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Remessas financeiras para a América Latina devem atingir recorde histórico em 2025, segundo o BID
Remessas financeiras para a América Latina devem atingir recorde histórico em 2025, segundo o BID
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Segundo o relatório mais recente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), divulgado em novembro, a América Latina deve bater recorde de US$ 174,4... 23.11.2025, Sputnik Brasil
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De acordo com o documento, a América Latina como um todo caminha para um novo recorde histórico, atingindo US$ 174,4 bilhões (cerca de R$ 942,3 bilhões) e marcando 16 anos consecutivos de crescimento. No entanto, esse sucesso regional mascara uma profunda divergência: o México — historicamente o principal receptor de remessas — experimentará uma contração significativa nesses fluxos pela primeira vez.O BID projeta que o país encerrará 2025 com uma queda de 4,5% nos fluxos de remessas, totalizando aproximadamente US$ 61,81 bilhões (mais de R$ 333,9 bilhões). Essa queda representa quase US$ 3 bilhões (pouco mais R$ 16 bilhões) a menos que no ano anterior, marcando uma tendência de baixa que inclui seis meses consecutivos de contração, um fenômeno não visto desde 2012 nos registros do Banco do México.Especialistas do BID atribuem essa queda a uma "tempestade perfeita" de fatores. O primeiro é um "efeito base" estatístico, causado pelos picos incomuns nas remessas registradas em 2024, impulsionados por uma forte desvalorização do peso mexicano, criando uma base de comparação excessivamente alta para 2025.Além disso, foi identificada uma contração de 1,2% na força de trabalho mexicana nos Estados Unidos, diferentemente de outras nacionalidades migrantes, como consequência do endurecimento das políticas para imigrantes indocumentados em Washington.A esses fatores estatísticos e demográficos soma-se uma mudança no perfil de emprego dos mexicanos nos Estados Unidos. O relatório observa uma mudança significativa de trabalhadores de empregos em tempo integral para empregos em tempo parcial, o que inerentemente limita sua capacidade de gerar renda excedente para enviar para casa. No entanto, apesar da queda em termos de dólares, o impacto sobre as famílias é mitigado, já que a desvalorização do peso e a inflação controlada significam que o poder de compra real dessas remessas em moeda local cairá apenas ligeiramente, 0,4%.Em nítido contraste com a situação no México, a América Central emergiu como o verdadeiro motor do crescimento das remessas no hemisfério. A sub-região projeta uma impressionante taxa de crescimento de 20,4%, ultrapassando US$ 55 bilhões (aproximadamente R$ 297,1 bilhões).Países como Guatemala, Honduras, El Salvador e Nicarágua lideram essa expansão, impulsionada por migrantes que recorreram a estratégias de sobrevivência, como usar suas economias e aumentar suas horas de trabalho, especialmente as mulheres.O restante da região também mantém um ritmo positivo. A América do Sul deve registrar um aumento de 10,9% nas remessas, acumulando aproximadamente US$ 36,3 bilhões (cerca de R$ 196,1 bilhões), com Equador e Colômbia na liderança. Esse crescimento é sustentado por uma força de trabalho sul-americana que cresceu e assumiu empregos em tempo integral nos Estados Unidos.Da mesma forma, o Caribe está experimentando um crescimento sustentado de 9,2%, com a República Dominicana e o Haiti desempenhando papéis fundamentais, confirmando a resiliência geral dos fluxos de remessas.Apesar do recorde da região, o relatório conclui com um alerta sobre "sinais de fadiga". As estratégias que sustentaram esse crescimento (uso de poupança e realização de trabalhos extras) são temporárias, sugerindo que a região poderá entrar em uma nova fase de crescimento mais lento e menos expansivo em 2026. No entanto, o estudo destaca o papel vital das remessas como rede de proteção social, uma vez que impedem que mais de 4,3 milhões de pessoas nos países analisados caiam na pobreza, incluindo mais de dois milhões de beneficiários no México.
