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Relação instável entre lideranças do Congresso pode emperrar as próximas votações do Legislativo?

© Foto / Lula Marques / Agência BrasilOs presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP, à esquerda) e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB)
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP, à esquerda) e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) - Sputnik Brasil, 1920, 01.10.2025
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Nos últimos dias, as relações entre Câmara dos Deputados e Senado Federal se desgastaram, em meio às discussões sobre a PEC da Blindagem e o PL da Anistia. Diante das tensões, como ficam as relações no Congresso?
À Sputnik Brasil, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou que o desgaste na Câmara após a Casa aprovar a PEC da Blindagem e o Senado enterrar a proposta gerou um clima de "muita raiva e de revolta".
Os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), embora já não fossem muito próximos, conforme repórteres que cobrem o dia a dia em Brasília, tensionaram as relações, sobretudo após a PEC da Blindagem ser barrada no Senado.
Deputado federal Rogério Correia (PT-MG) durante sessão deliberativa do plenário da Câmara, em 23 de setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 01.10.2025
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Segundo avalia o professor André Luiz Coelho, docente da Escola de Ciência Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), há uma relação "bem complicada" neste momento entre as lideranças.
Na percepção do analista, enquanto Motta tem buscado "o centrão e o bolsonarismo" — "estratégia que não foi muito bem-sucedida, especialmente em relação à opinião pública e também na relação com o governo federal" — Alcolumbre, embora não seja da base governista, se coloca "mais próximo do governo federal" neste momento.
Nesse cenário instável, Coelho destaca a reordenação da estratégia de Motta após a derrota da PEC da Blindagem, criticada veementemente em manifestações nas capitais brasileiras no domingo (21) e sepultada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

"Parece que ele percebeu que essa não era a melhor estratégia e pautou até para hoje (1º) a votação do IR [Imposto de Renda], fez algumas declarações públicas até dizendo que o Lula, ao que tudo indicaria, ganharia o quarto mandato", disse.

Além da derrota, o especialista destaca que, para a figura de Motta, os custos de projetos que ganham rejeição nas ruas poderiam respingar na sua imagem para futuros pleitos políticos.

"O Motta foi o principal, talvez, implicado no Congresso Nacional por conta da PEC da Blindagem. Isso pode ser ruim para ele nas eleições estaduais do ano que vem."

Em relação às tensões entre Câmara e Senado escalarem para uma paralisação das decisões do Legislativo, Coelho descarta. De acordo com o analista, esse tipo de situação, que às vezes acontece nos Estados Unidos, não costuma ter vez no Brasil. Entretanto, "pode ser que isso aconteça no médio para longo prazo se Motta continuar nessa pressão contra o governo", considera.
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