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Ex-procuradora-chefe militar israelense é presa após vazar vídeo de palestino detido sendo torturado

© AP Photo / Oren Ben HakoonA então procuradora-geral militar de Israel, major-general Yifat Tomer-Yerushalmi, no Supremo Tribunal, em Jerusalém, em outubro de 2024
A então procuradora-geral militar de Israel, major-general Yifat Tomer-Yerushalmi, no Supremo Tribunal, em Jerusalém, em outubro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 03.11.2025
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Autoridades de Israel revelaram nesta segunda-feira (3) que a ex-procuradora-chefe militar israelense foi presa após admitir ter vazado imagens de vídeo mostrando soldados em um centro de detenção no sul do país abusando de um detento palestino.
A major-general Yifat Tomer-Yerushalmi renunciou na sexta-feira (31) após assumir a responsabilidade pelo vazamento do vídeo. A prisão ocorreu após uma busca em larga escala ao longo da costa de Tel Aviv na noite de domingo (2), iniciada depois que a família de Tomer-Yerushalmi relatou preocupação com a segurança e a polícia encontrou o carro da militar abandonado perto da praia.
A polícia disse que ela foi encontrada pouco depois, "viva e bem". Hoje, o Tribunal de Magistrados de Tel Aviv ordenou que ela permanecesse sob custódia pelo menos até quarta-feira (5). A polícia disse que ela é suspeita de fraude e quebra de confiança, abuso de poder e obstrução da Justiça, segundo informações da agência Xinhua.
O ex-procurador militar Matan Solomesh também foi preso e mantido sob custódia até quarta-feira. A emissora estatal Kan TV informou que vários oficiais da promotoria militar foram interrogados pela polícia.
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O celular de Tomer-Yerushalmi não foi localizado, e os investigadores estão apurando se ela o jogou no mar para destruir provas. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, afirmou que ela está sob vigilância reforçada.
O vídeo vazado, transmitido pelo Canal 12, mostra a agressão a um detento palestino no centro de detenção de Sde Teiman, em agosto de 2024. Na época, os militares investigavam o incidente e detiveram vários soldados suspeitos de envolvimento, o que provocou a ira de ativistas de direita que invadiram o centro em protesto.
Cinco soldados foram posteriormente indiciados. De acordo com a acusação, cuja cópia foi vista pela agência Xinhua, os militares espancaram, chutaram e agrediram um detento palestino de Gaza com uma arma de choque e o sodomizaram enquanto ele estava vendado e algemado nos pés e nas mãos, o que causou ferimentos graves.
Em sua carta de demissão, Tomer-Yerushalmi afirmou que vazou o vídeo para conter a onda de indignação pública em Israel direcionada à promotoria militar após a prisão dos soldados suspeitos.

"Os militares têm o dever de investigar sempre que houver suspeita razoável de violência contra um detento", escreveu ela. "Infelizmente, esse entendimento básico — de que existem ações que jamais devem ser tomadas, mesmo contra os detentos mais cruéis — já não convence a todos."

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