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Remessas financeiras para a América Latina devem atingir recorde histórico em 2025, segundo o BID
05:35 23.11.2025 (atualizado: 19:44 23.11.2025) Segundo o relatório mais recente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), divulgado em novembro, a América Latina deve bater recorde de US$ 174,4 bilhões em remessas em 2025, mas o México, líder histórico, enfrentará queda inédita de 4,5%, revelando contrastes regionais.
De
acordo com o documento, a América Latina como um todo
caminha para um novo recorde histórico, atingindo US$ 174,4 bilhões (cerca de R$ 942,3 bilhões) e marcando 16 anos consecutivos de crescimento. No entanto, esse
sucesso regional mascara uma profunda divergência: o México — historicamente o principal receptor de remessas — experimentará uma contração significativa nesses fluxos pela primeira vez.
O BID projeta que o país encerrará 2025 com uma
queda de 4,5% nos fluxos de remessas, totalizando aproximadamente US$ 61,81 bilhões (mais de R$ 333,9 bilhões). Essa queda representa quase US$ 3 bilhões (pouco mais R$ 16 bilhões) a menos que no ano anterior,
marcando uma tendência de baixa que inclui seis meses consecutivos de contração, um fenômeno não visto desde 2012 nos registros do Banco do México.
Especialistas do BID atribuem essa queda a uma "
tempestade perfeita" de fatores. O primeiro é um "efeito base" estatístico, causado pelos picos incomuns nas remessas registradas em 2024,
impulsionados por uma forte desvalorização do peso mexicano, criando uma base de comparação excessivamente alta para 2025.
Além disso, foi identificada uma
contração de 1,2% na força de trabalho mexicana nos Estados Unidos, diferentemente de outras nacionalidades migrantes, como consequência do endurecimento das
políticas para imigrantes indocumentados em Washington.
A esses fatores estatísticos e demográficos soma-se uma mudança no perfil de emprego dos mexicanos nos Estados Unidos. O relatório observa uma
mudança significativa de trabalhadores de empregos em tempo integral para empregos em tempo parcial, o que inerentemente limita sua capacidade de gerar renda excedente para enviar para casa. No entanto, apesar da
queda em termos de dólares, o impacto sobre as famílias é mitigado, já que a desvalorização do peso e a inflação controlada significam que o poder de compra real dessas remessas em moeda local cairá apenas ligeiramente, 0,4%.
Em nítido contraste com a situação no México, a América Central emergiu como o verdadeiro motor do crescimento das remessas no hemisfério. A sub-região projeta uma impressionante taxa de crescimento de 20,4%, ultrapassando US$ 55 bilhões (aproximadamente R$ 297,1 bilhões).
Países como
Guatemala, Honduras, El Salvador e Nicarágua lideram essa expansão,
impulsionada por migrantes que recorreram a estratégias de sobrevivência, como usar suas economias e aumentar suas horas de trabalho, especialmente as mulheres.
O restante da região também mantém um ritmo positivo. A
América do Sul deve registrar um aumento de 10,9% nas remessas, acumulando aproximadamente US$ 36,3 bilhões (cerca de R$ 196,1 bilhões), com Equador e Colômbia na liderança. Esse
crescimento é sustentado por uma força de trabalho sul-americana que cresceu e assumiu empregos em tempo integral nos Estados Unidos.
Da mesma forma, o Caribe está experimentando um crescimento sustentado de 9,2%, com a República Dominicana e o Haiti desempenhando papéis fundamentais, confirmando a resiliência geral dos fluxos de remessas.
Apesar do recorde da região, o relatório conclui com um alerta sobre "sinais de fadiga". As estratégias que sustentaram esse crescimento (uso de poupança e realização de trabalhos extras) são temporárias, sugerindo que a
região poderá entrar em uma nova fase de crescimento mais lento e menos expansivo em 2026. No entanto, o estudo destaca o papel vital das remessas como
rede de proteção social, uma vez que impedem que mais de 4,3 milhões de pessoas nos países analisados caiam na pobreza, incluindo mais de dois milhões de beneficiários no México.
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