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Advogado de Bolsonaro defende o que chama de 'julgamento técnico' e critica votos de Dino e Moraes

© Foto / Gustavo Moreno/STF Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
 Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro. - Sputnik Brasil, 1920, 11.09.2025
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Paulo Cunha Bueno, advogado de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quinta-feira (11), que acredita no poder da "justiça bem feita" e que "se os votos forem jurídicos" e não políticos, há grandes chances de uma reviravolta.
A fala se da em meio ao contexto do quinto dia de julgamento da trama golpista do 8 de janeiro de 2023, que ocorre na 1ª turma do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
À imprensa, o jurista disse a "expectativa pra hoje é que os votos sejam pautados por argumentos técnicos e estritamente jurídicos". E prosseguiu: "que não haja contaminação de vertentes ideológicas e políticas nos votos que serão dados". Questionado se foi ao encontro do ex-mandatário, a defesa disse não tê-lo feito nem ontem (10), nem hoje (11).
Cunha Bueno destacou que não se encontrou com o ex-presidente na véspera da sessão por conta de restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. "Como ele está proibido de utilizar telefone, a gente respeita as cautelares do ministro Moraes, então é provável que ainda encontre ele ainda hoje", disse.
Questionado sobre o voto da ministra Carmen Lúcia, o advogado reiterou que a posição da defesa é a de que uma análise estritamente jurídica levaria, inevitavelmente, à absolvição de Bolsonaro. "Se se pautarem dessa forma, a única conclusão viável é a absolvição do meu presidente Bolsonaro, a exemplo do que foi dado no voto do ministro Fux", afirmou.
Ministro do STF, Luiz Fux, durante votação do julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus em Brasília. 10 de setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 10.09.2025
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Cunha Bueno foi enfático ao discordar de manifestações contrárias dentro da Corte. "Eu tenho uma discordância frontal com relação aos votos do ministro Dino", cravou. Ao ser provocado sobre a possibilidade de críticas ao voto de Luiz Fux, que absolveu Bolsonaro no caso atual mas votou anteriormente pela condenação de envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o advogado rebateu:
"Acho que esse é um argumento muito raso e seria um argumento muito lamentável em se tratando da Suprema Corte. [...] O ministro Fux fez essa separação, fez essa clivagem de maneira muito clara. O caso não está vinculado ao 8 de janeiro", disse, reforçando que "o 8 de janeiro foi excluído do voto do ministro Fux".

Concordância de pensamentos

O voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, pedindo a nulidade da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, surpreendeu especialistas por adotar uma postura garantista, em contraste com seu histórico punitivista.
Durante o julgamento, Fux argumentou que, como Bolsonaro já não ocupa mais a Presidência, o processo deveria tramitar na primeira instância. Ele também defendeu que, caso permanecesse no Supremo, o julgamento deveria ocorrer no Plenário completo. Segundo o ministro, a Constituição é "claríssima" quanto à competência adequada do juízo.
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