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Moraes determina que Bolsonaro cumpra pena na Superintendência da Polícia Federal em Brasília

© AP Photo / Luis NovaJair Bolsonaro (PL), ex-presidente do Brasil, cumpre prisão domiciliar em Brasília (DF), em 11 de setembro de 2025
Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente do Brasil, cumpre prisão domiciliar em Brasília (DF), em 11 de setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 25.11.2025
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Após declarar o trânsito em julgado do processo que condenou ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses pela trama golpista, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, publicou as diretrizes sobre o cumprimento da pena será cumprida. A medida também atingiu os demais réus do chamado núcleo crucial.
Bolsonaro já havia deixado a prisão domiciliar no último sábado (22) e levado para a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília por risco de fuga e violação da tornozeleira eletrônica.
Com a decisão de Moraes, o ex-presidente seguirá detido na cela de Estado Maior da unidade. "Determino o início do cumprimento da pena de Jair Messias Bolsonaro, em regime inicial fechado, da pena privativa de liberdade de 27 anos e três meses", ressaltou o ministro.
Também foi determinado o início do cumprimento da condenação para os demais envolvidos no chamado núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Além do ex-presidente, estão presos: os generais Augusto Heleno (21 anos de detenção) e Paulo Sérgio Nogueira (pena de prisão de 19 anos), já levados para o Comando Militar do Planalto em Brasília; o ex-ministro da Defesa general Braga Netto, que já estava detido no Rio de Janeiro; e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier (24 anos de prisão), levado para ficar detido na Estação Rádio da Marinha, também em Brasília.
Já o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado a 16 anos de prisão, fugiu para os Estados Unidos no último fim de semana. O ex-ministro da Justiça Anderson Torres deve ser levado para o 19º Batalhão da Polícia Militar no Distrito Federal, no Complexo Penitenciário da Papuda. O prédio é conhecido como Papudinha.
O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (à esq.) ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (à dir.) durante evento, em agosto de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 25.11.2025
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Sem possibilidade de recursos

Mais cedo, com a declaração do trânsito em julgado da sentença, não há mais possibilidade de recursos sobre a decisão que condenou Bolsonaro e os demais seis réus (entre eles, o delator Mauro Cid). O julgamento foi realizado pela Primeira Turma do STF em setembro, quando todos foram considerados culpados dos crimes por 4 votos a 1.
As defesas do núcleo principal do golpe tinham até a última segunda-feira (24) para apresentar os segundos embargos de declaração, em um tipo de recurso que serve para esclarecer pontos da decisão dos magistrados. Os advogados de Bolsonaro, por sua vez, optaram por não realizar tal ato.
Neste mês, todos os recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e outros seis réus no processo da trama golpista foram rejeitados por unanimidade
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e parlamentares da oposição durante coletiva a imprensa para falar sobre a condenação no Supremo Tribunal Federal (STF), Brasília, 9 de setembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 25.11.2025
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Prisão preventiva de Bolsonaro

No último fim de semana, Bolsonaro foi preso preventivamente na Superintendência da PF. Durante a audiência de custódia, o ex-presidente alegou que tentou romper a tornozeleira eletrônica após ter uma "certa paranoia" de sexta-feira (21) para sábado (22) em razão de medicamentos prescritos que tem tomado, que interagiram de forma inadequada.
Bolsonaro disse que decidiu abrir a tampa da tornozeleira por estar com "alucinação" de que havia uma escuta no dispositivo. Ele afirmou que não se lembra de um surto dessa natureza em outra ocasião.
O ex-presidente afirmou que tem o sono "picado" e não dorme direito e que por isso, por volta da meia noite de sábado, resolveu usar um ferro de solda para mexer na tornozeleira, "pois tem curso de operação desse tipo de equipamento".
Ele disse que estava acompanhado de sua filha, seu irmão mais velho e um assessor na casa, mas que nenhum deles viu a ação, pois todos estavam dormindo.
A versão apresenta divergências em relação ao depoimento dado anteriormente, no sábado, em um vídeo no qual aparece respondendo a uma agente que questiona o ex-presidente sobre a avaria no dispositivo. Na ocasião, ele afirmou que começou a violar o aparelho na tarde de sexta-feira, movido por "curiosidade".
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