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Facções e milícias já cercam 28,5 milhões de brasileiros, aponta pesquisa Datafolha

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Facções criminosas e milícias já alcançam a vizinhança de 28,5 milhões de brasileiros, segundo pesquisa Datafolha. A presença desses grupos cresceu cinco pontos percentuais em um ano e afeta todas as classes sociais, com destaque para grandes cidades e a região Nordeste do país.
Facções criminosas e milícias expandiram sua presença em todo o território brasileiro, alcançando a vizinhança de 19% da população, o equivalente a pelo menos 28,5 milhões de pessoas. A pesquisa Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra um crescimento de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior.
A presença do crime organizado foi relatada por pessoas de diferentes faixas de renda, com pouca variação entre ricos e pobres. Pretos são mais afetados que brancos: 23% contra 13%. A pesquisa também aponta que moradores dessas áreas têm mais contato com cemitérios clandestinos e cracolândias em seus trajetos diários.
Entre os que vivem em territórios dominados por facções, 27% dizem conhecer cemitérios clandestinos, enquanto 40% relatam encontrar cracolândias regularmente. Ambos os indicadores cresceram desde 2024, sugerindo maior degradação urbana e social nessas regiões.
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De acordo com a Folha de S.Paulo, Renato Sérgio de Lima, presidente do fórum, afirmou que os dados revelam o avanço das facções no controle de territórios e mercados. Ele ressalta que a pesquisa foi feita antes das operações Carbono Oculto, Quasar e Tank, que expuseram a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) em setores econômicos estratégicos.
A pesquisa também identificou o crescimento da oferta de segurança privada por policiais de folga, prática ilegal em muitos estados. Apesar disso, não houve correlação significativa entre essa atividade e a presença do crime organizado, descartando a hipótese de milícias incipientes.
Outros dados preocupantes incluem o aumento de relatos de violência policial (16%, com destaque entre jovens e moradores de grandes centros) e o número de pessoas com parentes desaparecidos (8%, ou 13,4 milhões). Lima defende maior coordenação entre órgãos de segurança e políticas públicas duradouras para enfrentar o problema.

O levantamento entrevistou 2.007 pessoas de mais de 16 anos em 130 municípios de todas as regiões do país, entre 2 e 6 de junho. Os dados abordam percepções sobre o crime organizado, roubos, agressões e golpes digitais, revelando uma presença mais intensa de facções em capitais, grandes cidades e na região Nordeste.

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