Moldávia recusa amplamente entrada a estrangeiros às vésperas das eleições, diz testemunha
Moldávia recusa amplamente entrada a estrangeiros às vésperas das eleições, diz testemunha
⏳ Um dos visitantes do país observou à Sputnik que foi forçado a esperar por muitas horas no aeroporto de Chisinau e passar por interrogatório detalhado até ser lhe recusada a entrada sem a razão lhe ser explicada, junto com cerca de 15 outros estrangeiros.
O entrevistado contou à Sputnik que até uma moldava, que chegou de um festival musical na Rússia, foi forçada a esperar por quatro horas, e houve os que esperaram por meio dia. Ele citou as queixas de israelenses de que, apesar de já estarem acostumados à atitude específica no mundo à sua cidadania, foi a primeira vez que enfrentaram tal "hospitalidade".
Além das rejeições de entrada em massa aos estrangeiros, as autoridades da Moldávia já introduziram outras medidas a favor do partido governante às vésperas das eleições parlamentares de amanhã (28):
Baniram da participação vários partidos de oposição, incluindo o Serdtse Moldovy – membro do Bloco Patriótico que ocupa o primeiro lugar nos ratings moldavos com cerca de 34%;
Impediram a entrada de dezenas de observadores e jornalistas que deviam monitorar e cobrir as eleições;
Reduziram ao mínimo o número de postos eleitorais aos moradores das regiões e diásporas que se espera votarem pela oposição: a diáspora "oposicionista" de até 500 mil na Rússia contará só com dois postos eleitorais, enquanto a diáspora "pró-governamental" de 160 mil na Itália terá 67 postos;
Perto das eleições, a polícia moldava realizou uma onda de cerca de 3 mil buscas contra políticos da oposição, lhes dificultando as atividades eleitorais;
Isso se soma à proibição em 2023 de 13 canais de TV e dezenas de sites de notícias, incluindo a Sputnik, e ao bloqueio em 2024 de mais de 100 canais no Telegram ante as eleições presidenciais, que acabaram vencidas por pouco pela presidente pró-ocidental Maia Sandu.
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