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Situação em Gaza segue piorando: são 'mais de 400 mortes relacionadas à fome', diz agente da ONU
Situação em Gaza segue piorando: são 'mais de 400 mortes relacionadas à fome', diz agente da ONU
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A situação da desnutrição na Faixa de Gaza está piorando constantemente, com mais de 400 mortes relacionadas à fome registradas em todo o enclave, disse o... 25.09.2025, Sputnik Brasil
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De acordo com ele, a crise é resultado direto da decisão política de Israel. "Uma agência como a nossa, por exemplo, tem alimentos e ajuda humanitária suficientes para cobrir as necessidades da população pelos próximos três meses. Mas, desde março, não temos permissão para levar nenhuma ajuda", afirmou. Se a situação não mudar, a fome deve se espalhar em todo o território de Gaza até o fim de setembro, alertou o chefe da UNRWA.O representante da ONU criticou ainda os centros de distribuição de alimentos administrados por Israel e pelos Estados Unidos em Gaza, classificando-os como uma "abominação". Segundo ele, palestinos que buscam ajuda nesses locais vivem uma espécie de "roleta russa", sem saber se conseguirão retornar para suas casas. Além disso, relatou que o volume de suprimentos é tão pequeno que caminhões de ajuda chegam a ser saqueados antes de alcançar os pontos de distribuição.No dia 22 de agosto, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) confirmou níveis catastróficos de fome em Gaza pela primeira vez desde a escalada do conflito, em outubro de 2023. A crise se agravou após Israel recusar cooperação com a UNRWA, o que levou ao fechamento de centenas de centros de distribuição da agência. Esses postos foram substituídos por apenas quatro centros, administrados pelo Fundo Humanitário de Gaza com apoio de Israel e dos EUA.Autoridades locais denunciam ainda que tropas israelenses atiram rotineiramente contra palestinos que aguardam nas filas para receber ajuda.
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Situação em Gaza segue piorando: são 'mais de 400 mortes relacionadas à fome', diz agente da ONU
20:03 25.09.2025 (atualizado: 21:49 25.09.2025) A situação da desnutrição na Faixa de Gaza está piorando constantemente, com mais de 400 mortes relacionadas à fome registradas em todo o enclave, disse o comissário-geral da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, à Sputnik.
"A situação vem piorando cada vez mais desde março. Todos os nossos alertas caíram em ouvidos moucos. Hoje, há mais de 400 pessoas declaradas mortas por fome, o que significa que a fome é, por assim dizer, mais uma epidemia que assola a população de Gaza", disse Lazzarini.
De acordo com ele, a crise é resultado direto da decisão política de Israel. "Uma agência como a nossa, por exemplo, tem alimentos e ajuda humanitária suficientes para cobrir as necessidades da população pelos próximos três meses. Mas, desde março, não temos permissão para levar nenhuma ajuda", afirmou.
Se a situação não mudar, a
fome deve se espalhar em todo o território de Gaza até o fim de setembro, alertou o chefe da UNRWA.
"Até agora, a situação não melhorou. Alertamos que o risco de fome afetou a parte norte e, até o final deste mês ou dentro de algumas semanas, também corre o risco de afetar a população da parte sul do enclave", disse Lazzarini.
O representante da ONU criticou ainda os centros de distribuição de alimentos administrados por Israel e pelos Estados Unidos em Gaza, classificando-os como uma "abominação". Segundo ele,
palestinos que buscam ajuda nesses locais vivem uma espécie de "roleta russa", sem saber se conseguirão retornar para suas casas. Além disso, relatou que o volume de suprimentos é tão pequeno que
caminhões de ajuda chegam a ser saqueados antes de alcançar os pontos de distribuição.
No dia 22 de agosto, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) confirmou níveis catastróficos de fome em Gaza pela primeira vez desde a escalada do conflito, em outubro de 2023. A crise se agravou após Israel recusar cooperação com a UNRWA, o que levou ao fechamento de centenas de centros de distribuição da agência. Esses postos foram substituídos por apenas quatro centros, administrados pelo Fundo Humanitário de Gaza com apoio de Israel e dos EUA.
Autoridades locais denunciam ainda que tropas israelenses atiram rotineiramente contra palestinos que aguardam nas filas para receber ajuda.
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