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As armas econômicas dos EUA: 5 ferramentas que os norte-americanos usam para subjugar o mundo

© AP Photo / Evan VucciO presidente dos EUA, Donald Trump, assina uma ordem executiva sobre o Canadá e o México com a réplica da taça da Copa do Mundo ao fundo. Washington, D.C., 4 de fevereiro de 2025
O presidente dos EUA, Donald Trump, assina uma ordem executiva sobre o Canadá e o México com a réplica da taça da Copa do Mundo ao fundo. Washington, D.C., 4 de fevereiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 04.08.2025
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Altas tarifas sobre exportações brasileiras e, agora, a Lei Magnitsky: o governo norte-americano tem agido firmemente ao tentar punir o Brasil de maneira unilateral. Essa estratégia arbitrária, no entanto, não é nenhuma novidade sob a égide dos EUA.
Na história recente, os Estados Unidos, mais de uma vez, lançaram mão de armas econômicas, com o intuito de fazer prevalecer seus interesses. A Sputnik Brasil relembra cinco medidas usadas pelos estadunidenses para subjugar o restante do mundo.

A 'bomba dólar'

Com os Acordos de Bretton Woods, cujo primeiro foi firmado em 1944, o dólar se estabeleceu como a principal moeda de reserva e de troca do novo sistema monetário global, criado com objetivo de gerar estabilidade econômica após a Segunda Guerra Mundial.
Desde então, as principais commodities são comercializadas em dólares norte-americanos, como o caso do petróleo, do aço e do gás, gerando demanda pela moeda e reproduzindo esse aspecto para as demais trocas internacionais.
Ter esse poder de emitir a moeda que domina o comércio internacional fez com que os EUA também quisessem controlar seu fluxo por meio de sanções, como faz desde a Guerra Fria contra a então União Soviética e a Coreia do Norte, e se estende até hoje a países como Rússia, Venezuela, Cuba e Irã.
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Embargo a Cuba

Imposto no auge da Guerra Fria, o bloqueio a Cuba dura mais de seis décadas e é outra punição unilateral econômica perpetrada pelos EUA e que ainda perdura atualmente.
Há, pelo menos, 32 resoluções aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo o fim do embargo. Entretanto, as punições prosseguem. As sanções começaram na década de 1960, tendo como uma das principais justificativas para a medida as relações de Cuba com a União Soviética.
O governo cubano ressalta que se trata de um bloqueio contra a ilha e que afeta sua soberania econômica. Nesses 60 anos, a medida causou perda de quase US$ 160 bilhões (R$ 787 bilhões) a Cuba, conforme relatório apresentado em 2022 pelo Ministério das Relações Exteriores do país.

Sanções à Venezuela

As decisões unilaterais americanas sufocam, há cerca de dez anos, também, a Venezuela. As medidas já atravessaram três governos e causaram crise humanitária histórica no país, principalmente na pandemia.
As sanções se tornaram uma ferramenta recorrente no modo de fazer política estadunidense e manter seus interesses no globo.
Washington, com suas medidas impositivas, visam atingir a economia dos países. A reeleição de Nicolás Maduro, no ano passado, foi mais um capítulo para a aplicação de sanções por parte dos EUA. Maduro, inclusive, é alvo de sanções desde o governo de Barack Obama, que iniciou os ataques à Venezuela sob o pretexto de considerar o país governado pelo presidente Maduro "ameaça à segurança nacional".
O principal alvo do embargo norte-americano, obviamente, é o setor de extração de petróleo e gás.
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Tarifaço

Donald Trump, já em seu primeiro mandato, lançou mão das tarifas de exportação a países que vendem mercadorias para os EUA. Ao retornar à presidência após ser eleito em novembro do ano passado, o líder dobrou a aposta na medida econômica.
Conforme defende o presidente dos EUA, as tarifas teriam como objetivo proteger o mercado interno e estimular o consumo de produtos fabricados no próprio país.
Entretanto, o analista Bernardo Kocher, professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense (UFF), avaliou à Sputnik Brasil que a medida americana tem a ver com a tentativa de os EUA tentarem reverter a perda de importância estratégica do país.
A ideia, portanto, seria criar uma espécie de fundo à riqueza monetária, extraída tanto dos produtores quanto dos trabalhadores de todo o mundo. Dessa forma, a estratégia criaria instrumentos para o país lidar com a ascensão da China, por exemplo.
Fato é que a medida tem causado furor em todo o mundo e balançado as relações internacionais. O Brasil, por exemplo, sofrerá taxação de 50% em mais da metade dos produtos comercializados com os EUA. É a maior alíquota imposta pelos estadunidenses.
A União Europeia, recentemente, fechou um acordo de 15% com os Estados Unidos. A tratativa, entretanto, foi descrita por analistas como pouco vantajosa para o bloco europeu. O Canadá, por sua vez — parceiro histórico e vizinho dos EUA — lida com a sobretaxa de 35% em relação aos produtos exportados.

Lei Magnitsky

Usada para punir indivíduos acusados de violar direitos humanos, a Lei Magnitsky rapidamente se tornou um instrumento político de Washington.
O perseguido da vez é o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, sancionado pelo governo norte-americano através da Lei Magnitsky.
Os efeitos previstos contra o ministro brasileiro, nesse caso, são bloqueios de contas bancárias e outros bens nos EUA, proibição de entrar no país, além da possibilidade de interrupção de serviços oferecidos por empresas estadunidenses.
A medida já foi aplicada outras vezes a lideranças mundiais, mas é a primeira vez que é direcionada a um juiz.
Anteriormente foram sancionadas pela Lei Magnitsky, por exemplo, Carrie Lam, ex-líder de Hong Kong; o político checheno Ramzan Kadyrov e o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes.
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