https://noticiabrasil.net.br/20250724/um-pix-para-chamar-de-meu-quais-sao-os-sistemas-de-pagamento-instantaneo-dos-paises-do-brics-41644142.html
Um Pix para chamar de meu: quais os sistemas de pagamento instantâneo dos países do BRICS?
Um Pix para chamar de meu: quais os sistemas de pagamento instantâneo dos países do BRICS?
Sputnik Brasil
Solução financeira que é sucesso no Brasil tem modelos parecidos ao redor do mundo, incluindo opções desenvolvidas por empresas privadas e instituições ligadas... 24.07.2025, Sputnik Brasil
2025-07-24T16:07-0300
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O enorme sucesso do Pix no Brasil faz parecer que a ferramenta, que completará cinco anos de lançamento em novembro, sempre existiu no país. Sem tarifas para pessoas físicas e integrada aos bancos que operam em território brasileiro, a solução financeira se tornou o meio de pagamento mais usado por aqui.Segundo dados do Banco Central, o Pix foi responsável por 49% das transações que não envolvem dinheiro físico no primeiro trimestre de 2025. No total foram 17,5 trilhões de operações que movimentaram R$ 7 trilhões. Como comparação, os cartões de crédito, que ficaram em segundo lugar na lista de uso, acumularam 5,1 trilhões de transações, em um total de R$ 1 trilhão gasto.Com a investigação aberta pelos Estados Unidos contra "práticas desleais" brasileiras no comércio, em uma ação que, entre outros alvos, mira o Pix, surgiu uma pergunta nas redes sociais: por que o Brasil não exporta essa solução financeira?Pensando nessa pergunta, a Sputnik Brasil fez uma lista com os sistemas de pagamento instantâneos dos países do BRICS que têm similaridades com o Pix. Confira!Rússia – SBPO SBP (Sistema de Pagamento Mais Rápido, em tradução livre) foi criado em 2019 e opera de maneira parecida com o Pix. Os usuários na Rússia podem fazer transferências com custo zero ou muito baixo usando o número de telefone.De acordo com o Banco Central do país, mais de 200 instituições financeiras que operam no território russo estão conectadas ao SBP, sendo possível usar a solução em qualquer horário ou dia da semana.Índia – IMPS e UPIA Índia foi um dos países pioneiros no uso de meios de pagamento instantâneo ao lançar o IMPS (Serviço de Pagamento Imediato, em tradução livre), em 2010. No entanto, esse método de transferência bancária ganhou força por lá com a estreia do UPI (Interface de Pagamento Unificado, em tradução livre).Enquanto o IMPS tem interface menos amigável e exige mais dados para fazer transferências, o UPI foi pensado para ser utilizado em celulares e se integra a diversos serviços financeiros, como as carteiras dos smartphones.Similar ao Pix, os indianos abraçaram o UPI para pagamentos com baixo custo e transações bancárias entre pessoas físicas.China – IBPSO IBPS (Sistema de Pagamento Bancário pela Internet, em tradução livre) foi lançado em 2010 pelo Banco Popular da China e permite transferir valores usando o yuan, a moeda local.O sistema chinês de pagamento instantâneo oferece suporte a diferentes meios, como agências bancárias, aplicativos bancários, QR code, entre outros. Segundo o DBS, maior banco do Sudeste Asiático, que opera no país, cerca de 600 instituições trabalham com o IBPS.África do Sul – RTC e PayShapO RTC (Compensação em Tempo Real, em tradução livre) foi lançado na África do Sul em 2006, mas não caiu no gosto do público sul-africano devido a uma série de fatores, como altas taxas para uso e baixa divulgação.Em 2023, a chegada do PayShap mudou o setor de sistema de pagamentos instantâneos no país, que até então representava apenas 1,7% das transações financeiras. Com uma interface amigável e a possibilidade de utilizar o número do telefone para enviar e receber valores, o método promete alavancar o setor, com projeções de mais 750 milhões de operações anuais até 2028.Arábia Saudita – SarieO Sarie (Interbancário Expresso de Riyal Saudi-Arábico) foi lançado pela Arábia Saudita em 2021 e é aceito por todos os bancos que operam no país. É possível realizar transferências usando os dados bancários do destinatário, telefone, e-mail, identidade e até