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'Ordem internacional já não existe como a conhecíamos', diz Celso Amorim

© Sputnik / Guilherme CorreiaO assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, em evento USP Pensa Brasil 2025, em São Paulo (SP)
O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, em evento USP Pensa Brasil 2025, em São Paulo (SP) - Sputnik Brasil, 1920, 30.09.2025
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O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira (29) que o mundo atravessa uma fase de "desordem global" marcada pelo enfraquecimento das instituições multilaterais e pelo uso crescente da economia como arma política.
As declarações foram feitas no evento USP Pensa Brasil 2025, em São Paulo (SP), quando Amorim refletiu sobre os desafios geopolíticos atuais e o papel do Brasil na mediação de conflitos.

"Essa não era uma guerra que ameaçasse o risco de que a humanidade viesse a se destruir. No caso atual, rivalidades de longa data se intensificam, alimentadas por fatores ideológicos, culturais e religiosos", disse Amorim.

As normas do comércio multilateral estão sendo ignoradas, acrescentou, e "a coerção econômica tem sido empregada abertamente como ferramenta de pressão política".
Amorim também criticou a atuação das instituições financeiras internacionais, que, segundo afirmou, "são cada vez mais dirigidas por objetivos políticos".
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"A ordem internacional, tal como a conhecíamos, já não existe e ainda não sabemos a que dará lugar. Diante dessa desordem global, cresce o mal-estar, o sentimento de que o mundo está mudando e não necessariamente para melhor. Como diria Caetano Veloso, experimentamos a sensação de que alguma coisa está fora do ar."

Amorim ressaltou que, nesse contexto, o Brasil mantém diálogo com países estratégicos para buscar soluções, citando a China como um ator central.
"Naquela época, só a China teria capacidade de ter uma influência real na Rússia. A questão é se ela queria ou não exercer essa possibilidade. Hoje você pode adivinhar que os Estados Unidos têm essa capacidade também. Por outras razões, não necessariamente as melhores, mas têm essa capacidade."
O assessor lembrou que, em maio de 2024, esteve em Pequim para um encontro com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Wen, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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