https://noticiabrasil.net.br/20250903/80-anos-do-dia-da-vitoria-na-china-por-que-pequim-adotou-o-dia-3-de-setembro-para-celebrar-triunfo-42911722.html
80 anos do Dia da Vitória na China: por que Pequim adotou o dia 3 de setembro para celebrar triunfo?
80 anos do Dia da Vitória na China: por que Pequim adotou o dia 3 de setembro para celebrar triunfo?
Sputnik Brasil
Pequim realizou nesta quarta-feira (3) um grande desfile militar no centro da capital em comemoração ao Dia da Vitória na China, que marca os 80 anos do fim da... 03.09.2025, Sputnik Brasil
2025-09-03T20:21-0300
2025-09-03T20:21-0300
2025-09-03T20:21-0300
panorama internacional
ásia e oceania
vladimir putin
xi jinping
narendra modi
china
rio de janeiro
leste asiático
sputnik brasil
dia da vitória
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/09/03/42911562_0:161:3071:1888_1920x0_80_0_0_db12035c14c1575afc423369a0e23321.jpg
Em entrevista ao Mundioka, podcast da Sputnik Brasil, especialistas detalham especificidades que fazem o Dia da Vitória celebrado na China diferente de outros marcos e triunfos na Segunda Guerra Mundial. Uma particularidade importante, portanto, se encontra na medida em que o teatro de guerra no Leste Asiático se confunde com a Segunda Guerra Mundial. No caso da China, por exemplo, o país vivia o chamado século da humilhação e lutava contra a invasão japonesa na região da Manchúria desde 1931. Foram 14 anos de combate até a rendição do Império Japonês no dia 2 de setembro. "A escolha do dia 3, setembro, e não do dia 2 [celebrado pelos EUA], que é o dia da rendição, é uma maneira de se desvincular um pouco desse storytelling, dessa história oficial ocidental, e chamar um pouco mais de atenção para essa vitória, que também foi uma vitória de resistência do povo chinês", ressalta a analista.Segundo Rodrigo Abreu, doutorando em relações internacionais na UFSC e mestre em estudos estratégicos pela Universidade Federal Fluminense (UFF), pouco se fala sobre o papel da China na contenção dos japoneses.Naquele contexto, a China passava por uma guerra civil entre nacionalistas e comunistas e foi necessário um "armistício" para derrotar o inimigo externo."A vitória da Segunda Guerra Mundial é como se fosse um checklist ali que seria necessário pra, eventualmente, a China unificar todo o seu território e, de fato, dar fim a esse chamado século de humilhação". Desfile do Dia da Vitória tem Xi Jinping, Putin e Kim Jong-un lado a ladoNa praça da Paz Celestial, em Pequim, a China exibiu ao mundo seu desfile militar em celebração ao Dia da Vitória. Quem assistiu o cortejo, pôde ver inovações entre tanques, drones, helicópteros e mísseis — especialmente o míssil balístico intercontinental Dongfeng 5 (DF-5C), apresentado durante a solenidade.O presidente chinês, Xi Jinping, em seu discurso à nação, expressou gratidão aos veteranos de guerra e afirmou que "o povo chinês "permanece firmemente do lado certo da história". A celebração também contou com a presença do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e do mais alto líder da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong-un. Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, não compareceu ao desfile, mas esteve na China nesta semana de solenidades para participar da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX).Conforme relembra Simões, é a primeira vez em mais de 60 anos que um líder norte-coreano participa de uma parada militar no território da China continental. "A última vez foi na República Popular da China", disse, destacando que esse foi o avô de Kim Jong-un, em 1959.Em relação ao recado passado pelo evento organizado pelos chineses, a analista nota que Xi Jinping se empenha em passar o papel "de um líder diplomático e, claro, de um líder que está olhando para o seu entorno, para o fortalecimento de uma região que não é o Ocidente, para buscar esse protagonismo que ele já vem alcançando enquanto líder e, claro, como líder da China". Já Abreu destaca que, no contexto do evento, o recado passado ao mundo no contexto do evento em registros que mostram Putin, Xi e Modi juntos é ressaltar que "um terço da população global e 20% do PIB mundial" estiveram reunidos e que, segundo ele, o principal ponto, "a mensagem de que a Rússia não está isolada do mundo".
https://noticiabrasil.net.br/20250903/russia-e-china-por-que-seus-lacos-sem-precedentes-demonstram-que-o-mundo-esta-mudando-42898031.html
china
rio de janeiro
leste asiático
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2025
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/09/03/42911562_171:0:2900:2047_1920x0_80_0_0_d679810c0c93216d1ab6f10a8ffe081f.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
ásia e oceania, vladimir putin, xi jinping, narendra modi, china, rio de janeiro, leste asiático, sputnik brasil, dia da vitória, desfile militar, exclusiva, mundioka
ásia e oceania, vladimir putin, xi jinping, narendra modi, china, rio de janeiro, leste asiático, sputnik brasil, dia da vitória, desfile militar, exclusiva, mundioka
80 anos do Dia da Vitória na China: por que Pequim adotou o dia 3 de setembro para celebrar triunfo?
