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Profissão emergente: China oficializa planejador de voo de drones e impulsiona nova economia

© AP Photo / Mark SchiefelbeinVisitantes assistem a um drone fabricado pela PowerVision pairar durante uma demonstração na Conferência Mundial de Robótica em Pequim, 24 de agosto de 2017
Visitantes assistem a um drone fabricado pela PowerVision pairar durante uma demonstração na Conferência Mundial de Robótica em Pequim, 24 de agosto de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 27.07.2025
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Universidades chinesas reformulam currículos diante de nova demanda tecnológica, em meio à expansão da economia de baixa altitude, setor estratégico para inovação e geração de empregos.
A China reconheceu oficialmente a profissão de planejador de voo de drones como parte de uma iniciativa para fortalecer a economia de baixa altitude, um setor emergente que abrange atividades aéreas até mil metros de altura.
De acordo com o South China Morning Post (SCMP), esta profissão — responsável por criar rotas, definir missões e gerenciar operações — é uma das 17 novas ocupações identificadas pelo Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social chinês, e tem atraído especialmente jovens com perfil tecnológico e criativo.
A economia de baixa altitude foi definida por Pequim como uma indústria estratégica, com potencial para impulsionar a inovação, gerar empregos e fortalecer o crescimento econômico. Para isso, o governo criou um departamento específico, voltado ao desenvolvimento de políticas e estratégias que acelerem o progresso do setor. Apesar do entusiasmo oficial, o mercado enfrenta uma significativa escassez de profissionais qualificados, estimada em aproximadamente um milhão de pessoas, dificultando o aproveitamento pleno do seu potencial.
No final de 2024, o número de drones registrados na China superava os 2,17 milhões, enquanto apenas cerca de 247 mil operadores possuíam licenças válidas, evidenciando o déficit de mão de obra especializada. Esse cenário estimulou muitos trabalhadores de setores em crise, como o imobiliário, a migrarem para carreiras na área dos drones, buscando novas qualificações e oportunidades em um campo que apresenta forte crescimento.
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Zhang Chao, líder de um centro de treinamento em controle de drones na província de Yunnan, relatou um aumento expressivo na procura por cursos, especialmente entre pessoas entre 20 e 40 anos, segundo o SCMP. O centro passou de 50 para 140 alunos mensais, revelando o interesse crescente em se qualificar para o mercado da economia de baixa altitude. Segundo ele, muitos buscam na área uma alternativa promissora diante das dificuldades econômicas, seja como um plano principal ou como reserva.
A desaceleração do mercado imobiliário chinês, provocada por inadimplência de incorporadoras e queda nas vendas, agravou o desemprego e incentivou a busca por novas formas de inserção no mercado de trabalho. Universitários e estudantes do ensino médio têm aproveitado as férias para obter licenças e ingressar em programas de formação de operadores de drones, apostando na longevidade e relevância desse setor para o futuro.
Diante desse crescimento acelerado e da alta demanda por capacitação, universidades chinesas começaram a adaptar sua grade curricular. Em abril, o Ministério da Educação aprovou o curso de Tecnologia e Engenharia de Baixa Altitude como nova graduação. Instituições renomadas como a Universidade Beihang e o Instituto de Tecnologia de Pequim já estão preparando programas especializados para o próximo semestre.

Com projeções otimistas, a Administração de Aviação Civil da China estima que o mercado da economia de baixa altitude atinja ¥ 1,5 trilhão (cerca de R$ 1,1 trilhão) em 2025 e ultrapasse os ¥ 3,5 trilhões (aproximadamente R$ 2,7 trilhões) até 2035. No entanto, o desafio do desemprego persiste, especialmente entre jovens de contextos urbanos de 16 a 24 anos, cuja taxa atingiu 14,5% em junho. A entrada de 12,2 milhões de novos graduados no mercado deve ampliar essa pressão, tornando a formação em áreas promissoras, como a dos drones, ainda mais estratégica.

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