endereço residencial.Egito – IPN e M-PESAO IPN (Rede de Pagamento Instantâneo, em tradução livre), lançado no início de 2022, tem alguns dos maiores benefícios do Pix: funciona em qualquer dia e horário e pode realizar transferências em segundos.Desde abril deste ano, todavia, o IPN passou a cobrar taxa de 0,1% por operação no InstaPay, aplicativo no qual os egípcios sincronizam as contas bancárias para usar o sistema de pagamento instantâneo.O M-PESA, por sua vez, foi criado por uma empresa de telecomunicação do Quênia em 2007. Para utilizar a solução, é necessário ir a uma das lojas representantes do M-PESA, fazer o cadastro e entregar o dinheiro em espécie para o atendente.Posteriormente, a quantia aparecerá no celular e, assim, o usuário poderá transferir para outra pessoa que também possua cadastro no M-PESA. O destinatário tem a opção de escolher sacar o valor em uma das lojas representantes ou manter na conta do M-PESA.Emirados Árabes Unidos – IPI e AaniO IPI (Instruções de Pagamento Imediato, em tradução livre) foi criado em 2019 e, por mais que fosse aceito por cerca de 70 instituições bancárias dos Emirados Árabes Unidos, não caiu no gosto popular, que ainda prioriza o dinheiro em espécie.No fim de 2023, em uma segunda tentativa de alavancar o sistema de pagamento instantâneo, o Banco Central do país decidiu lançar uma nova plataforma: a Aani. O novo método permite solicitar pagamentos, enviar valores para celulares e a leitura de QR codes de contas em lojas e restaurantes.Etiópia – EATS e M-PESAO EATS (Sistema Automatizado de Transferência) foi lançado na Etiópia em 2011 pelo Banco Central local como maneira de fomentar o pagamento instantâneo em uma das dez maiores economias da África.O serviço possui 35 instituições financeiras participantes e, diferentemente do Pix e de outros modelos citados acima, opera apenas de segunda a sábado, dez horas por dia.Além do EATS, a Etiópia também possui o M-PESA, assim como o Egito.Indonésia – BI-FASTO Banco da Indonésia, em 2021, lançou o BI-FAST, um sistema de pagamento integrado a outras 134 instituições financeiras que funciona em qualquer dia e horário.Por uma taxa de transação de cerca de R$ 1, os usuários podem enviar dinheiro utilizando número de telefone, e-mail ou conta bancária.
https://noticiabrasil.net.br/20250722/vencedor-do-nobel-de-economia-elogia-pix-e-questiona-brasil-inventou-o-dinheiro-do-futuro-41580812.html
https://noticiabrasil.net.br/20250721/pix-causa-temor-aos-eua-porque-ameaca-o-dominio-do-pais-sobre-modelos-de-pagamento-diz-economista-41541793.html
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O enorme sucesso do
Pix no Brasil faz parecer que a ferramenta, que completará cinco anos de lançamento em novembro,
sempre existiu no país. Sem tarifas para pessoas físicas e integrada aos bancos que operam em território brasileiro, a solução financeira se tornou o meio de pagamento
mais usado por aqui.
Segundo dados do
Banco Central, o Pix foi responsável por
49% das transações que não envolvem dinheiro físico no primeiro trimestre de 2025. No total foram
17,5 trilhões de operações que movimentaram R$ 7 trilhões. Como comparação, os
cartões de crédito, que ficaram em segundo lugar na lista de uso,
acumularam 5,1 trilhões de transações, em um total de
R$ 1 trilhão gasto.
Com a investigação aberta pelos Estados Unidos contra
"práticas desleais" brasileiras no comércio, em uma ação que, entre outros alvos, mira o Pix, surgiu uma pergunta nas redes sociais:
por que o Brasil não exporta essa solução financeira?Pensando nessa pergunta, a Sputnik Brasil fez uma lista com os sistemas de pagamento instantâneos dos países do BRICS que têm similaridades com o Pix. Confira!
O SBP (Sistema de Pagamento Mais Rápido, em tradução livre) foi criado em 2019 e opera de maneira parecida com o Pix. Os usuários na Rússia podem fazer transferências com custo zero ou muito baixo usando o número de telefone.
De acordo com o Banco Central do país, mais de 200 instituições financeiras que operam no território russo estão conectadas ao SBP, sendo possível usar a solução em qualquer horário ou dia da semana.