Especiais
Pequim realizou nesta quarta-feira (3) um grande desfile militar no centro da capital em comemoração ao Dia da Vitória na China, que marca os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Afinal, qual o simbolismo dessa data para o povo chinês?
Em entrevista ao Mundioka, podcast da Sputnik Brasil, especialistas detalham especificidades que fazem o Dia da Vitória celebrado na China diferente de outros marcos e triunfos na Segunda Guerra Mundial.
"O dia 3, o Dia da Vitória, também é chamado lá de Dia da Vitória da guerra de resistência do povo chinês contra a agressão japonesa", comenta Letícia Simões, doutora em relações internacionais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Uma particularidade importante, portanto, se encontra na medida em que o teatro de guerra no Leste Asiático se confunde com a Segunda Guerra Mundial. No caso da China, por exemplo, o país vivia o chamado século da humilhação e lutava contra a invasão japonesa na região da Manchúria desde 1931. Foram 14 anos de combate até a rendição do Império Japonês no dia 2 de setembro.
"A escolha do dia 3, setembro, e não do dia 2 [celebrado pelos EUA], que é o dia da rendição,
é uma maneira de se desvincular um pouco desse storytelling, dessa história oficial ocidental, e chamar um pouco mais de atenção para essa vitória, que também foi uma
vitória de resistência do povo chinês", ressalta a analista.
Segundo Rodrigo Abreu, doutorando em relações internacionais na UFSC e mestre em estudos estratégicos pela Universidade Federal Fluminense (UFF), pouco se fala sobre o papel da China na contenção dos japoneses.
"É muito importante a gente ressaltar o quão crucial foi essa resistência da China pra limitar os recursos que o Japão poderia utilizar até contra os Estados Unidos ali naquela guerra naval", comenta o especialista.
Naquele contexto, a China passava por uma guerra civil entre nacionalistas e comunistas e foi necessário um "armistício" para derrotar o inimigo externo.
"A vitória da Segunda Guerra Mundial é como se fosse um checklist ali que seria necessário pra, eventualmente, a China unificar todo o seu território e, de fato, dar fim a esse chamado século de humilhação".
Desfile do Dia da Vitória tem Xi Jinping, Putin e Kim Jong-un lado a lado
Na praça da Paz Celestial, em Pequim, a China exibiu ao mundo seu desfile militar em celebração ao Dia da Vitória. Quem assistiu o cortejo, pôde ver inovações entre tanques, drones, helicópteros e mísseis — especialmente o
míssil balístico intercontinental Dongfeng 5 (DF-5C), apresentado durante a solenidade.
O presidente chinês, Xi Jinping, em seu discurso à nação, expressou gratidão aos veteranos de guerra e afirmou que "o povo chinês "permanece firmemente do lado certo da história".
A celebração também contou com a presença do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e do mais alto líder da República Popular Democrática da Coreia, Kim Jong-un. Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, não compareceu ao desfile, mas esteve na China nesta semana de solenidades para
participar da cúpula da
Organização de Cooperação de Xangai (OCX).Conforme relembra Simões, é a primeira vez em mais de 60 anos que um líder norte-coreano participa de uma
parada militar no território da China continental. "A última vez foi na República Popular da China", disse, destacando que esse foi o avô de Kim Jong-un, em 1959.
Em relação ao recado passado pelo evento organizado pelos chineses, a analista nota que Xi Jinping se empenha em passar o papel "de um líder diplomático e, claro, de um líder que está olhando para o seu entorno, para o fortalecimento de uma região que não é o Ocidente, para buscar esse protagonismo que ele já vem alcançando enquanto líder e, claro, como líder da China".
Já Abreu destaca que, no contexto do evento, o recado passado ao mundo no contexto do evento em registros que mostram
Putin, Xi e Modi juntos é ressaltar que
"um terço da população global e 20% do PIB mundial" estiveram reunidos e que, segundo ele, o principal ponto,
"a mensagem de que a Rússia não está isolada do mundo". "Muitos líderes ocidentais e europeus recusaram ir à parada militar na China por conta da presença do Putin. E mesmo assim, a China optou por manter, sustentar o convite ao Putin e desconvidar, entre aspas, os líderes europeus. Ou seja, se a motivação estava clara de que os líderes europeus não iriam por conta do Putin, a China escolheu manter o convite ao Putin", completa.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).