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Celso Amorim rebate 'anti-americanismo' e ressalta que 'Brasil não é quintal de ninguém'
Celso Amorim rebate 'anti-americanismo' e ressalta que 'Brasil não é quintal de ninguém'
Sputnik Brasil
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite da segunda-feira (11), o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, deu um... 12.08.2025, Sputnik Brasil
2025-08-12T01:40-0300
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Durante sua fala, Amorim defendeu que o aumento do protecionismo e as ações políticas dos EUA reforçam a necessidade de o Brasil diversificar suas parcerias comerciais e diplomáticas. O assessor, inclusive, rebateu o discurso da base bolsonarista de que o tarifaço seria reação a um suposto "anti-americanismo" do governo Lula. "Nunca houve anti-americanismo", disse. Amorim também lembrou que as relações com presidentes como George W. Bush eram constantes e produtivas. Para ele, o governo Trump 2 representa uma nova postura, contrária ao multilateralismo, e tenta enquadrar a América Latina, em especial o Brasil, como parte de seu "quintal", algo que o país se posiciona afirmando que não aceitará.Além disso, o assessor disse considerar absurdo imaginar novas sanções ou tarifas norte-americanas caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que o governo está preparado para diferentes cenários, mas ressaltou que "não é do interesse dos Estados Unidos ter uma guerra, seja comercial ou verbal" com o Brasil.Pressão dos EUA sobre soja chinesa é 'quase um estado de guerra'Perguntado sobre a declaração de Donald Trump de que a China deveria quadruplicar a compra de soja dos EUA, o que poderia afetar diretamente as exportações brasileiras, Amorim respondeu não ver motivo para temer que Pequim abandone a parceria com o Brasil, mas alertou para o caráter hostil da pressão norte-americana."Essa informação revela quase um estado de guerra contra o Brasil. Porque não é uma coisa ganha na competição comercial, é uma coisa ganha na força", afirmou, classificando o cenário como inédito em seus 63 anos de experiência diplomática.Amorim cita convite da China como credencial para ampliar papel do Brasil em acordos de pazO assessor também salientou um cenário internacional mais conflituoso do que no início dos anos 2000. Diante deste contexto, segundo ele, é preciso aproveitar qualquer oportunidade para avançar em soluções de paz e elencou a China com importante papel nesta empreitada. Amorim, inclusive, lembrou que, no passado, era possível manter conversas construtivas com líderes israelenses e palestinos, algo que hoje considera inviável devido à escalada de tensões. Questionado sobre o "tamanho" do Brasil para ser um articulador de conversas para tentar mitigar conflitos ao redor do mundo, ele mencionou o recente acordo com a China, que reforça a credibilidade do Brasil para atuar em iniciativas de mediação, inclusive no conflito da Ucrânia.Reunião entre Trump e Putin no Alasca pode ser 'passo decisivo' para paz na UcrâniaPara o assessor especial da presidência, o encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin, previsto para ocorrer no Alasca, pode marcar um avanço no diálogo para encerrar o conflito na Ucrânia. Amorim defendeu que um cessar-fogo acompanhado de uma moratória de armamentos seria um passo possível, abrindo espaço para tratar de questões mais complexas, como territórios e neutralidade da Ucrânia. Ele ressaltou que o Brasil mantém uma posição voltada à busca de uma "paz possível", participando de iniciativas e grupos internacionais de mediação, e lembrou que o país votou na ONU pela condenação da invasão, defendendo soluções negociadas para encerrar o conflito.
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Celso Amorim rebate 'anti-americanismo' e ressalta que 'Brasil não é quintal de ninguém'
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite da segunda-feira (11), o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, deu um parecer sobre as dificuldades enfrentadas nas relações com os EUA com as sobretaxas, a importância do multilaralismo e falou de outros aspectos geopolíticos no âmbito geral.
Durante sua fala, Amorim defendeu que o aumento do protecionismo e as ações políticas dos EUA reforçam a necessidade de o Brasil
diversificar suas parcerias comerciais e diplomáticas.
O assessor, inclusive, rebateu o discurso da base bolsonarista de que o tarifaço seria reação a um suposto "anti-americanismo" do governo Lula. "Nunca houve anti-americanismo", disse.
Amorim também lembrou que as relações com presidentes como George W. Bush eram constantes e produtivas. Para ele, o governo Trump 2 representa uma nova postura, contrária ao multilateralismo, e tenta enquadrar a América Latina, em especial o Brasil, como parte de seu "quintal", algo que o país se posiciona afirmando que não aceitará.
Além disso, o assessor disse considerar absurdo imaginar
novas sanções ou tarifas norte-americanas caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que o governo está preparado para diferentes cenários, mas ressaltou que "
não é do interesse dos Estados Unidos ter uma guerra, seja comercial ou verbal" com o Brasil.
Pressão dos EUA sobre soja chinesa é 'quase um estado de guerra'
Perguntado sobre a declaração de Donald Trump de que a China deveria quadruplicar a compra de soja dos EUA, o que poderia afetar diretamente as exportações brasileiras, Amorim respondeu não ver motivo para temer que Pequim abandone a
parceria com o Brasil, mas alertou para o caráter hostil da pressão norte-americana.
"Essa informação revela quase um estado de guerra contra o Brasil. Porque não é uma coisa ganha na competição comercial, é uma coisa ganha na força", afirmou, classificando o cenário como inédito em seus 63 anos de experiência diplomática.
Amorim cita convite da China como credencial para ampliar papel do Brasil em acordos de paz
O assessor também salientou um cenário internacional mais conflituoso do que no início dos anos 2000. Diante deste contexto, segundo ele, é preciso aproveitar qualquer oportunidade para avançar em soluções de paz e elencou a China com importante papel nesta empreitada.
Amorim, inclusive, lembrou que, no passado, era possível manter conversas construtivas com líderes israelenses e palestinos, algo que hoje considera inviável devido à escalada de tensões.
Questionado sobre o "tamanho" do Brasil para ser um articulador de conversas para tentar mitigar conflitos ao redor do mundo, ele mencionou o recente acordo com a China, que reforça a credibilidade do Brasil para atuar em iniciativas de mediação, inclusive no conflito da Ucrânia.
Reunião entre Trump e Putin no Alasca pode ser 'passo decisivo' para paz na Ucrânia
Para o assessor especial da presidência, o encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin,
previsto para ocorrer no Alasca, pode marcar um avanço no diálogo para encerrar o conflito na Ucrânia.
Amorim defendeu que um cessar-fogo acompanhado de uma moratória de armamentos seria um passo possível, abrindo espaço para tratar de questões mais complexas, como territórios e neutralidade da Ucrânia.
Ele ressaltou que o Brasil mantém uma posição voltada à busca de uma "paz possível", participando de iniciativas e grupos internacionais de mediação, e lembrou que o país votou na ONU pela condenação da invasão, defendendo soluções negociadas para encerrar o conflito.
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