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Mídia: relação entre Motta e Alcolumbre se abala após rejeição da PEC da Blindagem

© Foto / Marina Ramos/Câmara dos DeputadosPresidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP) e presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicano -PB) falam à imprensa durante 11º Fórum Parlamentar do BRICS em 4 de junho de 2025
Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP) e presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicano -PB) falam à imprensa durante 11º Fórum Parlamentar do BRICS em 4 de junho de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 17.11.2025
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A rejeição da PEC da Blindagem pelo Senado abalou a relação entre Hugo Motta e Davi Alcolumbre, antes aliados próximos. O impasse trava pautas entre as Casas e expõe fragilidade do Congresso, que busca manter força diante de outros Poderes em meio a novos embates políticos.
A rejeição da PEC da Blindagem pelo Senado, após aprovação na Câmara, abalou a relação entre os presidentes Hugo Motta (Republicanos) e Davi Alcolumbre (União Brasil). Eleitos juntos em fevereiro e aliados de primeira hora, os dois passaram a atuar de forma menos coordenada, o que já provoca entraves no andamento de propostas legislativas.
Segundo a Folha de S.Paulo, embora não haja rompimento formal, a parceria política deixou de ser alinhada previamente. Congressistas afirmam que isso tem travado pautas entre as Casas e pode enfraquecer o Legislativo como um todo na disputa com outros Poderes. Líderes do centrão alertaram à apuração que a rixa interna fragiliza a posição do parlamento.
Na Câmara, a rejeição da PEC ainda causa ressentimento. Deputados cogitam retaliar o Senado, travando projetos de interesse dos senadores ou rejeitando mudanças feitas por eles em propostas que retornem à Câmara, como na segunda etapa da reforma tributária. O desgaste também abalou a imagem de Motta, criticado pela opinião pública e por sua própria base.
O Senado, por sua vez, se incomoda com mudanças regimentais feitas na gestão Arthur Lira (Progressistas-AL), que deram prioridade a projetos de deputados sobre os de senadores. Essa alteração, aparentemente processual, tem impacto direto na definição de qual Casa dá a última palavra sobre o conteúdo das leis antes da sanção presidencial.
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Os embates já se multiplicam. No projeto do mercado de carbono e na regulamentação do streaming, textos aprovados pelo Senado, foram deixados de lado pela Câmara. Outro exemplo citado pela Folha é a gratuidade da mala de mão nos voos nacionais, tema em que cada Casa aprovou uma proposta própria, agora aguardando deliberação da outra.
O cenário atual contrasta com o início da gestão, quando Motta e Alcolumbre atuaram em sintonia para destravar emendas parlamentares, esvaziar medidas provisórias do governo e até viajar juntos em eventos. Motta chegou a atender demandas do Senado, como a volta das comissões mistas para análise de Medidas Provisórias (MPs), reduzindo o poder da Câmara.
A relação esfriou após a derrubada da PEC da Blindagem, vista como traição por deputados. Motta havia prometido acordo com o Senado, mas a proposta foi rejeitada em meio a protestos populares. Desde então, cada Casa passou a tocar sua própria agenda, e novos embates surgiram em projetos como o antifacção e na escolha de Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da ampliação da isenção do Imposto de Renda, usada para atacar a Câmara e seu rival Arthur Lira.

A PEC da Blindagem foi uma proposta de emenda constitucional que buscava ampliar as prerrogativas parlamentares, exigindo autorização prévia da Câmara ou do Senado para que o Supremo Tribunal Federal (STF) pudesse investigar ou processar deputados e senadores. O texto também previa foro privilegiado para presidentes de partidos e limitava prisões e medidas cautelares contra parlamentares, o que gerou forte reação popular e acabou sendo rejeitado pelo Senado.

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