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Nova estratégia dos EUA sinaliza abandono da Ucrânia e desprezo pela UE, aponta analista

© AP Photo / Ben CurtisO presidente dos EUA, Donald Trump, recebe Vladimir Zelensky na Casa Branca, em Washington, D.C. Estados Unidos, 28 de fevereiro de 2025
O presidente dos EUA, Donald Trump, recebe Vladimir Zelensky na Casa Branca, em Washington, D.C. Estados Unidos, 28 de fevereiro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2025
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A Estratégia de Segurança Nacional de Donald Trump esboça um futuro no qual os EUA estão "prontos para descartar a atual liderança política na Ucrânia, assim como vários países da OTAN e a liderança da UE esperam", acredita a tenente-coronel aposentada da Força Aérea dos EUA Karen Kwiatkowski.
No documento, a Ucrânia é mencionada apenas quatro vezes, sinalizando que Washington espera alcançar a paz e, posteriormente, estabelecer alguma forma de "Estado soberano viável", segundo Kwiatkowski, também ex-analista do Departamento de Defesa dos EUA, em entrevista à Sputnik.

"Esta é uma aceitação prática dos EUA de que o custo da guerra por procuração EUA/Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN] não vale a pena", enfatiza a analista.

A Estratégia de Segurança Nacional (NSS, na sigla em inglês) reflete a constatação de que "nenhum exército da OTAN ou combinação de exércitos pode impedir o avanço da Rússia ou a conquista de seus objetivos", que incluem o fim do atual regime neonazista na Ucrânia, destaca o documento.
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Um alerta à Europa

Sem precedentes, a NSS "aliena e menospreza diretamente a atual liderança política da UE e de muitos países-chave da OTAN”, afirma o especialista.
A estratégia retrata a União Europeia (UE) como economicamente frágil, politicamente fragmentada e dependente do apoio dos EUA.
A mensagem para os falcões da UE é: os EUA não vão ajudar o establishment europeu a "impedir que a nova geração de nacionalistas e populistas chegue ao poder".

Segundo Kwiatkowski, é improvável que o Estado profundo dos EUA "ajude tática e estrategicamente as elites europeias, por meio de dinheiro, acordos e revoluções coloridas, ou mesmo a expansão da OTAN, como fizeram nos últimos 30 anos".

Quanto à política da Europa em relação à Ucrânia — se for determinada pelos movimentos populistas que provavelmente prevalecerão nas próximas eleições europeias, ela "se contentará com uma Ucrânia menor, possivelmente sem saída para o mar, e o investimento na Ucrânia não será caridoso, mas voltado principalmente para recuperar as perdas econômicas europeias".
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