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UE quer excluir big techs de sistema financeiro para proteger bancos e soberania digital, diz mídia

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Eurodeputados participam de debate no Parlamento Europeu sobre aborto, em 6 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2025
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A União Europeia (UE), com apoio da Alemanha, deve excluir a Apple, Meta (proibida na Rússia por extremismo) e outras big techs do novo sistema de dados financeiros FiDA, alegando proteção da soberania digital. A medida favorece os bancos europeus e pode reacender tensões com os EUA, após ameaças de tarifas por parte de Donald Trump.
Big techs como a Apple, Meta, Google e Amazon estão prestes a ser excluídos do novo sistema de compartilhamento de dados financeiros da UE, o FiDA, que visa fomentar o desenvolvimento de serviços digitais para os consumidores.
A medida, apoiada pela Alemanha, é justificada como uma forma de proteger a soberania digital europeia, mesmo diante das ameaças de Donald Trump de impor tarifas a países que discriminem empresas norte-americanas.
De acordo com o Financial Times (FT), a exclusão das gigantes tecnológicas representa uma vitória para os bancos europeus, que alegam que essas plataformas poderiam usar os dados financeiros para extrair valor do comportamento de consumo dos clientes. A proposta fortalece o setor bancário tradicional, que vê nas big techs uma ameaça à sua relação direta com os consumidores.
Após dois anos de negociações, o regulamento FiDA entra em fase final, com diplomatas europeus indicando que as empresas de tecnologia estão perdendo a batalha política e de lobby em Bruxelas. A proposta inicial previa que provedores terceirizados tivessem acesso aos dados bancários para criar serviços como consultoria financeira, mas essa abertura está sendo revista.
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Segundo o FT, o setor financeiro europeu argumenta que permitir o acesso irrestrito aos dados por plataformas digitais colocaria em risco informações sensíveis e poderia reforçar as posições dominantes no mercado. Essa preocupação foi acolhida pelo Parlamento Europeu, pela Comissão Europeia e por capitais influentes como Berlim, que lidera a defesa da exclusão das big techs.
Em documento obtido pela apuração, a Alemanha defende que a medida favorece o desenvolvimento de um ecossistema financeiro digital próprio, garante condições equitativas e protege os consumidores europeus. A proposta, se aprovada, pode reacender tensões comerciais com os Estados Unidos, apesar do recente acordo firmado entre Bruxelas e Washington.
Representantes das big techs alertam que a exclusão prejudicaria os consumidores, limitando o acesso a serviços financeiros mais inovadores, reforçando o poder dos bancos tradicionais. Daniel Friedlaender, da CCIA Europe, afirmou ao FT que a UE estaria cedendo à pressão dos bancos e restringindo a liberdade dos usuários sobre seus próprios dados.
A decisão final sobre o regulamento FiDA está prevista para o outono europeu.
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