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Rússia contesta decisão sobre suposto envolvimento na queda de avião em Donbass

© Sputnik / Sergey Averin / Acessar o banco de imagensLocal da queda do Boeing 777, aeronave do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido em 17 de julho de 2014, enquanto sobrevoava a região de Donbass
Local da queda do Boeing 777, aeronave do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido em 17 de julho de 2014, enquanto sobrevoava a região de Donbass - Sputnik Brasil, 1920, 18.09.2025
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A Rússia contestou nesta quinta-feira (18) a decisão do Conselho da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) sobre o suposto envolvimento de Moscou na queda de um Boeing 777 em 2014.
"Em 18 de setembro, a Rússia, de acordo com o artigo 84 da Convenção sobre Aviação Civil Internacional de 1944 [Convenção de Chicago], contestou na Corte Internacional de Justiça (CIJ), da ONU, a decisão infundada do Conselho da OACI sobre o suposto envolvimento da Rússia na derrubada do voo MH17 da Malaysia Airlines," afirma o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.
A Rússia apelou da decisão do Conselho em todos os aspectos — jurisdição, legislação aplicável e constatações factuais —, denunciando também graves violações processuais. Moscou espera que a CIJ adote uma abordagem totalmente imparcial no caso.

"A Rússia buscará a verdade em conformidade com suas obrigações segundo a Carta da ONU e o direito internacional aplicável," enfatizou o MRE.

O voo MH17 da Malaysia Airlines foi abatido em 17 de julho de 2014, enquanto sobrevoava a região de Donbass, onde ocorria um conflito militar entre o Exército ucraniano e a República Popular de Donetsk (RPD).
Os destroços da aeronave foram descobertos em um território de mais de 15 quilômetros quadrados, controlado pelos grupos armados da RPD. Segundo uma versão inicial, o avião foi abatido por um míssil terra-ar ou ar-ar. As autoridades da Ucrânia e os representantes da RPD culparam-se mutuamente pelo que aconteceu.
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O que foi feito

Em 21 de julho de 2014, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou por unanimidade a Resolução 2166, sobre a queda do Boeing, exigindo a realização de uma investigação independente da tragédia. Já que a maioria dos mortos eram cidadãos holandeses, os Países Baixos obtiveram o direito de apurar as circunstâncias do incidente em cooperação com a ONU, o Comitê Interestatal de Aviação (IAC, na sigla em inglês), a OACI, a Malásia, a Austrália, a Alemanha, os EUA e o Reino Unido.
Em 24 de julho, os representantes britânicos declararam que não publicariam os dados obtidos com a decodificação dos gravadores de voo, repassando a tarefa a autoridades holandesas.
Logo depois, Ucrânia, Países Baixos, Bélgica e Austrália concordaram que as informações relativas à investigação da catástrofe seriam divulgadas depois da aprovação dos quatro países. Com isso, a Rússia não obteve acesso às gravações das caixas-pretas do voo.
Em 13 de outubro de 2015, os especialistas do consórcio russo Almaz-Antey, fabricante do lançador de mísseis Buk, apresentaram à mídia resultados de uma simulação da queda do Boieng feita no âmbito de sua própria investigação. A conclusão é que a aeronave poderia ter sido derrubada por uma versão antiga do míssil Buk 9М38, cuja fabricação foi descontinuada pela União Soviética em 1986, enquanto o Exército ucraniano ainda os utilizava no momento do incidente.
Além disso, o consórcio determinou a trajetória do míssil: conforme o experimento, o projétil foi lançado a partir do povoado de Zaroschenskoe, ocupado à época pelas Forças Armadas da Ucrânia.
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