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Asteroide é novo quase-satélite da Terra, mas por pouco tempo, afirmam astrônomos

© Foto / NASA/JPL-CaltechNormalmente, asteroides — como o representado neste conceito artístico — se originam do cinturão principal de asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter, mas uma pequena população de objetos próximos à Terra também pode vir da superfície da Lua após serem ejetados para o espaço por um impacto
Normalmente, asteroides — como o representado neste conceito artístico — se originam do cinturão principal de asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter, mas uma pequena população de objetos próximos à Terra também pode vir da superfície da Lua após serem ejetados para o espaço por um impacto - Sputnik Brasil, 1920, 17.09.2025
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A descoberta do asteroide 2025 PN7, novo membro do grupo Arjuna, reacende o interesse por quase-satélites da Terra — objetos que orbitam em ressonância com nosso planeta sem vínculo gravitacional. Embora intrigante, sua permanência será breve: cerca de 128 anos.
Sempre que um objeto incomum é detectado em nossa vizinhança cósmica, como um asteroide com trajetória peculiar, surgem especulações sobre possíveis sondas alienígenas. Esse padrão de reação se repete com frequência e poderia até ser formalizado como uma "lei" do comportamento humano diante do desconhecido. Um exemplo clássico é o asteroide 1991 VG, cuja órbita semelhante à da Terra gerou teorias sobre sua origem artificial, embora hoje se saiba que se trata apenas de um corpo natural.
O 1991 VG foi descoberto pelo Projeto Spacewatch e, com o tempo, outros objetos com características similares foram identificados. Esses asteroides formam um grupo conhecido como Arjuna, que pertence à categoria dos Objetos Próximos à Terra (NEOs, na sigla em inglês). Com mais de 100 membros, os Arjuna compõem um cinturão secundário que orbita próximo ao nosso planeta, mas sem cruzar sua trajetória.
Recentemente, o novo asteroide 2025 PN7 foi adicionado a esse grupo. Sua descoberta foi publicada na Research Notes of the American Astronomical Society por Carlos e Raúl de la Fuente Marcos, da Universidade Complutense de Madrid. O estudo destaca que esse objeto apresenta uma órbita em ressonância com a Terra, o que o classifica como um quase-satélite — um tipo de corpo celeste que acompanha nosso planeta sem estar gravitacionalmente preso a ele.
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Os quase-satélites como os Arjuna mantêm uma proximidade constante com a Terra devido à ressonância orbital, mas não são capturados gravitacionalmente. Em alguns casos, como o do asteroide 2024 PT5, essa captura temporária ocorre, transformando o objeto em uma minilua por um período limitado. Os autores explicam que essa distinção entre quase-satélites e miniluas é fundamental para entender a interação desses corpos com a Terra.
Além do 2025 PN7, outros quase-satélites conhecidos incluem Cardea, Kamo'oalewa, 2006 FV35, 2013 LX28, 2014 OL339 e 2023 FW13. O novo membro também pertence ao grupo dos asteroides Apollo, que têm órbitas que cruzam a da Terra — ao contrário dos Arjuna, cujas órbitas permanecem próximas, mas não cruzam. Essa diferença é essencial para avaliar riscos de impacto e comportamentos orbitais.
Apesar de sua atual classificação como quase-satélite, o 2025 PN7 não manterá essa condição por muito tempo. Segundo os pesquisadores, ele permanecerá nessa ressonância por cerca de 128 anos. Após esse período, alterações sutis em sua órbita o farão migrar para uma trajetória diferente, possivelmente troiana ou em ferradura, encerrando sua breve associação com a Terra.
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