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Golpe foi muito bem pensado e grupos criminosos atuaram para isso, avalia Gonet
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Ao analisar os eventos que culminaram no 8 de Janeiro de 2023, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou argumentos jurídicos que evidenciam a... 02.09.2025, Sputnik Brasil
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O procurador argumentou que a denúncia se baseia em uma cadeia de atos coordenados, não meramente episódicos, mas articulados com o objetivo de desmantelar as instituições democráticas brasileiras.Em sua explanação, Gonet destaca a grave ameaça ao Estado Democrático de Direito, explicando que, embora o golpe não tenha sido consumado, a sequência de ações visava minar a alternância legítima de poder estabelecida pelas eleições de 2022.A tentativa de golpe, segundo Gonet, envolveu uma série de atos que se entrelaçam, com o propósito de impedir o exercício do poder por um presidente eleito e garantir a continuidade do governo de Bolsonaro, independentemente da derrota nas urnas.O procurador detalha como a organização criminosa, liderada pelo ex-presidente, utilizou diferentes táticas para enfraquecer as instituições do Judiciário e distorcer o processo eleitoral. Entre essas estratégias, destaca-se a constante campanha de desinformação contra o sistema de urnas eletrônicas e a instigação à violência contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).A combinação de violência simbólica e física foi evidente, com Gonet citando a tentativa de incitar o público a rejeitar os resultados eleitorais e, em alguns casos, a recorrer à força militar para subverter o processo democrático.O procurador também não deixou de ressaltar o envolvimento dos militares, observando que "o presidente da República e o ministro da Defesa convocaram a cúpula militar para apresentar documento de formalização de golpe de Estado", uma ação que, para Gonet, já indicava que o golpe estava em andamento, mesmo antes de qualquer ato formal.Gonet aprofundou a análise ao descrever as etapas do plano de golpe, que incluíam desde manipulação de informações até tentativa de cooptar comandantes militares. A tentativa de subverter a ordem constitucional, segundo o procurador, se materializou na elaboração de decretos e planos para impedir a posse do presidente eleito e, até mesmo, para garantir a continuidade do governo de Bolsonaro através de uma intervenção militar."Quando o presidente da República e o ministro da Defesa se reúnem com os comandantes militares para concitá-los a executar fases finais do golpe, o golpe mesmo já está em curso de realização", afirmou Gonet.Outro ponto abordado foi a estruturação do Plano Punhal Verde e Amarelo, um projeto criminoso que, embora inicialmente disfarçado como um exercício de indignação, tinha como objetivo implementar um regime autoritário.Gonet explicou que o golpe foi cuidadosamente planejado e envolveu, entre outras coisas, o mapeamento das localidades com maior votação para o candidato da oposição, com o intuito de dificultar o acesso dessas populações às urnas no segundo turno das eleições de 2022.Em sua arguição, o procurador afirmou que as provas são irrefutáveis e suficientes para comprovar a tentativa de golpe, que não se consumou apenas pela resistência das instituições, como o Exército e o Judiciário.Gonet ressaltou que "os atos que compõem o panorama espantoso e tenebroso da denúncia de atentado, com relevância criminal contra as instituições democráticas, não podem ser tratados como atos de importância menor".A responsabilidade pela tentativa de golpe recai sobre todos os envolvidos, que, de acordo com o procurador, "cooperaram em cada etapa do processo de golpe, para que o conjunto dos acontecimentos criminosos ganhasse realidade".A Primeira Turma do STF iniciou o julgamento da ação penal contra Jair Bolsonaro e outros sete acusados pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro responde por cinco crimes, cujas penas podem somar até 43 anos de prisão.Na segunda-feira (1º), as lideranças do Partido Liberal (PL) adiantaram à Sputnik que Bolsonaro não compareceria ao julgamento de hoje. Mais cedo, de acordo com a defesa do ex-presidente, Bolsonaro não deve comparecer à abertura da sessão por razões médicas.
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paulo gonet, jair bolsonaro, supremo tribunal federal (stf), judiciário, forças armadas
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Golpe foi muito bem pensado e grupos criminosos atuaram para isso, avalia Gonet
12:08 02.09.2025 (atualizado: 15:03 02.09.2025) Ao analisar os eventos que culminaram no 8 de Janeiro de 2023, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou argumentos jurídicos que evidenciam a articulação de uma tentativa de golpe de Estado, liderada por figuras-chave do governo de Jair Bolsonaro e envolvendo setores das Forças Armadas e órgãos de inteligência.
