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Marina Silva sobre política ambiental: 'Se EUA não fizerem sua parte, alguém vai fazer'
Marina Silva sobre política ambiental: 'Se EUA não fizerem sua parte, alguém vai fazer'
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A pouco mais de dois meses da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada no Brasil, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva... 22.09.2025, Sputnik Brasil
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"Se os Estados Unidos não fizerem sua parte, alguém vai ter que fazer", afirmou Marina em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, concedida em Nova York nesse domingo (21).Desde o início de seu mandato, Trump anunciou a saída dos EUA do Acordo de Paris — um dos principais compromissos internacionais no combate às mudanças climáticas. Além disso, seu governo deixou de enviar representantes às negociações relacionadas à COP30, aumentou incentivos à produção de combustíveis fósseis e ameaçou cortar subsídios destinados a tecnologias limpas, como os carros elétricos.Segundo Marina, o impacto dessas decisões não pode ser ignorado. A ministra integra a comitiva brasileira que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Nova York. Lula discursará na abertura da sessão de debates da Assembleia Geral da ONU na terça-feira (23). Durante sua estadia na cidade, Marina participará de diversas reuniões e eventos oficiais. Um dos compromissos mais relevantes será a formalização do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), que tem como objetivo captar US$ 120 bilhões em recursos públicos e privados. A ideia é investir esse montante no mercado e destinar parte dos lucros a países que se comprometam com a preservação de suas florestas.Durante a entrevista, Marina também comentou que a postura do governo Trump em relação ao clima — marcada pelo ceticismo em relação ao aquecimento global — tem desestimulado empresas privadas a investirem em fontes renováveis de energia. Essa postura, segundo ela, pode estar influenciando o atraso de diversos países na apresentação de suas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa. O prazo inicial para a entrega desses compromissos era fevereiro, foi estendido para setembro e se encerra no final deste mês.Questionada sobre a contradição entre a posição de liderança do Brasil na pauta climática e o interesse do governo Lula em ampliar a exploração de petróleo, Marina argumentou que o país se encontra em uma situação distinta de outras nações cuja matriz energética é menos limpa.Ela reconhece, no entanto, o dilema global entre desenvolvimento energético e sustentabilidade. "O mundo vive uma contradição ao mesmo tempo em que vive uma emergência."Sobre os preparativos para a COP30, a ministra demonstrou preocupação com o foco excessivo em aspectos logísticos, como preços de hospedagem e atrasos em obras de infraestrutura, questões que têm gerado apreensão entre delegações internacionais e autoridades brasileiras.Apesar dos desafios, Marina mantém uma perspectiva positiva: "Hoje, a parte logística tem tomado conta do debate o tempo todo. Obviamente que, ao superar esses gargalos, esperamos focar no conteúdo."
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Marina Silva sobre política ambiental: 'Se EUA não fizerem sua parte, alguém vai fazer'
17:25 22.09.2025 (atualizado: 21:23 22.09.2025) A pouco mais de dois meses da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada no Brasil, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, expressou preocupação com os impactos da política ambiental dos Estados Unidos sob a liderança do presidente Donald Trump.
"Se os Estados Unidos não fizerem sua parte, alguém vai ter que fazer", afirmou Marina em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, concedida em Nova York nesse domingo (21).
Desde o início de seu mandato,
Trump anunciou a saída dos EUA do
Acordo de Paris — um dos principais compromissos internacionais no combate às mudanças climáticas. Além disso, seu governo deixou de enviar representantes às negociações relacionadas à COP30, aumentou incentivos à produção de combustíveis fósseis e ameaçou cortar subsídios destinados a tecnologias limpas, como os carros elétricos.
Segundo Marina, o impacto dessas decisões não pode ser ignorado.
"Os
Estados Unidos são o segundo maior emissor [de gases do efeito estufa] do mundo. É, de longe, uma potência econômica e tecnológica. Não dá para imaginar que isso não seja um prejuízo. Até porque, se eles não fazem a parte deles, alguém vai ter que fazer em benefício da humanidade inteira, inclusive deles, que são altamente afetados pela mudança do clima", disse.
A ministra integra a comitiva brasileira que acompanha o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (
PT) em
Nova York. Lula discursará na abertura da sessão de debates da
Assembleia Geral da ONU na terça-feira (23). Durante sua estadia na cidade, Marina participará de diversas reuniões e eventos oficiais. Um dos compromissos mais relevantes será a formalização do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), que tem como objetivo captar US$ 120 bilhões em recursos públicos e privados. A ideia é investir esse montante no mercado e destinar parte dos lucros a países que se comprometam com a preservação de suas florestas.
Durante a entrevista, Marina também comentou que a postura do governo Trump em relação ao clima — marcada pelo ceticismo em relação ao aquecimento global — tem desestimulado empresas privadas a investirem em fontes renováveis de energia. Essa postura, segundo ela, pode estar influenciando o atraso de diversos países na apresentação de suas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa. O prazo inicial para a entrega desses compromissos era fevereiro, foi estendido para setembro e se encerra no final deste mês.
Questionada sobre a contradição entre a posição de liderança do
Brasil na pauta climática e o interesse do governo Lula em ampliar a exploração de petróleo, Marina argumentou que o país se encontra em uma situação distinta de outras nações cuja matriz energética é menos limpa.
Ela reconhece, no entanto, o dilema global entre desenvolvimento energético e sustentabilidade. "O mundo vive uma contradição ao mesmo tempo em que vive uma emergência."
Sobre os preparativos para a COP30, a ministra demonstrou preocupação com o foco excessivo em aspectos logísticos, como preços de hospedagem e atrasos em obras de infraestrutura, questões que têm gerado apreensão entre delegações internacionais e autoridades brasileiras.
Apesar dos desafios, Marina mantém uma perspectiva positiva: "Hoje, a parte logística tem tomado conta do debate o tempo todo. Obviamente que, ao superar esses gargalos, esperamos focar no conteúdo."
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