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Trump quer tropas em cidades como 'campos de treinamento' e Hegseth exige cultura de combate nos EUA

© AP Photo / Evan VucciO presidente norte-americano Donald Trump é recebido pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, antes de discursar para um grupo de altos comandantes militares dos EUA na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de Quantico, Virgínia, 30 de setembro de 2025
O presidente norte-americano Donald Trump é recebido pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, antes de discursar para um grupo de altos comandantes militares dos EUA na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de Quantico, Virgínia, 30 de setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 01.10.2025
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Donald Trump propôs usar cidades norte-americanas como campos de treinamento militar, enquanto o secretário de Defesa, Pete Hegseth, exigiu uma nova "cultura de combate" e prometeu mudanças radicais na liderança das Forças Armadas, ampliando o uso doméstico das tropas e gerando críticas de autoritarismo.
Em uma reunião inédita com altos oficiais militares, Donald Trump propôs transformar cidades norte-americanas em campos de treinamento para tropas, alegando que os Estados Unidos enfrentam uma "invasão interna". O presidente defendeu o envio de militares para locais como Los Angeles, Washington e Chicago, como parte de uma estratégia para combater o crime urbano.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, reforçou a proposta ao pedir uma nova "cultura de combate" nas Forças Armadas, exigindo que almirantes e generais restabeleçam o "ethos guerreiro". Ele criticou a atual liderança militar, sugerindo que oficiais que discordassem das mudanças deveriam renunciar. Hegseth também prometeu mais demissões e ajustes nos padrões físicos e disciplinares.
Segundo o Financial Times (FT), nos últimos dias, o governo federal norte-americano tomou medidas para enviar tropas a diversos estados. Em Illinois, 100 soldados foram mobilizados; em Oregon, 200 foram solicitados; e na Louisiana, o governador pediu 1.000 soldados da Guarda Nacional para três cidades. A movimentação intensifica o uso doméstico das Forças Armadas, gerando preocupações sobre uma possível guinada autoritária.
Durante seu discurso, Hegseth atacou políticas do Pentágono que, segundo ele, deixaram o país despreparado para conflitos. Ele criticou generais e almirantes acima do peso, defendeu o fim de barbas e cabelos longos, e anunciou flexibilizações nas regras de engajamento e na proteção a denunciantes. O objetivo seria permitir maior liberdade de ação aos comandantes.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante evento na Casa Branca, em Washington - Sputnik Brasil, 1920, 30.09.2025
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A reunião em Quantico, Virgínia, reuniu centenas de líderes militares convocados abruptamente. Hegseth afirmou que infrações menores não deveriam comprometer toda a carreira de um militar e que registros de serviço seriam revisados. Ele também anunciou mudanças no órgão de fiscalização interna do Departamento de Defesa, recentemente renomeado para Departamento de Guerra.
Ainda segundo o FT, as ações de Trump e Hegseth seguem uma série de medidas para ampliar o controle da Casa Branca sobre instituições tradicionalmente independentes, como o Departamento de Justiça e a Reserva Federal (Fed). A tentativa de politizar as Forças Armadas preocupa especialistas e legisladores, especialmente diante do contexto eleitoral e das tensões sociais no país.
Os democratas criticaram duramente a reunião. O senador Jack Reed acusou Trump e Hegseth de afastarem os militares de suas missões globais para ouvir queixas políticas. Segundo ele, a liderança militar, que historicamente busca se manter neutra, vê sua autonomia ameaçada por decisões que misturam segurança nacional com interesses partidários.
Desde o início do mandato, Trump demitiu 14 oficiais de alto escalão. Hegseth justificou as demissões como parte de uma reformulação necessária, criticando promoções baseadas em raça, gênero ou marcos históricos. Ele concluiu que os soldados devem ter autoridade máxima em combate, sem restrições "politicamente corretas", e que o Pentágono deve desencadear "violência avassaladora" contra o inimigo, sem conseguir dizer de que inimigo estava falando.
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