O procurador argumentou que a denúncia se baseia em uma cadeia de atos coordenados, não meramente episódicos, mas articulados com o objetivo de desmantelar as instituições democráticas brasileiras.
Em sua explanação, Gonet destaca a grave ameaça ao Estado Democrático de Direito, explicando que, embora o golpe não tenha sido consumado, a sequência de ações visava minar a alternância legítima de poder estabelecida pelas eleições de 2022.
"Em casos assim, se a intenção vence pela ameaça do poderio armado ou por sua efetiva utilização, efetivamente não há o que a ordem derruída possa juridicamente contrapor", afirmou o procurador, sublinhando que a defesa da ordem democrática, mesmo quando o ataque não se consuma, deve ser resguardada pelo direito.
A tentativa de golpe, segundo Gonet, envolveu uma série de atos que se entrelaçam, com o propósito de impedir o exercício do poder por um presidente eleito e garantir a continuidade do governo de Bolsonaro, independentemente da derrota nas urnas.
O procurador detalha como a organização criminosa, liderada pelo ex-presidente, utilizou diferentes táticas para enfraquecer as instituições do Judiciário e distorcer o processo eleitoral. Entre essas estratégias, destaca-se a constante campanha de desinformação contra o sistema de urnas eletrônicas e a instigação à violência contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A combinação de violência simbólica e física foi evidente, com Gonet citando a tentativa de incitar o público a rejeitar os resultados eleitorais e, em alguns casos, a recorrer à força militar para subverter o processo democrático.
O procurador também não deixou de ressaltar o envolvimento dos militares, observando que "o presidente da República e o ministro da Defesa convocaram a cúpula militar para apresentar documento de formalização de golpe de Estado", uma ação que, para Gonet, já indicava que o golpe estava em andamento, mesmo antes de qualquer ato formal.
Gonet aprofundou a análise ao descrever as etapas do plano de golpe, que incluíam desde manipulação de informações até tentativa de cooptar comandantes militares. A tentativa de subverter a ordem constitucional, segundo o procurador, se materializou na elaboração de decretos e planos para impedir a posse do presidente eleito e, até mesmo, para garantir a continuidade do governo de Bolsonaro através de uma intervenção militar.
"Quando o presidente da República e o ministro da Defesa se reúnem com os comandantes militares para concitá-los a executar fases finais do golpe, o golpe mesmo já está em curso de realização", afirmou Gonet.
Outro ponto abordado foi a estruturação do Plano Punhal Verde e Amarelo, um projeto criminoso que, embora inicialmente disfarçado como um exercício de indignação, tinha como objetivo implementar um regime autoritário.
Gonet explicou que o golpe foi cuidadosamente planejado e envolveu, entre outras coisas, o mapeamento das localidades com maior votação para o candidato da oposição, com o intuito de dificultar o acesso dessas populações às urnas no segundo turno das eleições de 2022.
Em sua arguição, o procurador afirmou que as provas são irrefutáveis e suficientes para comprovar a tentativa de golpe, que não se consumou apenas pela resistência das instituições, como o Exército e o Judiciário.
Gonet ressaltou que "os atos que compõem o panorama espantoso e tenebroso da denúncia de atentado, com relevância criminal contra as instituições democráticas, não podem ser tratados como atos de importância menor".
A responsabilidade pela tentativa de golpe recai sobre todos os envolvidos, que, de acordo com o procurador, "cooperaram em cada etapa do processo de golpe, para que o conjunto dos acontecimentos criminosos ganhasse realidade".
A
Primeira Turma do STF iniciou o
julgamento da ação penal contra Jair Bolsonaro e outros sete acusados pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro responde por cinco crimes, cujas penas podem somar até 43 anos de prisão.
Na segunda-feira (1º), as lideranças do Partido Liberal (PL) adiantaram à Sputnik que Bolsonaro não compareceria ao
julgamento de hoje. Mais cedo, de acordo com a defesa do ex-presidente,
Bolsonaro não deve comparecer à abertura da sessão por razões médicas.
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