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Zema, Tarcísio, Caiado, Ratinho Jr.: com Jair fora, quem herdará o 'espólio' bolsonarista em 2026?
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Em entrevista à Sputnik Brasil, analistas apontam que os principais nomes cotados para herdar a vaga de Bolsonaro na disputa de 2026 não têm "musculatura... 15.09.2025, Sputnik Brasil
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A condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado deu a largada na corrida para ocupar o vácuo de poder deixado pelo ex-presidente nas eleições presidenciais de 2026.Antes mesmo da condenação, a Federação União Brasil-PP anunciou o desembarque do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida é vista como uma manobra para reunir apoio em torno de uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nome mais cotado como herdeiro do "espólio" bolsonarista.A expectativa é que, caso Tarcísio ganhe o respaldo de Bolsonaro, outras legendas acompanhem o movimento. Caso contrário, outros nomes da direita já se posicionam para ocupar esse espaço, como os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).Em contraponto a essa movimentação, a ala bolsonarista aposta que a aprovação do projeto de anistia no Congresso viabilizará a candidatura de Bolsonaro. Em discurso após a condenação, o líder do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que o ex-presidente segue como única opção do partido.À Sputnik Brasil, Ricardo Ismael, cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), afirma que "o jogo já começou" e que a viabilidade de uma candidatura de direita vai depender de dois aspectos: herdar o eleitorado que segue fiel a Bolsonaro e conseguir mobilizar uma frente a nível nacional capaz de enfrentar Lula."Mas ainda estamos muito distantes do cenário em que vai ocorrer a definição das candidaturas à Presidência da República. Desta forma, candidatos no campo da direita se movimentam pelo país e procuram produzir conteúdo para redes sociais, testando seu potencial eleitoral. Evitam atacar uns aos outros, o que sugere a preocupação de evitar um racha", afirma.Ele aponta que Tarcísio, Zema, Ratinho Jr. e Caiado comandam estados importantes e têm gestões com boa avaliação, o que favorece a ocupação de algum espaço no noticiário. "Mas todos eles ainda procuram ganhar musculatura no território nacional."Ismael avalia que obter o apoio declarado de Bolsonaro, para levar os votos dos eleitores fieis ao ex-presidente, seria o ideal para qualquer candidato de direita, mas essa é uma equação complexa de resolver, ainda mais depois da condenação no Supremo.Por outro lado, a saída da Federação União Brasil-PP do governo Lula, em uma movimentação para apoiar Tarcísio, pode se mostrar aquém do esperado uma vez que a coesão interna dos partidos não é tão forte dada a diferença entre as realidades estaduais e nacionais.Para André Luiz Coelho, professor da Escola de Ciência Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o desembarque da Federação União Brasil-PP do governo Lula demonstra que essas legendas querem se apresentar como oposição ao governo Lula.Em sua visão, a saída do governo e a aglomeração em torno de Tarcísio faz sentido, uma vez que ele é o candidato da direita que "sai na frente", uma vez que possui o apoio do grande empresariado brasileiro.Ao mesmo tempo, Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, se mostra contrário à uma candidatura de Tarcísio, dizendo que ele próprio pode concorrer à presidência no caso do impedimento de seu pai.Todos os pré-candidatos da direita, nota Coelho, tem um histórico bolsonarista e hoje lutam pelo espólio eleitoral do ex-presidente. "O próprio Bolsonaro diz que ele vai determinar quem é o nome do bolsonarismo a concorrer à presidência."Em sua fala à Sputnik Brasil, o professor explica que essa é praticamente o único campo restante dentro da direita brasileira, uma vez que a direita moderada "se implodiu" em 2014 quando Aécio Neves não aceitou a derrota para Dilma Rousseff."O PSDB era o principal nome dessa direita, quiçá moderada, que foi se radicalizando ao longo do tempo, e isso, inclusive, deu margem para essa queda [...]. Essa ala não existe muito forte eleitoralmente hoje."Mais do que isso, ele acrescenta que não há espaço para a renovação dentro da direita até 2026.
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Zema, Tarcísio, Caiado, Ratinho Jr.: com Jair fora, quem herdará o 'espólio' bolsonarista em 2026?
18:30 15.09.2025 (atualizado: 19:37 15.09.2025) Especiais
Em entrevista à Sputnik Brasil, analistas apontam que os principais nomes cotados para herdar a vaga de Bolsonaro na disputa de 2026 não têm "musculatura nacional" para enfrentar Lula, mas, entre as opções, Tarcísio "sai na frente" por ter o apoio da burguesia e do grande empresariado de São Paulo.
A
condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado deu a largada na corrida para ocupar o vácuo de poder deixado pelo ex-presidente nas eleições presidenciais de 2026.
