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Raro complexo ritual do século IV a.C. foi descoberto no sul dos Urais (FOTOS)
Raro complexo ritual do século IV a.C. foi descoberto no sul dos Urais (FOTOS)
Sputnik Brasil
Arqueólogos russos que trabalham no sul dos Urais descobriram um complexo ritual inédito que transforma significativamente o entendimento dos cientistas sobre... 03.12.2025, Sputnik Brasil
2025-12-03T08:10-0300
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Conforme divulgado pelo portal especializado Arkeonews, a descoberta ocorreu na região russa de Orenburgo e apresenta um complexo ritualístico de nômades antigos com várias máscaras-pingentes decorativas, além de equipamentos para cavalos e peças de louça cerâmica.Os arqueólogos do Instituto de Arqueologia da Academia Russa das Ciências escavaram um poço ritual raso, repleto de raros pingentes-máscaras de bronze, delicadas placas de bronze, equipamentos elitistas para cavalos e até uma placa de ouro representando a cabeça e a pata dianteira de um tigre. O achado remonta ao século IV, início do século III a.C., e é considerado atualmente um dos mais ricos repositórios rituais já registrados na região.Sob as camadas superficiais, os arqueólogos identificaram uma fossa ritual meticulosamente organizada. Nessa estrutura circular e rasa, estava concentrado um grande número de oferendas cerimoniais.Os arqueólogos conseguiram desenterrar conjuntos completos de freios para cavalos, ornamentos de bronze e bimetálicos, peças esculpidas em osso e placas decoradas com motivos do chamado estilo animal. Muitos dos objetos trazem representações de pássaros, suásticas e animais fantásticos.Entre os artefatos encontrados estão fragmentos de recipientes de bronze, uma tigela com placas de prata e diversos elementos de equipamentos para cavalos. Esses achados confirmam que os itens foram depositados por antigos nômades que utilizavam montarias de forma intensa em sua vida econômica e cerimonial.No total, foram recuperados mais de cem objetos bem preservados, além de mais de 500 pequenos elementos decorativos, indícios de que o depósito ritual foi organizado com esmero e reflete o elevado status dos nômades que o deixaram.Embora equipamentos para cavalos sejam comuns em sepultamentos nômades, muitos dos itens desse poço se destacam pela qualidade técnica e pela raridade. Entre os mais notáveis estão os pingentes-máscaras de bronze: pequenas placas com rostos humanos estilizados, cujas feições expressivas e forma simbólica sugerem que tinham função cerimonial ou protetora.Talvez o achado mais impressionante seja um aplique dourado com a imagem da cabeça e da pata dianteira de um tigre. Motivos felinos são relativamente raros nessa região, o que torna essa peça excepcional tanto pelo seu simbolismo quanto pela possibilidade de ter sido trazida de outras regiões.Esses elementos permitem deduzir a existência de ações rituais complexas, possivelmente relacionadas a ritos póstumos perto das colinas monumentais das elites nômades.Em vez de colocar esses objetos em câmaras funerárias, os antigos nômades parecem ter realizado rituais em espaços cerimoniais abertos, deixando oferendas para homenagear seus ancestrais ou manter a autoridade espiritual dos clãs governantes.
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Raro complexo ritual do século IV a.C. foi descoberto no sul dos Urais (FOTOS)
Arqueólogos russos que trabalham no sul dos Urais descobriram um complexo ritual inédito que transforma significativamente o entendimento dos cientistas sobre culturas nômades antigas.
Conforme
divulgado pelo portal especializado Arkeonews, a descoberta ocorreu na região russa de Orenburgo e apresenta um
complexo ritualístico de nômades antigos com várias máscaras-pingentes decorativas, além de equipamentos para cavalos e peças de louça cerâmica.
Os
arqueólogos do Instituto de Arqueologia da Academia Russa das Ciências escavaram um
poço ritual raso, repleto de raros pingentes-máscaras de bronze, delicadas placas de bronze, equipamentos elitistas para cavalos e até uma placa de ouro representando a cabeça e a pata dianteira de um tigre.
O achado remonta ao século IV, início do século III a.C., e é considerado atualmente um dos mais ricos repositórios rituais já registrados na região.
Sob as camadas superficiais, os arqueólogos identificaram uma fossa ritual meticulosamente organizada. Nessa estrutura circular e rasa, estava concentrado um grande número de oferendas cerimoniais.
Os arqueólogos conseguiram desenterrar conjuntos completos de freios para cavalos, ornamentos de bronze e bimetálicos, peças esculpidas em osso e placas decoradas com motivos do chamado estilo animal. Muitos dos objetos trazem representações de pássaros, suásticas e animais fantásticos.
Entre os artefatos encontrados estão fragmentos de recipientes de bronze, uma tigela com placas de prata e diversos elementos de equipamentos para cavalos. Esses achados confirmam que os itens foram depositados por antigos nômades que utilizavam montarias de forma intensa em sua vida econômica e cerimonial.
No total, foram recuperados mais de cem objetos bem preservados, além de mais de 500 pequenos elementos decorativos, indícios de que o depósito ritual foi organizado com esmero e reflete o elevado status dos nômades que o deixaram.
Embora equipamentos para cavalos sejam comuns em sepultamentos nômades, muitos dos itens desse poço se destacam pela qualidade técnica e pela raridade. Entre os mais notáveis estão os pingentes-máscaras de bronze: pequenas placas com rostos humanos estilizados, cujas feições expressivas e forma simbólica sugerem que tinham função cerimonial ou protetora.
Talvez o achado mais impressionante seja um aplique dourado com a imagem da cabeça e da pata dianteira de um tigre. Motivos felinos são relativamente raros nessa região, o que torna essa peça excepcional tanto pelo seu simbolismo quanto pela possibilidade de ter sido trazida de outras regiões.
Esses elementos permitem deduzir a existência de ações rituais complexas, possivelmente relacionadas a ritos póstumos perto das colinas monumentais das elites nômades.
Em vez de colocar esses objetos em câmaras funerárias, os antigos nômades parecem ter realizado rituais em espaços cerimoniais abertos, deixando oferendas para homenagear seus ancestrais ou manter a autoridade espiritual dos clãs governantes.
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