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Senado resiste à indicação de Jorge Messias ao STF, apesar de apoio de líderes evangélicos, diz mídia

© Foto / José Cruz/Agência BrasilO ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, em declaração à imprensa em Brasília, 1º de julho de 2025
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, em declaração à imprensa em Brasília, 1º de julho de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 02.12.2025
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Aliados evangélicos de Jorge Messias, indicado por Lula ao STF, articulam levar pastores ao Senado para pressionar parlamentares na votação de sua nomeação. A estratégia busca reduzir resistências políticas e mostrar o peso do eleitorado evangélico, enquanto Alcolumbre sinaliza barrar a escolha.
Aliados evangélicos do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF), articulam levar uma comitiva de pastores ao Senado para pressionar parlamentares no dia da votação, segundo a Folha de S.Paulo. A estratégia busca mostrar que uma eventual rejeição poderia ter impacto negativo com o eleitorado evangélico.
Messias enfrenta resistência significativa no Senado e corre risco de não ser aprovado ante o clima tenso entre a Casa e o Planalto. O apoio religioso é visto como uma tentativa de ampliar sua base, já que 26,9% da população brasileira é evangélica, grupo relevante para políticos em disputas majoritárias e avaliado como crítico à gestão Lula.
Em outubro, Lula recebeu líderes da Assembleia de Deus Ministério de Madureira no Planalto, ocasião em que Messias participou e orou com os presentes. A indicação, anunciada em 20 de novembro, contrariou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), e parte dos senadores, que preferiam Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga.
Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado - Sputnik Brasil, 1920, 30.11.2025
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Alcolumbre rejeita pressão e diz que Executivo não pode 'comprar' aprovação de Messias ao STF
Alcolumbre tem sinalizado disposição em barrar a indicação, exigindo que Messias conquiste ao menos 41 votos favoráveis entre os 81 senadores. Desde o anúncio, o indicado iniciou campanha direta, ligando e visitando parlamentares, destacando sua identidade religiosa como "um evangélico temente a Deus" — discurso com forte apelo popular às bases da bancada da Bíblia que faz oposição ao governo.
Ainda segundo a apuração, Messias também reforça essa imagem em público. No dia do evangélico, publicou mensagem bíblica nas redes sociais defendendo harmonia e pacificação. Apesar disso, senadores afirmam que sua escolha em detrimento de Pacheco reduz as chances de aprovação, tornando sua situação delicada.
A votação está marcada para 10 de dezembro, após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Como relator, Alcolumbre designou o senador Weverton Rocha (PDT-MA), aliado de Lula, o que foi visto como sinal positivo, já que poderia ter escolhido alguém da oposição para dificultar ainda mais o processo.

Caso Messias não consiga superar a resistência, Lula poderá enfrentar uma derrota histórica. Desde o final do século XIX, indicações ao STF têm sido aprovadas, com exceção de cinco rejeições ocorridas ainda no governo Floriano Peixoto, nos primórdios da República.

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