A Índia foi um dos países pioneiros no uso de meios de pagamento instantâneo ao lançar o IMPS (Serviço de Pagamento Imediato, em tradução livre), em 2010. No entanto, esse método de transferência bancária ganhou força por lá com a estreia do UPI (Interface de Pagamento Unificado, em tradução livre).
Enquanto o IMPS tem interface menos amigável e exige mais dados para fazer transferências, o UPI foi pensado para ser utilizado em celulares e se integra a diversos serviços financeiros, como as carteiras dos smartphones.
Similar ao Pix, os indianos abraçaram o UPI para pagamentos com baixo custo e transações bancárias entre pessoas físicas.
O IBPS (Sistema de Pagamento Bancário pela Internet, em tradução livre) foi lançado em 2010 pelo Banco Popular da China e permite transferir valores usando o yuan, a moeda local.
O sistema chinês de pagamento instantâneo oferece suporte a diferentes meios, como agências bancárias, aplicativos bancários, QR code, entre outros. Segundo o DBS, maior banco do Sudeste Asiático, que opera no país, cerca de 600 instituições trabalham com o IBPS.
África do Sul – RTC e PayShap
O RTC (Compensação em Tempo Real, em tradução livre) foi lançado na África do Sul em 2006, mas não caiu no gosto do público sul-africano devido a uma série de fatores, como altas taxas para uso e baixa divulgação.
Em 2023, a chegada do PayShap mudou o setor de sistema de pagamentos instantâneos no país, que até então representava apenas 1,7% das transações financeiras. Com uma interface amigável e a possibilidade de utilizar o número do telefone para enviar e receber valores, o método promete alavancar o setor, com projeções de mais 750 milhões de operações anuais até 2028.
O Sarie (Interbancário Expresso de Riyal Saudi-Arábico) foi lançado pela Arábia Saudita em 2021 e é aceito por todos os bancos que operam no país. É possível realizar transferências usando os dados bancários do destinatário, telefone, e-mail, identidade e até endereço residencial.
O IPN (Rede de Pagamento Instantâneo, em tradução livre), lançado no início de 2022, tem alguns dos maiores benefícios do Pix: funciona em qualquer dia e horário e pode realizar transferências em segundos.
Desde abril deste ano, todavia, o IPN passou a cobrar taxa de 0,1% por operação no InstaPay, aplicativo no qual os egípcios sincronizam as contas bancárias para usar o sistema de pagamento instantâneo.
O M-PESA, por sua vez, foi criado por uma empresa de telecomunicação do Quênia em 2007. Para utilizar a solução, é necessário ir a uma das lojas representantes do M-PESA, fazer o cadastro e entregar o dinheiro em espécie para o atendente.
Posteriormente, a quantia aparecerá no celular e, assim, o usuário poderá transferir para outra pessoa que também possua cadastro no M-PESA. O destinatário tem a opção de escolher sacar o valor em uma das lojas representantes ou manter na conta do M-PESA.
Emirados Árabes Unidos – IPI e Aani
O IPI (Instruções de Pagamento Imediato, em tradução livre) foi criado em 2019 e, por mais que fosse aceito por cerca de 70 instituições bancárias dos Emirados Árabes Unidos, não caiu no gosto popular, que ainda prioriza o dinheiro em espécie.
No fim de 2023, em uma segunda tentativa de alavancar o sistema de pagamento instantâneo, o Banco Central do país decidiu lançar uma nova plataforma: a Aani. O novo método permite solicitar pagamentos, enviar valores para celulares e a leitura de QR codes de contas em lojas e restaurantes.
O EATS (Sistema Automatizado de Transferência) foi lançado na Etiópia em 2011 pelo Banco Central local como maneira de fomentar o pagamento instantâneo em uma das dez maiores economias da África.
O serviço possui 35 instituições financeiras participantes e, diferentemente do Pix e de outros modelos citados acima, opera apenas de segunda a sábado, dez horas por dia.
Além do EATS, a Etiópia também possui o M-PESA, assim como o Egito.
O Banco da Indonésia, em 2021, lançou o BI-FAST, um sistema de pagamento integrado a outras 134 instituições financeiras que funciona em qualquer dia e horário.
Por uma taxa de transação de cerca de R$ 1, os usuários podem enviar dinheiro utilizando número de telefone, e-mail ou conta bancária.
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