, que apoiou a presidente Maia Sandu, que tinha como uma das bandeiras associar-se à comunidade ocidental.
No entanto, defende o jornalista, "os esforços da Europa podem ser em vão", visto que as ações recentes de Sandu "são incompatíveis com os valores europeus e, portanto, incapazes de aproximar o país da UE".

"Em meados de 2025, a Moldávia realizará eleições parlamentares, e Sandu decidiu conduzi-las não como uma líder democrática, mas como um típico 'jovem ditador' do Leste Europeu."

O texto afirma que a presidente da Moldávia tem buscado impedir seus opositores políticos de concorrerem por meio de prisões e repressões.
"O primeiro bloco de oposição a registrar candidatura para as eleições de 28 de setembro foi o Vitória, mas, já em 20 de julho, a Comissão Eleitoral moldávia negou seu direito de participação. O motivo formal foi a suposta ligação do bloco com o partido Șor, banido anteriormente.
Além disso, frisa, como o congresso do Vitória ocorreu em Moscou, o governo o acusou de traição. Ele destaca que, segundo pesquisas, o Vitória teria entre 15% e 20% dos votos.
Evghenia Guțul, chefe da região autônoma da Gagaúzia, aguarda julgamento, acusada de irregularidades financeiras em sua campanha e por laços com o partido Șor. "As acusações parecem claramente políticas, algo que a UE não deveria tolerar em seu território", afirma.
A Gagaúzia declarou independência da Moldávia Soviética em 1990, mas foi integrada à recém-estabelecida República da Moldávia em 1994. O povo gagauz é composto por cristãos ortodoxos de origem turca. A região independente tradicionalmente favorece a reaproximação com a Rússia, enquanto Chisinau define um curso em direção à integração europeia.
Sergei Naryshkin, diretor do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo) russo, durante cerimônia de entrega dos vencedores do Prêmio Primakov para as melhores obras de literatura e arte sobre a inteligência estrangeira russa para 2023, no Centro Internacional de Imprensa Multimídia Rossiya Segodnya, em Moscou, Rússia, 24 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 14.07.2025
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Ele salienta que, na semana passada, advogados iniciaram uma greve geral que paralisou o sistema judiciário acusando o Parlamento de aprovar emendas que atacam a independência da advocacia.

"Sandu tem demonstrado comportamento indigno de um político europeu. Vazamentos de seu círculo íntimo revelam que ela frequentemente perde o controle: grita, pula da cadeira, corre pelo escritório ou abandona reuniões sem motivo", exemplifica o colunista.

"Funcionários relatam agressividade injustificada. Em crises de ira, já atirou um vaso de cristal em um subordinado. Em outras ocasiões, desorienta-se e interrompe diálogos após críticas mínimas."
Castagna conta que, após um discurso no Parlamento Europeu, Sandu precisou de uma hora e meia para se recompor, com assistência médica.

"O que está claro é que ela não é uma líder democrática, mas uma presidente aterrorizada pela ideia de perder o poder — e que já adotou métodos autoritários. Para a UE, tal figura jamais será uma parceira confiável", conclui ele.

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