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Acordo comercial em negociação entre Argentina e EUA coloca Washington como 'o claro vencedor'
Acordo comercial em negociação entre Argentina e EUA coloca Washington como 'o claro vencedor'
Sputnik Brasil
Um esboço de acordo comercial entre EUA e Argentina, divulgado pela Casa Branca, aponta para uma parceria bastante desigual e prejudicial para o país... 16.11.2025, Sputnik Brasil
2025-11-16T00:25-0300
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O acordo deve redefinir o vínculo bilateral e consolidar o alinhamento político do presidente Javier Milei com o mandatário Donald Trump. A Casa Branca divulgou primeiro o entendimento, que detalha amplas concessões argentinas e deixa para mais tarde a enumeração de benefícios concretos por parte de Washington.Os Estados Unidos terão acesso preferencial ao mercado argentino para medicamentos, maquinário, tecnologia, veículos e produtos agropecuários, enquanto a Argentina aceitará normas e certificações americanas para alimentos, automóveis e medicamentos, deslocando controles locais.O pacto também inclui cooperação em minerais críticos, como o lítio, e coordenação sobre o comércio global de soja, um setor onde ambas as economias competem diretamente.O anúncio chega após o apoio financeiro inédito concedido por Trump a Milei durante a campanha eleitoral prévia às eleições legislativas argentinas. Analistas consultados pela Sputnik destacaram a assimetria do acordo. Fernando Riva, analista internacional, alertou que "Argentina e Estados Unidos são economias que competem" e que a entrada de produtos sob padrões norte-americanos "é prejudicial em setores como medicamentos e veículos".A esse quadro, o analista internacional Ezequiel Magnani acrescentou um diagnóstico político mais incisivo:De acordo com o especialista, o anúncio transforma um acordo comercial em um contexto onde Washington define as prioridades e Buenos Aires se adapta. O analista afirmou que "o acordo implica concessões concretas às demandas de Washington, sem estipular com precisão o que a Casa Branca oferece em troca".Na sua perspectiva, o anúncio aprofunda uma relação assimétrica onde a Argentina cede regulação, enquanto os benefícios por parte dos Estados Unidos ficam adiados ou são vagos. "O claro vencedor é Washington", acrescentou."Os produtos dos EUA poderão entrar sem considerar os organismos nacionais, especialmente em medicamentos e veículos, o que altera a capacidade do país de regular seu próprio mercado", disse Magnani. "Milei está em uma situação de dependência concreta em relação a Trump", afirmou.Ambos os especialistas concordam que o acordo consolida uma relação desigual. O governo o apresenta como um avanço estratégico, mas os especialistas alertam sobre seu impacto no emprego, na indústria e na soberania regulatória.
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Acordo comercial em negociação entre Argentina e EUA coloca Washington como 'o claro vencedor'
00:25 16.11.2025 (atualizado: 20:23 16.11.2025) Um esboço de acordo comercial entre EUA e Argentina, divulgado pela Casa Branca, aponta para uma parceria bastante desigual e prejudicial para o país sul-americano, segundo fontes ouvidas pela Sputnik.
O acordo deve redefinir o vínculo bilateral e consolidar o alinhamento político do presidente Javier Milei com o mandatário Donald Trump. A Casa Branca divulgou primeiro o entendimento, que detalha amplas concessões argentinas e deixa para mais tarde a enumeração de benefícios concretos por parte de Washington.
Os Estados Unidos terão acesso preferencial ao mercado argentino para medicamentos, maquinário, tecnologia, veículos e produtos agropecuários, enquanto a
Argentina aceitará normas e certificações americanas para alimentos, automóveis e medicamentos, deslocando controles locais.
O pacto também inclui
cooperação em minerais críticos, como o lítio, e coordenação sobre o
comércio global de soja, um setor onde ambas as economias competem diretamente.
O anúncio chega após o apoio financeiro inédito concedido por Trump a Milei durante a
campanha eleitoral prévia às eleições legislativas argentinas.
Analistas consultados pela Sputnik destacaram a assimetria do acordo. Fernando Riva, analista internacional, alertou que "Argentina e Estados Unidos são economias que competem" e que a entrada de produtos sob padrões norte-americanos "é prejudicial em setores como medicamentos e veículos".
"Veículos, alimentos, medicamentos, laticínios e gado vivo sob os padrões dos Estados Unidos que não consideram os organismos nacionais. O mais grave é que não está garantido o investimento direto na Argentina", destacou.
A esse quadro, o analista internacional Ezequiel Magnani acrescentou um diagnóstico político mais incisivo:
"O alinhamento de Milei com Trump chega a tal ponto que os interesses dos Estados Unidos são assumidos como próprios pelo governo argentino".
De acordo com o especialista, o anúncio transforma um acordo comercial em um contexto onde Washington define as prioridades e Buenos Aires se adapta. O analista afirmou que "o acordo implica concessões concretas às demandas de Washington, sem estipular com precisão o que a Casa Branca oferece em troca".
Na sua perspectiva, o anúncio aprofunda uma relação assimétrica onde a Argentina cede regulação, enquanto os benefícios por parte dos Estados Unidos ficam adiados ou são vagos. "O claro vencedor é Washington", acrescentou.
"Os produtos dos EUA poderão entrar sem considerar os organismos nacionais, especialmente em medicamentos e veículos, o que altera a capacidade do país de regular seu próprio mercado", disse Magnani. "Milei está em uma situação de dependência concreta em relação a Trump", afirmou.
Ambos os especialistas concordam que o acordo consolida uma relação desigual. O governo o apresenta como um avanço estratégico, mas os especialistas alertam sobre seu impacto no emprego, na indústria e na soberania regulatória.
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