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Exclusiva: à Sputnik Brasil, José Dirceu comenta renovação política da esquerda e ingerência dos EUA
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"Geração que fundou o PT está chegando aos 80 anos", resume o cofundador do Partido dos Trabalhadores e ex-presidente da sigla José Dirceu. 10.11.2025, Sputnik Brasil
2025-11-10T17:32-0300
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Ao falar sobre o futuro político da esquerda brasileira, o ex-ministro da Casa Civil durante o primeiro mandato de Lula defendeu à Sputnik Brasil a renovação dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda que, segundo ele, é central para o espectro político nacional, mesmo com o magnetismo da figura de Luiz Inácio Lula da Silva.Ele citou nomes como o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (Psol), o prefeito de Recife, João Campos (PSB), a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), como exemplos de novas lideranças emergentes.Dirceu entende que o PT tem sucesso em estimular a renovação partidária graças a mecanismos internos de paridade e cotas, mesmo após anos de repressão e defensiva. "É um partido que sempre estimulou a renovação. Se ela não aconteceu, foi mais pela repressão que nós sofremos ali."'Agressão política e comercial dos EUA'Em entrevista dada à reportagem antes de um seminário sobre soberania na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores defendeu a política externa do governo Lula e criticou a "agressão política e comercial" dos Estados Unidos.Segundo Dirceu, as tarifas de 50% impostas pela Casa Branca não encontram base no litígio comercial. "O Brasil tem déficit nas relações com os Estados Unidos. Se nós colocarmos as últimas décadas, é um déficit altíssimo."O ex-ministro da Casa Civil afirmou que há uma ofensiva internacional dos Estados Unidos baseada em sanções e no uso do dólar como "arma de guerra", o que enfraquece organismos multilaterais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).Para Dirceu, que foi deputado estadual por São Paulo entre 1987 e 1991, o Brasil deve manter postura independente nas relações internacionais. A exemplo disso, ele exalta a atuação do Brasil no BRICS e a defesa do multilateralismo. O ex-ministro reforçou que o governo Lula manterá diálogo com todas as potências, sem se alinhar automaticamente a nenhum bloco.Dirceu também defendeu o avanço tecnológico e a independência financeira do país como pilares de soberania e atribuiu como o "grande problema do Brasil" justamente a dependência financeira. "O grande problema do Brasil é a dependência financeira, a força do capital financeiro, os juros altos, o serviço da dívida alta, a concentração de renda, a pobreza e a desigualdade."Por fim, o ex-ministro aproveitou o momento para lamentar a morte de Paulo Frateschi, histórico militante petista e ex-deputado paulista, morto na quinta-feira (6). "Foi um choque muito grande, uma perda enorme, não só pela atuação política dele, pela experiência política dele, mas pelo lado de amizade, de carinho, de afeto, que todos nós tínhamos por ele."
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"A geração que fundou o PT está chegando aos 80 anos", diz José Dirceu sobre renovação política
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"Democracia e soberania estão alinhadas", diz José Dirceu à Sputnik Brasil
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"Partido que nós tomamos é o partido do Brasil", diz José Dirceu sobre pressões externas
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Exclusiva: à Sputnik Brasil, José Dirceu comenta renovação política da esquerda e ingerência dos EUA
17:32 10.11.2025 (atualizado: 19:49 10.11.2025) Especiais
"Geração que fundou o PT está chegando aos 80 anos", resume o cofundador do Partido dos Trabalhadores e ex-presidente da sigla José Dirceu.
Ao falar sobre o futuro político da esquerda brasileira, o ex-ministro da Casa Civil durante o primeiro mandato de Lula defendeu à Sputnik Brasil a renovação dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda que, segundo ele, é central para o espectro político nacional, mesmo com o magnetismo da figura de Luiz Inácio Lula da Silva.
"Como o presidente Lula tem afirmado, o sucessor dele é o PT. […] Um país como o Brasil, para ser governado, precisa ter lideranças e precisa renovar as lideranças, porque a geração que fundou o PT está chegando aos 80 anos, mas têm surgido lideranças novas, expressivas, importantes no Brasil."
Ele citou nomes como o
novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (Psol), o prefeito de Recife,
João Campos (PSB), a deputada federal
Tabata Amaral (PSB-SP) e o governador do Piauí,
Rafael Fonteles (PT), como exemplos de novas lideranças emergentes.
"O próprio apoio que a maioria da juventude está dando para a reforma tributária — taxar os milionários — e para o fim da escala 6 x 1 mostra que é uma mudança no espírito do momento que nós vivemos."
Dirceu entende que o PT tem sucesso em estimular a renovação partidária graças a mecanismos internos de paridade e cotas, mesmo após anos de repressão e defensiva. "É um partido que sempre estimulou a renovação. Se ela não aconteceu, foi mais pela repressão que nós sofremos ali."
'Agressão política e comercial dos EUA'
Em entrevista dada à reportagem antes de um seminário sobre soberania na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores defendeu a política externa do governo Lula e criticou a "agressão política e comercial" dos Estados Unidos.
Segundo Dirceu, as tarifas de 50% impostas pela Casa Branca não encontram base no
litígio comercial. "O Brasil tem déficit nas relações com os Estados Unidos. Se nós colocarmos as últimas décadas,
é um déficit altíssimo."
"Tanto é que a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos se opôs ao tarifaço, além, evidentemente, da maioria do povo brasileiro, inclusive do empresariado — por exceção da família Bolsonaro, da extrema-direita, de alguns governadores, como Tarcísio de Freitas, que apoiaram a decisão do presidente Trump. Carne e café, quem perde é o consumidor americano, porque o Brasil encontra novos mercados."
O ex-ministro da Casa Civil afirmou que há uma ofensiva internacional dos Estados Unidos baseada em sanções e no uso do dólar como "arma de guerra", o que enfraquece organismos multilaterais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Para Dirceu, que foi deputado estadual por São Paulo entre 1987 e 1991, o Brasil deve manter postura independente nas relações internacionais. A exemplo disso, ele exalta a atuação do Brasil no BRICS e a defesa do multilateralismo. O ex-ministro reforçou que o governo Lula manterá diálogo com todas as potências, sem se alinhar automaticamente a nenhum bloco.
"O Brasil vai manter relações diplomáticas com a União Europeia […], com a Rússia, vai manter com a China, com o BRICS… Não vai aceitar a imposição de ninguém e nem vai tomar partido de ninguém. O partido que nós tomamos é o partido do Brasil, os interesses nacionais."
Dirceu também defendeu o avanço tecnológico e a independência financeira do país como pilares de soberania e atribuiu como o "grande problema do Brasil" justamente a dependência financeira. "O grande problema do Brasil é a dependência financeira, a força do capital financeiro, os juros altos, o serviço da dívida alta, a concentração de renda, a pobreza e a desigualdade."
Por fim, o ex-ministro aproveitou o momento para
lamentar a morte de Paulo Frateschi, histórico militante petista e ex-deputado paulista, morto na quinta-feira (6). "Foi um choque muito grande, uma perda enorme, não só pela atuação política dele, pela experiência política dele, mas pelo lado de amizade, de carinho, de afeto, que todos nós tínhamos por ele."
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