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Especialista: Milei 'ameaça o desenvolvimento argentino' seguindo Trump cegamente em relação à China
Especialista: Milei 'ameaça o desenvolvimento argentino' seguindo Trump cegamente em relação à China
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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, confirmou a troca cambial com a Argentina e surpreendeu a todos ao revelar que o presidente Javier Milei... 11.10.2025, Sputnik Brasil
2025-10-11T07:21-0300
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A Casa Branca começa a se firmar como a idealizadora da política externa argentina. Após confirmar o apoio financeiro concedido a Buenos Aires, Bessent afirmou que Milei estava comprometido em "expulsar a China da Argentina, que está em toda a América Latina".Em entrevista à Fox News, a principal autoridade do governo do presidente Donald Trump foi contundente ao afirmar que o líder argentino "é um grande aliado dos Estados Unidos" e "um farol na América Latina" que está "tentando quebrar um ciclo negativo de 100 anos".A natureza política do apoio econômico por meio do Fundo de Estabilização Cambial — que Bessent deixou claro não constituir uma transferência direta ou um "resgate financeiro" — refletiu-se quando ele reconheceu que a Casa Branca aposta em uma vitória eleitoral para La Libertad Avanza nas eleições legislativas: "Ela terá um bom desempenho nas eleições de 26 de outubro", afirmou.A declaração pública do secretário do Tesouro dos EUA está longe de ser excepcional. Os alertas de Washington sobre os laços da Argentina com a China — seu segundo maior parceiro comercial, superado apenas pelo Brasil — surgiram em repetidas ocasiões. Mais recentemente, quando o chefe do Comando Sul dos EUA, Alvin Holsey, acusou Pequim de continuar "sua incursão metódica na região, buscando exportar seu modelo autoritário".As declarações de Bessent selam ainda mais um alinhamento cada vez mais tangível da Casa Rosada com os Estados Unidos quando, sete dias antes das falas do secretário, Milei havia autorizado por decreto a entrada de tropas norte-americanas na Argentina para exercícios militares.'Entrada indevida' do EstadoSegundo o pesquisador, o governo argentino "é um aliado dos Estados Unidos, com um alinhamento que nenhum outro Estado da região mantém. Além disso, o faz fomentando uma relação absolutamente assimétrica, como raramente vimos", enfatizou.A pressão anti-China não é apenas importada de Washington. Para Magnani, "isso vem de uma posição interna argentina mais que de um pedido do próprio Washington".Paralelamente, a orientação ideológica define o curso. Questionado sobre as inclinações diplomáticas de Buenos Aires, o analista enfatizou que "há uma ocidentalização dogmática por parte do governo de Milei, que não pensa em nível estratégico, mas simplesmente com base em afinidades ideológicas".Custo da oportunidadeAlém da postura impactante adotada pela Argentina — praticamente inédita em sua história – a mera possibilidade de romper relações comerciais com a China teria um profundo impacto econômico para a nação sul-americana.Para o especialista, "a China também é um apoiador financeiro: é preciso lembrar que Milei conseguiu estender o swap cambial por mais um ano, também de US$ 20 bilhões [cerca de R$ 110,3 bilhões] em yuans. O rompimento do vínculo poderia representar uma ameaça ao desenvolvimento".
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Especialista: Milei 'ameaça o desenvolvimento argentino' seguindo Trump cegamente em relação à China
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, confirmou a troca cambial com a Argentina e surpreendeu a todos ao revelar que o presidente Javier Milei concordou em conter a expansão de Pequim no país sul-americano. "Trump encontrou no argentino um admirador profundamente subserviente", disse um especialista à Sputnik.
A Casa Branca
começa a se firmar como a idealizadora da política externa argentina. Após confirmar o apoio financeiro concedido a Buenos Aires, Bessent afirmou que Milei estava comprometido em "expulsar a China da Argentina, que está em
toda a América Latina".
Em entrevista à Fox News, a principal autoridade do governo do presidente Donald Trump foi contundente ao afirmar que o
líder argentino "é um grande aliado dos Estados Unidos" e "um farol na América Latina" que está "tentando quebrar um
ciclo negativo de 100 anos".
A natureza política do apoio econômico por meio do Fundo de Estabilização Cambial — que Bessent deixou claro não constituir uma transferência direta ou um "
resgate financeiro" — refletiu-se quando ele reconheceu que a Casa Branca
aposta em uma vitória eleitoral para La Libertad Avanza nas eleições legislativas: "Ela terá um bom desempenho nas eleições de 26 de outubro", afirmou.
A declaração pública do
secretário do Tesouro dos EUA está longe de ser excepcional. Os alertas de Washington sobre os laços da Argentina com a China — seu segundo maior parceiro comercial, superado apenas pelo Brasil — surgiram em repetidas ocasiões. Mais recentemente, quando o chefe do Comando Sul dos EUA, Alvin Holsey, acusou Pequim de
continuar "sua incursão metódica na região, buscando exportar seu modelo autoritário".
As declarações de Bessent selam ainda mais um alinhamento cada vez mais tangível da Casa Rosada com os Estados Unidos quando, sete dias antes das falas do secretário, Milei
havia autorizado por decreto a
entrada de tropas norte-americanas na Argentina para exercícios militares.
'Entrada indevida' do Estado
"Milei está disposto a arriscar a presença da China na Argentina sem considerar os custos, mesmo que a relação com Pequim sustente comércio, financiamento e infraestrutura", disse o analista internacional Ezequiel Magnani à Sputnik. Segundo o especialista, "Trump encontrou no argentino um admirador profundamente subordinado".
Segundo o pesquisador, o governo argentino "é um aliado dos Estados Unidos, com um
alinhamento que nenhum outro Estado da região mantém. Além disso, o faz fomentando uma relação
absolutamente assimétrica, como raramente vimos", enfatizou.
A pressão anti-China não é apenas importada de Washington. Para Magnani, "isso vem de uma posição interna argentina mais que de um pedido do próprio Washington".
Paralelamente, a orientação ideológica define o curso. Questionado sobre as inclinações diplomáticas de Buenos Aires, o analista enfatizou que "há uma
ocidentalização dogmática por parte do governo de Milei, que
não pensa em nível estratégico, mas simplesmente com base em afinidades ideológicas".
Além da postura impactante adotada pela Argentina — praticamente inédita em sua história – a mera possibilidade de romper
relações comerciais com a China
teria um profundo impacto econômico para a nação sul-americana.
"Não estamos considerando o impacto que isso poderia ter no país. Não estamos falando apenas do principal parceiro comercial, mas de uma potência que também realiza projetos de infraestrutura em toda a região", disse o economista Ramiro Tosi à Sputnik.
Para o especialista, "a China também é um apoiador financeiro: é preciso lembrar que Milei
conseguiu estender o swap cambial por mais um ano, também de US$ 20 bilhões [cerca de R$ 110,3 bilhões] em yuans. O rompimento do vínculo poderia representar uma
ameaça ao desenvolvimento".
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