Rússia: península de Kamchatka registra terremoto de magnitude 8,7 e alerta de tsunami é emitido
21:11 29.07.2025 (atualizado: 16:30 30.07.2025)
© Sputnik / Alexey Filippov
Nos siga no
Um terremoto de magnitude 8,7 ocorreu nesta terça-feira (29), registrado na península de Kamchatka, no Extremo Oriente da Rússia, e as autoridades emitiram um alerta de tsunami. Até o momento, não há registro de mortes no país.
A evacuação da população está em andamento, informou o governador da região de Sakhalin — área também afetada —, Valery Limarenko, por meio de seu canal no Telegram.
"Um terremoto ocorreu em Severo-Kurilsk. Foi declarado alerta de tsunami e está sendo realizada a evacuação dos moradores. As equipes de emergência estão atuando plenamente, a situação está sob controle", informou.
O governador pontuou ainda que "todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para garantir a segurança da população e restabelecer a normalidade na região".
"Um terremoto muito forte ocorreu. Sua magnitude está em torno de 8,5. Este, ao contrário do evento de 20 de julho, já pode ser classificado como único", afirmou o diretor-geral da filial de Kamchatka do Serviço Geofísico da Academia de Ciências da Rússia.
🚨🌊 Tsunami de até 4 metros atinge Kamchatka após poderoso terremoto de 8,5 dizem autoridades
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) July 30, 2025
Uma onda de tsunami com altura entre 3 e 4 metros foi registrada na costa de Kamchatka, confirmou o Serviço de Hidrometeorologia da Rússia (UGMS), segundo o ministro regional de… pic.twitter.com/ywaybc1IrN
Terremoto é o mais forte em décadas
O terremoto representou uma séria provação para os moradores de Kamchatka, com os tremores mais fortes em décadas, afirmou o governador da região, Vladimir Solodov, em seu canal no Telegram.
"O terremoto de hoje foi uma dura provação para todos nós. Sentimos os tremores mais fortes das últimas décadas", destacou Solodov.
Conforme o governador, um prédio de jardim de infância foi danificado pelo abalo, mas não havia pessoas no local no momento do incidente.
Solodov também reduziu o horário de trabalho em agências governamentais, em meio à ameaça de tsunami. O ministro de emergências de Kamchatka, Sergei Lebedev, disse que já foram observadas ondas entre 3 e 4 metros de altura na península.
"O terremoto mais forte na zona sísmica de Kamchatka desde 1952 acaba de ocorrer. A magnitude, segundo várias estimativas, chegou a 8,7", acrescentou o Serviço Geofísico da Academia de Ciências da Rússia.
🌏🇷🇺 Tremor registrado na região russa de Kamchatka é o mais forte desde 1952
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) July 30, 2025
O terremoto de magnitude 8,7 atingiu a costa de Kamchatka, na Rússia — o mais forte desde 1952, segundo o Serviço Geofísico da Academia de Ciências da Rússia. As réplicas podem continuar por até um… pic.twitter.com/Tsb9V8dCp1
Alerta de tsunami no Alasca e no Japão
O terremoto também provocou um alerta de tsunami, informou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) por volta das 02h35 no horário de Moscou (20h35, no horário de Brasília).
Já o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) informou que a magnitude do terremoto foi de 8,7, com epicentro localizado a 136 quilômetros a sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, a uma profundidade de 19,3 quilômetros.
A Agência Meteorológica do Japão também estimou a magnitude em 8 e declarou um alerta de tsunami com ondas de até 3 metros para a costa leste do norte do Japão.
Os meteorologistas enfatizam que, como o terremoto quase não foi sentido no território japonês, pessoas que estão na praia ou no mar podem não saber da ameaça. Por isso, pedem que a população avise a parentes e conhecidos que estejam nessas regiões.
Impacto nas Américas
Países das Américas também ativaram protocolos devido a possíveis ondas gigantes provocadas pelo terremoto em Kamchatka.
Nos Estados Unidos, as ações estão concentradas na Califórnia, no Oregon e até no Havaí, segundo informações de autoridades meteorológicas locais. No caso do território havaiano, os residentes de áreas vulneráveis foram orientados a se preparar para eventuais emergências.
Já no Chile, a região do Atacama é a mais ameaçada por um possível tsunami, conforme informou o Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha do país sul-americano.
No México, o Centro Nacional de Tsunamis recomendou que a população se mantenha afastada das praias devido à possível elevação de altura das ondas.
