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Tensões comerciais entre Brasil e EUA: Lula responde a tarifas de Trump e pede por 'respeito'

© Sputnik / Guilherme CorreiaLuiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, discursa durante evento na fábrica da Toyota em Sorocaba, São Paulo, em 18 de março de 2025.
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, discursa durante evento na fábrica da Toyota em Sorocaba, São Paulo, em 18 de março de 2025. - Sputnik Brasil, 1920, 30.07.2025
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Em entrevista ao The New York Times, o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, falou sobre o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, e reafirmou que os canais de diálogo estão abertos com a Casa Branca, desde que seja para tratar de questões comerciais.
O presidente Lula reagiu às tarifas impostas pelo governo Trump ao Brasil, demonstrando preocupação com os impactos da decisão sobre consumidores dos dois países. Segundo ele, "brasileiros e americanos não merecem ser vítimas da política", afirmando que, se a medida tem relação com o processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, trata-se de uma injustiça para os povos envolvidos.
Lula afirmou que a diplomacia brasileira tentou abrir canais de comunicação com Washington, sem sucesso.

"Designei meu vice-presidente [Geraldo Alckmin], meu ministro da Agricultura [e Pecuária, Carlos Fávaro], meu ministro da Fazenda [Fernando Haddad], para que cada um pudesse conversar com seu homólogo", relatou. A única resposta, segundo o presidente, veio em forma de anúncio público no site oficial de Trump, formalizando as tarifas.

Para Lula, o tom da comunicação revela falta de disposição para o diálogo por parte dos Estados Unidos. Ele reforçou que o Brasil buscará defender seus interesses com firmeza, mas sem subserviência. "O Brasil negociará como um país soberano", declarou.
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O presidente também rebateu críticas sobre seu posicionamento direto em relação a Trump, negando qualquer receio de retaliação. "Não há motivo para ter medo", disse. Lula defendeu uma postura equilibrada entre as nações, argumentando que "na política entre dois Estados, a vontade de nenhum deve prevalecer".
Questionado sobre os possíveis efeitos das tarifas, Lula comparou a situação ao temor do bug do milênio, em 1999: "Não estou dizendo que nada vai acontecer, mas temos que esperar o Dia D para saber." Ele deixou claro que o caso judicial de Bolsonaro não será moeda de troca, e sugeriu separar os assuntos políticos dos comerciais.

"Se ele quer ter uma briga política, então vamos tratá-la como uma briga política. Se ele quer falar de comércio, vamos sentar e discutir comércio", apontou, criticando a mistura de temas por parte da Casa Branca. O presidente reforçou que respeita a soberania norte-americana, mas espera o mesmo tratamento em relação ao Brasil.

Lula revelou estar pronto para buscar novos mercados, mencionando a China como alternativa relevante. "Se os Estados Unidos não quiserem comprar algo nosso, vamos procurar alguém que queira [...]. Nem meu pior inimigo poderia dizer que Lula não gosta de negociar", completou.
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