Antes mesmo da condenação, a Federação União Brasil-PP anunciou o desembarque do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida é vista como uma manobra para reunir apoio em torno de uma eventual candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nome mais cotado como herdeiro do "espólio" bolsonarista.
A expectativa é que, caso Tarcísio ganhe o respaldo de Bolsonaro, outras legendas acompanhem o movimento. Caso contrário, outros nomes da direita já se posicionam para ocupar esse espaço, como os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Em contraponto a essa movimentação, a ala bolsonarista aposta que a aprovação do projeto de anistia no Congresso viabilizará a candidatura de Bolsonaro. Em discurso após a condenação, o líder do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que o ex-presidente segue como única opção do partido.
"Ele é o nome, nós não temos outro plano a não ser Bolsonaro. Ele é plano A, B e C. E somente ele, por questões de saúde ou foro íntimo, pode abrir mão da candidatura e indicar outro nome. E quem ele indicar, seja quem for, nós vamos abraçar", afirmou.
À Sputnik Brasil, Ricardo Ismael, cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), afirma que "o jogo já começou" e que a viabilidade de uma candidatura de direita vai depender de dois aspectos: herdar o eleitorado que segue fiel a Bolsonaro e conseguir mobilizar uma frente a nível nacional capaz de enfrentar Lula.
"Mas ainda estamos muito distantes do cenário em que vai ocorrer a definição das candidaturas à Presidência da República. Desta forma, candidatos no campo da direita se movimentam pelo país e procuram produzir conteúdo para redes sociais, testando seu potencial eleitoral. Evitam atacar uns aos outros, o que sugere a preocupação de evitar um racha", afirma.
Ele aponta que Tarcísio, Zema, Ratinho Jr. e Caiado comandam estados importantes e têm gestões com boa avaliação, o que favorece a ocupação de algum espaço no noticiário. "Mas todos eles ainda procuram ganhar musculatura no território nacional."
"Precisam se tornar mais conhecidos fora de seus respectivos estados. Tarefa difícil e que leva tempo, mesmo em tempos de cidadania digital."
Ismael avalia que obter o
apoio declarado de Bolsonaro, para levar os votos dos eleitores fieis ao ex-presidente,
seria o ideal para qualquer candidato de direita, mas essa é uma equação complexa de resolver, ainda mais depois da condenação no Supremo.
"Bolsonaro não quer sair do jogo político de 2026 e de futuras eleições. Deve condicionar o apoio em 2026 a um indulto ou apoio a um projeto de anistia no Congresso Nacional.".
Por outro lado, a saída da Federação União Brasil-PP do governo Lula, em uma movimentação para apoiar Tarcísio, pode se mostrar aquém do esperado uma vez que a coesão interna dos partidos não é tão forte dada a diferença entre as realidades estaduais e nacionais.
"Parte do PP e do União Brasil podem seguir apoiando o governo federal. A disputa pelas forças políticas que integram o chamado centrão está em curso. O apoio da centro-direita nos palanques estaduais será um objetivo do candidato da direita, e também do presidente Lula."
Para André Luiz Coelho, professor da Escola de Ciência Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o desembarque da Federação União Brasil-PP do governo Lula demonstra que essas legendas querem se apresentar como oposição ao governo Lula.
"E eles também já não vinham entregando os votos que o Lula precisava. Isso realmente demonstrava que eles não estavam ao lado do governo", explica.
Em sua visão, a saída do governo e a aglomeração em torno de Tarcísio faz sentido, uma vez que ele é o candidato da direita que "sai na frente", uma vez que possui o apoio do grande empresariado brasileiro.
Ao mesmo tempo,
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, se mostra contrário à uma candidatura de Tarcísio, dizendo que ele próprio pode concorrer à presidência
no caso do impedimento de seu pai.
Todos os pré-candidatos da direita, nota Coelho, tem um histórico bolsonarista e hoje lutam pelo espólio eleitoral do ex-presidente. "O próprio Bolsonaro diz que ele vai determinar quem é o nome do bolsonarismo a concorrer à presidência."
Em sua fala à Sputnik Brasil, o professor explica que essa é praticamente o único campo restante dentro da direita brasileira, uma vez que a direita moderada "se implodiu" em 2014 quando Aécio Neves não aceitou a derrota para Dilma Rousseff.
"O PSDB era o principal nome dessa direita, quiçá moderada, que foi se radicalizando ao longo do tempo, e isso, inclusive, deu margem para essa queda [...]. Essa ala não existe muito forte eleitoralmente hoje."
Mais do que isso, ele acrescenta que não há espaço para a renovação dentro da direita até 2026.
"Esse movimento provavelmente só vai acontecer após as eleições de 2026, caso o bolsonarismo não seja vencedor. No caso de uma derrota consecutiva, a direita, talvez, tenha que repensar a sua estratégia."
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