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'Trabalhamos pela paz desde o início', diz Amorim à Sputnik após receber honraria de Putin
'Trabalhamos pela paz desde o início', diz Amorim à Sputnik após receber honraria de Putin
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O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, foi condecorado nesta quarta-feira (17) pelo presidente Vladimir... 17.09.2025, Sputnik Brasil
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Conforme decreto assinado por Putin, o ex-chanceler brasileiro contribuiu de forma significativa para "o fortalecimento e desenvolvimento das relações amistosas entre a Federação da Rússia e a República Federativa do Brasil". Em entrevista à Sputnik Brasil, Amorim agradeceu o reconhecimento e destacou que sua postura, desde o início do conflito na Ucrânia, sempre foi de buscar o diálogo e defender a paz.O diplomata ressaltou que a segurança da Rússia deve ser considerada da mesma forma que a da Ucrânia, e que um processo de negociação só pode avançar se todas as partes forem ouvidas."É preciso ajudar o diálogo. O diálogo é o que nós, junto com a China, tentamos promover, criando inclusive o Grupo de Amigos", lembrou.Movimentações de TrumpAmorim mencionou ainda que iniciativas externas chegaram a ter impacto positivo, citando como exemplo algumas movimentações iniciais do presidente norte-americano Donald Trump, que em sua visão "sacudiram um pouco a situação".Para o assessor de Lula, insistir em apenas apoiar uma das partes não é o caminho. "Tenho muita compaixão pelo que está acontecendo na Ucrânia e pelo sofrimento do povo ucraniano. Mas não adianta só defender um plano unilateral. É preciso conversar com os russos. Não é uma guerra que você já tem um tratado pronto, como em Versalhes. É necessário negociar de verdade", frisou.Segundo Amorim, a posição brasileira é de favorecer um processo que leve ao cessar-fogo, mas que também crie condições concretas para avançar em um acordo equilibrado.Ao receber a Ordem da Amizade, Amorim afirmou que a homenagem é também um reflexo da relação estratégica entre Brasil e Rússia. "É um reconhecimento importante, que mostra que nosso esforço pelo diálogo e pela construção de uma paz justa é valorizado. O Brasil quer ser parte da solução, não do problema".Ameaças dos EUA contra o BrasilDiante das novas ameaças de sanções dos Estados Unidos contra o Brasil em retaliação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que recebeu a pena de mais de 27 anos de prisão durante julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), Amorim declarou que a defesa ferrenha do governo Donald Trump sobre Bolsonaro é uma "furada".
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'Trabalhamos pela paz desde o início', diz Amorim à Sputnik após receber honraria de Putin
18:36 17.09.2025 (atualizado: 18:50 17.09.2025) O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, foi condecorado nesta quarta-feira (17) pelo presidente Vladimir Putin com a Ordem da Amizade. A homenagem, concedida em Moscou, reconhece a atuação do diplomata brasileiro no fortalecimento das relações entre Brasil e Rússia.
Conforme decreto assinado por Putin, o ex-chanceler brasileiro contribuiu de forma significativa para "o fortalecimento e desenvolvimento das relações amistosas entre a Federação da Rússia e a República Federativa do Brasil". Em entrevista à Sputnik Brasil, Amorim agradeceu o reconhecimento e destacou que sua postura, desde o
início do conflito na Ucrânia, sempre foi de buscar
o diálogo e defender a paz.
"Defendemos que os princípios da ONU [Organização das Nações Unidas] sejam seguidos e o uso da força não é a maneira de resolver os conflitos. Mas também queremos que as coisas sejam resolvidas pelo diálogo e levando em conta fatores históricos, como a eterna expansão da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] chegando muito perto de Moscou", declarou.
O diplomata ressaltou que a
segurança da Rússia deve ser considerada da mesma forma que a da Ucrânia, e que um processo de negociação só pode avançar
se todas as partes forem ouvidas.
"É preciso ajudar o diálogo. O diálogo é o que nós, junto com a China, tentamos promover,
criando inclusive o Grupo de Amigos", lembrou.
Amorim mencionou ainda que iniciativas externas chegaram a ter impacto positivo, citando como exemplo algumas movimentações iniciais do
presidente norte-americano Donald Trump, que em sua visão "sacudiram um pouco a situação".
Para o assessor de Lula, insistir em apenas apoiar uma das partes não é o caminho. "Tenho muita compaixão pelo que está acontecendo na Ucrânia e pelo sofrimento do povo ucraniano. Mas não adianta só defender um plano unilateral. É preciso conversar com os russos. Não é uma guerra que você já tem um tratado pronto, como em Versalhes. É necessário negociar de verdade", frisou.
Segundo Amorim, a posição brasileira é de favorecer um processo que leve ao cessar-fogo, mas que também crie condições concretas para avançar em um acordo equilibrado.
"Quando ouvimos a reação dos russos, eles dizem que se houver só cessar-fogo, sem ao mesmo tempo uma moratória no fornecimento de armas, isso é impossível, porque apenas fortalece um lado enquanto o outro está parado. Então é preciso encontrar um equilíbrio. Um roteiro para discutir as questões mais profundas: fronteiras, direitos humanos, questões humanitárias. Esse é o caminho que defendemos", pontua.
Ao receber a Ordem da Amizade, Amorim afirmou que a homenagem é também um reflexo da relação estratégica entre Brasil e Rússia. "É um reconhecimento importante, que mostra que nosso esforço pelo diálogo e pela construção de uma paz justa é valorizado. O Brasil quer ser parte da solução, não do problema".
Ameaças dos EUA contra o Brasil
Diante das novas ameaças de sanções dos Estados Unidos contra o Brasil em retaliação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que recebeu a pena de mais de 27 anos de prisão durante julgamento no
Supremo Tribunal Federal (STF), Amorim declarou que a defesa ferrenha do governo Donald Trump sobre Bolsonaro é uma "furada".
"Quem tinha que estar preocupado era o governo americano, de estar embarcando numa furada. É uma furada você embarcar na defesa de um ex-presidente que foi condenado pela mais alta corte no Brasil, pessoas independentes. Ninguém pode acusar o ministro [Alexandre de] Moraes de ser lulista, já que ele votou a favor da prisão do Lula. Quer dizer, o Moraes é a favor da justiça, de analisar o que ele tem. A Justiça independente é absolutamente fundamental para que um país seja democrático e é essa a nossa posição", finalizou.
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